Diferente das entrevistas com Wallim Vasconcellos e Eduardo Bandeira de Mello, o candidato Cacau Cotta respondeu as nossas perguntas por meio de tópicos. Nos mesmos moldes das matérias anteriores, enviamos as nove questões para a assessoria de imprensa de Cacau, porém, alguns assuntos que perguntamos não foram respondidos, por opção da Chapa.
Eis os tópicos e os posicionamentos da Chapa
Branca:
Finanças - Apesar da gravidade da crise econômica que atinge
o país e do fato de a maior parte das verbas de publicidade estar direcionada
para a disputa da Rio-2016, estamos trabalhando para manter no mínimo o
faturamento de 2015. O GuaraMix já adiantou que será nosso parceiro a partir do
ano que vem. Estamos estudando de que forma a empresa de refrigerantes irá
estampar sua marca no manto sagrado, se nas mangas ou no peito.
Estádio - O Flamengo não pode abrir mão de ter o seu estádio
próprio. O clube tem que deixar de ser inquilino. O Flamengo quebra se assumir
a gestão do Maracanã hoje, que tem um custo mensal de manutenção de R$ 5
milhões. Propomos uma parceria entre o clube e o poder público. O estádio
precisa ser rentável e voltar a ter 70% do seu espaço destinado às áreas
populares. Defendo a redivisão do espaço destinado à torcida com a retirada dos
assentos dos setores Norte e Sul e a ampliação do Setor Leste (mantendo-se a
área VIP). Com essa iniciativa, aumenta-se a capacidade de público e
consequentemente a arrecadação. Já temos um projeto pronto de reforma e
ampliação do estádio José Bastos Padilha, na Gávea, para os jogos de menor
porte. Quero reviver os jogos na Gávea. Estamos em entendimentos na busca de um
terreno na Baixada Fluminense ou na Zona Portuária para a construção do
Urubuzão, com capacidade para cerca de 80 mil pessoas. Venho conversando com o
arquiteto Aníbal Coutinho, que foi o responsável pela concepção do projeto da
Arena Corinthians, em Itaquera. O Morro da Viúva, no Aterro do Flamengo, é um
bem do clube. Podemos cedê-lo em forma
de concessão pelo prazo de 50 anos, renováveis pelo mesmo período. O clube não
perde o seu patrimônio, avaliado em cerca de R$ 600 milhões e localizado numa
das áreas mais valorizadas do Rio.
Liga Rio-Sul-Minas -
Com o senhor Alexandre Kalil à frente, o Flamengo não participa. Defendo o
Flamengo como liderança, e não a reboque de outras agremiações.
Relação com a
Federação Carioca - Penso que o Campeonato Estadual tem de ser repensado, de
forma a se tornar atraente para a torcida e os investidores. Temos de reduzir
as datas e o número de clubes participantes. Essa briga com a Federação não tem
vencedores e vencidos. Todos perdem. O Flamengo disputa o Estadual com o que
tem de melhor desde que a Federação se disponha a mudar radicalmente a forma de
disputa. A redução do número de clubes, bem como o enxugamento das datas são
fundamentais para o início dessa reforma do Campeonato Carioca. Queremos
disputar sim, mas temos de repensar o modelo. O que está em vigor não atende
aos interesses esportivos e comerciais do clube.
Chegamos assim ao fim das entrevistas com os candidatos à presidência do Mais Querido. Esperamos que a torcida possa ter tido uma ideia do panorama geral das propostas dos postulantes ao cargo. Que os poucos que têm o privilégio de votar façam uma escolha consciente e que vise apenas o melhor para o Clube de Regatas do Flamengo, nosso maior patrimônio.
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