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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

E agora, meu primeiro amigo?

Há muito tempo eu não escrevo sobre você, Vasco. Nem sei exteriorizar o que você fez comigo. No início do ano eu me enganei, achei que seria um campeonato tranquilo, sem sustos, sem sofrimento... Ah, eu me enganei demais. Eu me iludi. No começo o que incomodava eram os empates, um atrás do outro, depois vieram as derrotas e aquele momento horroroso. Parecia que você nunca mais iria sequer fazer um gol, parecia que nunca mais iria ganhar uma partida. Vasco, eu sofro, eu choro. Jorginho e Nenê chegaram e tudo começou a fluir melhor, mas será que é tarde, Vasco? Será que vai dar? Será que a gente vai escapar? A sua reação foi grandiosa, linda de se ver, vibrei com todas as suas vitórias e todos os gols suados e sofridos, apesar de sempre ter deixado bem claro que não acreditava mais na sua salvação.
Algumas vezes eu me pego pensando e, Vasco, lá no fundo, eu acredito. Eu acredito porque hoje, sexta-feira, meu único pensamento é te ver no domingo, deixando o coração em campo, lutando por toda a sua torcida. Eu acredito porque você sempre me ensinou a nunca desistir, me ensinou que momentos ruins passam (apesar dessa fase ruim parecer ser eterna). Eu acredito porque apesar de ter tentado muitas vezes me afastar de você, eu estava lá assistindo, eu estava lá te defendendo e chorando por você. Vasco, as vezes olho pra você e sinto como se a sua grandeza toda estivesse escapando pelas mãos da torcida, que não pode fazer muito a não ser deixar a voz na arquibancada pra te aquecer e incentivar. Meu primeiro amigo, algumas vezes acho que sou masoquista por sentir saudade de você no meio da semana, mesmo sabendo que a cada jogo é um infarto diferente.
Até o fim! Foto: (servasco.tumblr.com/)
Domingo, dia 06 de Dezembro, teremos o último jogo, a decisão. Antes de qualquer resultado, eu gostaria de agradecer. Sim, agradecer. Parece estranho, depois de tanto tapa na cara, depois de tantas lágrimas, eu ainda consigo olhar pra você e só sentir amor e carinho. Sentir vontade de te abraçar e te levantar. Meu coração e todo o meu amor estarão contigo nessa batalha. Infelizmente você não depende só das próprias forças, mas eu não ligo. Lute por nós, lute por quem te ama e por quem sempre vai te apoiar em todos os momentos. Lute até o fim, Vasco. Depois do jogo eu estarei de braços abertos pra gente chorar de tristeza ou correr pro bar comemorar com os amigos cheios de alegria. O fato é que, depois da batalha, eu estarei aqui pra você, Vasco, sempre estive e sempre estarei. Jogai por nós!

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