Há muito tempo eu não
escrevo sobre você, Vasco. Nem sei exteriorizar o que você fez comigo. No
início do ano eu me enganei, achei que seria um campeonato tranquilo, sem
sustos, sem sofrimento... Ah, eu me enganei demais. Eu me iludi. No começo o
que incomodava eram os empates, um atrás do outro, depois vieram as derrotas e
aquele momento horroroso. Parecia que você nunca mais iria sequer fazer um gol,
parecia que nunca mais iria ganhar uma partida. Vasco, eu sofro, eu choro.
Jorginho e Nenê chegaram e tudo começou a fluir melhor, mas será que é tarde,
Vasco? Será que vai dar? Será que
a gente vai escapar? A sua reação foi grandiosa, linda de se ver, vibrei com
todas as suas vitórias e todos os gols suados e sofridos, apesar de sempre ter
deixado bem claro que não acreditava mais na sua salvação.
Algumas vezes eu me pego
pensando e, Vasco, lá no fundo, eu acredito. Eu acredito porque hoje,
sexta-feira, meu único pensamento é te ver no domingo, deixando o coração
em campo, lutando por toda a sua torcida. Eu acredito porque você sempre me
ensinou a nunca desistir, me ensinou que momentos ruins passam (apesar dessa
fase ruim parecer ser eterna). Eu acredito porque apesar de ter tentado muitas
vezes me afastar de você, eu estava lá assistindo, eu estava lá te defendendo e
chorando por você. Vasco, as vezes olho pra você e sinto como se a sua grandeza
toda estivesse escapando pelas mãos da torcida, que não pode fazer muito a não
ser deixar a voz na arquibancada pra te aquecer e incentivar. Meu primeiro
amigo, algumas vezes acho que sou masoquista por sentir saudade de você no meio
da semana, mesmo sabendo que a cada jogo é um infarto diferente.
Domingo, dia 06 de
Dezembro, teremos o último jogo, a decisão. Antes de qualquer resultado, eu
gostaria de agradecer. Sim, agradecer. Parece estranho, depois de tanto tapa na
cara, depois de tantas lágrimas, eu ainda consigo olhar pra você e só sentir
amor e carinho. Sentir vontade de te abraçar e te levantar. Meu coração e todo
o meu amor estarão contigo nessa batalha. Infelizmente você não depende só das próprias forças, mas eu não ligo. Lute por nós, lute por quem te ama e por quem
sempre vai te apoiar em todos os momentos. Lute até o fim, Vasco. Depois do
jogo eu estarei de braços abertos pra gente chorar de tristeza ou correr pro
bar comemorar com os amigos cheios de alegria. O fato é que, depois da batalha,
eu estarei aqui pra você, Vasco, sempre estive e sempre estarei. Jogai por nós!
Parece ter descrito os meu pensamentos
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