Não tem como torcer pro Inter sem ter um pouquinho de fé, fé na camisa, fé na história, fé no Beira-Rio lotado, fé em Fernandão.
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| " Olhai por nós na Colômbia eterno Capitão." (Foto: Sportv /sportv.globo.com) |
Nossas conquistas antigas ou atuais sempre foram rodeadas de sofrimento, angústia, dificuldades mas sempre com muita fé por parte da torcida.
Nos anos 90 apanhávamos de todo mundo, escapamos do inferno da segunda divisão, olhávamos pro lado e víamos o coirmão erguer taças e seguíamos ali acreditando, vestindo a camisa nas segundas-feiras mesmo após aquele GeNal perdido, aquela eliminação que já sabíamos que viria, aquela goleada sofrida,não tínhamos outra opção , os elencos eram sofríveis, nada dava certo, a sorte não nos acompanhava, mas mantínhamos a fé.
Fé que um dia retornaríamos a ser um clube vitorioso como nos anos 70, um dia seríamos Gigante…
Em 1999 muitos já haviam decretado a ida do Inter para a B, mas aquele gol de Dunga contra o Palmeiras de Felipão nos tirou do limbo, e ali seguíamos esperançosos de que tudo melhoraria.
Em 2002 outra vez o temido rebaixamento nos apavorou, mas o saudoso Mahicon Librelato tratou de expurgá-lo naquele jogo contra o Paysandu, e a torcida colorada mantinha a fé por dias melhores.
De tanto que acreditamos eis que vieram os anos de redenção, 2006 chegou e com ele o sonho de vencer a América, ah aquele jogo memorável no Morumbi, um São Paulo campeão do Mundo e a fé colorada se fazia presente mais uma vez, nós acreditávamos naquele time e vencemos.
Ganhamos o direito de ir ao Mundial e encarar o temido Barcelona, e quem tinha fé que poderíamos parar Ronaldinho e cia.?
Ninguém mais além de nós colorados, só a gente acreditava naquele time comandado por Fernandão, Índio, Clemer e Iarley.
A fé colorada não permitiu que a falta de Ronaldinho acabasse em gol, a fé colorada espalmou junto com Clemer o chute no ângulo de Deco.
E o gol de Gabiru? Quem tinha fé em Gabiru além de Abel Braga?
Difícil né!
Tão difícil como acreditar que sairia um gol em meio aquela fumaceira contra o Estudiantes na Libertadores de 2010, e ele veio, nos últimos segundos de jogo, ali já sentíamos que algo especial estava reservado.
E lá fomos nós de novo decidir uma vaga na final contra o São Paulo e de novo com a mesma fé de 2006 calamos um Morumbi lotado.
O bicampeonato veio contra o Chivas, tudo que um dia acreditamos que o Inter pudesse nos proporcionar estava ali, nossa fé tinha explicação, torcemos e confiamos sempre em um Gigante que mora as margens do Guaíba.
Veio um golpe duro, qualquer outra torcida abandonaria, fomos derrotados pelo desconhecido Mazembe e não realizamos o sonho do bi-mundial.
Desistimos? Jamais!
E agora cá estamos nós, novamente em uma semana decisiva de Libertadores, mais uma batalha na guerra pelo Tri,o adversário é o colombiano Santa Fé, time bom, enjoado, jogará a vida contra o nosso Inter.
Mas do lado de cá existe a “Santa Fé Colorada”, façamos valer mais uma vez nossa crença nessa camisa vermelha, que Fernandão olhe por nós lá de cima, e fé no Clube do Povo que joga pelo Rio Grande e pelo nosso amor.
Pra cima deles Colorado!
#CadaUmÉOnze
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