O lateral Fabiano comemorando seu primeiro gol com a camisa do Cruzeiro. Logo contra o ex-clube. (Foto: Jardel da Costa/FuturaPress) |
Alívio! Foi este o
sentimento que tomou conta dos cruzeirenses, após o apito final entre Chapecoense x Cruzeiro.
Jogar na Arena Condá não é
fácil para o Cruzeiro. Em Chapecó, temos sempre jogos intensos que exigem muito
dos mineiros. Ontem, não seria diferente. Além do retrospecto, a Raposa entrou
em campo pressionado pela tabela do Brasileirão. Os adversários na briga para
fugir da zona de rebaixamento pontuaram, era preciso pontuar também, era
preciso vencer. E vencemos!
Para a partida Mano Menezes
manteve o esquema, mas precisou fazer mudanças na formação da equipe. Os
escalados foram: Fábio, Fabiano, Manoel, Paulo André, Fabrício; Willians,
Charles, Ariel Cabral; Alisson, Allano e Willian. Uma escalação que deixou
muitos torcedores preocupados antes da bola rolar. Fábio, cheio de falhas.
Fabiano, lento para a lateral. Fabrício, deficiente na marcação. Paulo André,
sempre questionado pelo mau posicionamento na zaga. Charles, fraco no
meio-campo. Allano, inexperiente para a titularidade. No entanto, era necessário apoiar qualquer um
que entrasse para defender nossa camisa. É preciso fazer o que Mano tem feito,
confiar nos jogadores que tem em mãos.
E a resposta não demorou a
chegar. Foi do questionado lateral direito que veio o primeiro gol. Com uma boa
jogada do Willians, Fabiano fez valer a lei
do ex. Em um belo chute, balançou as redes do goleiro Danilo,
ex-companheiro de equipe. O gol se
tornou ainda mais importante quando segundos antes, era anunciado que o
Coritiba havia marcado o primeiro gol contra o Atlético-PR, caso vencessem e o
Cruzeiro não, estaríamos na zona de rebaixamento. A Chapecoense adiantou sua marcação e deixou o
jogo mais truncado no meio campo. Mas, o time celeste manteve-se focado,
trabalhando com inteligência, não se intimidando com a marcação dos
catarinenses. Aos 23’, Willian cobrou uma falta e o zagueiro Rafael Lima jogou
contra o próprio gol. 2x0 Cruzeiro, jogando melhor na casa do adversário. Bastava
então, administrar o jogo e caso houvesse oportunidades, definir logo o placar.
Porém, na volta do
intervalo, a Chapecoense queria jogo. Willian Barbio e Bruno Rangel deram
trabalho para a defesa celeste. Fábio precisou trabalhar em pelo menos três lances
difíceis. Desta vez, não complicou. Foi bem nas defesas, estava atento ao jogo.
O Cruzeiro segurou bem a pressão da Chapecoense, mesmo quando o Willians acabou
sendo expulso, aos 23’ do segundo tempo. A atenção e o esforço físico foram
redobrados, era necessário que a vontade de vencer sobressaísse a expulsão do
volante. Sobressaiu. Os 10 saíram exaustos de campo, mas resistiram ao
adversário e foram consagrados com importantes três pontos. Uma vitória para
motivar, para trazer ânimo e confiança de volta à Toca da Raposa.
A decepção do jogo não ficou
para nenhum dos jogadores mais contestados. Paulo André jogou bem, não
comprometeu a partida. Fábio fez boas defesas, Charles algumas boas jogadas,
Fabrício apesar de falhar na marcação, foi bem quando tinha que avançar. Fabiano
marcou um gol e não comprometeu na defesa. Allano, apenas confirmou que não
está pronto para a titularidade. Decepcionaram aqueles que não costumam ser
contestados: Willians, Mano Menezes e Alisson. O volante não fazia o simples, queria
outra função. Avançava demais, tentava armar o time e acabava errando passes,
dava espaços para o adversário jogar. E
por dois amarelos, foi expulso do jogo. O atacante, que ainda parece não
confiar no seu físico, não vem jogando bem. Contra o Vasco marcou, mas não
rendeu na partida. Hoje foi a mesma coisa, sobrecarregou o Willian.
Quem também repetiu os erros
foi o treinador, demorando a substituir e pagando um preço caro por isso. Mano
parece não ter feito uma boa leitura da partida. Os atacantes não estavam
rendendo, o meio campo com espaço para a Chapecoense jogar e o treinador só fez
mudanças após os 20’ da segunda etapa. Ainda no lance da expulsão, cometeu o
mesmo erro da partida contra o Atlético, no lance da expulsão do Mena. Willians
não mereceu o segundo amarelo, mas ele poderia ter sido evitado. O volante já
não estava bem na partida e estava amarelado, para um homem de marcação forte
isto é preocupante. Não para Mano Menezes, que terminou mais um jogo com 10
comandados em campo.
No geral o Cruzeiro foi bem,
foi para Chapecó e venceu o adversário, conquistou o objetivo. Agora, teremos
uma semana para trabalhar. No próximo domingo, no mesmo horário, enfrentaremos
uma final contra o Coritiba. Um típico jogo de “seis pontos”, confronto direto na briga contra o rebaixamento. A
diretoria manteve a promoção dos ingressos, então não há desculpas quanto aos
valores, o torcedor precisa comparecer e mais uma vez confirmar o que Mano
disse em sua coletiva: Junto ao torcedor,
no Mineirão, somos mais fortes.
Avante Cruzeiro!
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