No momento em que inicio esse texto, o Atlético anuncia que o uruguaio Diego Aguirre será o novo treinador da equipe em 2016. Aproveito esse espaço para agradecer ao ex-treinador Levir Culpi: Obrigado, Levir! Pegou um time corroído pelo trabalho improdutivo de Paulo Autuori e o guiou aos títulos da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil mais épica de todas! Infelizmente, alguns desgastes que irei citar mais adiante acabaram por encerrar esse ciclo.
Foto: Bruno Cantini |
O Atlético veio obtendo nos últimos anos resultados muito expressivos dentro de campo. De 2012 pra cá, foram 3 estaduais, uma Recopa Sul-Americana, uma Copa do Brasil e uma Libertadores da América, além de um vice campeonato brasileiro e, provavelmente, mais um esse ano. Apesar disso, a grande obsessão alvinegra que é o Brasileirão, bateu na trave outra vez. Aqui cito alguns pontos que considero determinantes pra essa taça não ter vindo para a sede de Lourdes:
Saídas sem reposição
Entre o fim do campeonato mineiro e as rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro, o Galo perdeu em seu elenco André, Jô, Maicosuel e Guilherme, e somente um jogador foi contratado. Thiago Ribeiro é muito pouco para cobrir a ausência de atletas desse porte no grupo, seja por falta de recursos, seja por negligência do treinador Levir, que repetidamente disse que não precisava de contratações.
Assim, a falta de opções pro time, especialmente no setor ofensivo, prejudicou muito o Galo, visto que um torneio com 38 rodadas exige um plantel amplo e qualificado.
Queda do rendimento em casa
Uma característica histórica do Atlético sempre foi se mostrar muito forte diante da sua torcida. Característica essa que foi muito presente entre 2012 e 2014, mas não em 2015. Após a 36º rodada, o Galo é apenas o 6º melhor mandante, com 72% de aproveitamento, enquanto o campeão Corinthians, por exemplo, apresenta 90% de aproveitamento.
Experiências mal sucedidas
Em várias partidas durante o campeonato, escalações e substituições que fugiam do padrão em que o Atlético esteve acostumado não renderam o esperado, em especial as experiências com um volante só no 4-1-4-1, sacando o cão de guarda Leandro Donizete, e a presença de Patric como atacante. Essas mudanças custaram os resultados de várias partidas, como contra Santos e Sport fora de casa.
Arbitragem
Longe de dizer que essa é a única ou a principal razão para que esse título não viesse para MG, mas é inegável que os erros de arbitragem, em sua ampla maioria contra o Galo e a favor do Corinthians, foram muito marcantes nesse Brasileirão. As partidas contra o CAP em BH e Chapecoense em SC são alguns exemplos de jogos que o Galo poderia ter vencido em condições normais e saiu derrotado.
Concorda comigo? Discorda? Vê algum outro motivo que eu deixei passar? Interaja! Comente o que você acha e compartilhe esse texto com seus amigos! Grande abraço!
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