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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Os altos e baixos de 2015

O ano de 2015 foi bastante turbulento. Lembro que estava indo para o Planeta Atlântida com um 3x0 maiúsculo e, um jogo após, estava no estádio Monumental do Cristo Rei para ver uma derrota vexatória frente ao Aimoré, time de minha cidade. Assim parecia ser o ano inteiro. Algumas vitória e, logo em seguida, uma sequencia de derrotas. Um Grenal vencido por 5x0, mas só um vencido no ano. Terceiro lugar no campeonato brasileiro, mas chegou a ser décimo no campeonato gaúcho. De fato, 2015 foi um ano de muitos e frequentes "altos e baixos", mas temos que analisar cuidadosamente o que aconteceu durante o ano.
Foi um ano para o "Pagamento de contas". A série B era uma realidade para nós e já estávamos nos preparando para o pior. Por muitas vezes, isso parecia real, principalmente no campeonato gaúcho, e aí entra o primeiro "baixo" do ano: Luis Felipe Scolari. Sim, o técnico que hoje disputa o mundial Interclubes da FIFA teve um ano tenebroso frente ao tricolor, longe daquele 2014 bom, mas também irregular. Com o elenco distanciado do comandante, ele fez o certo ao pedir demissão. Bastou um vice gauchão e uma derrota tenebrosa para o Coritiba para o técnico se afastar. Foi o melhor a se fazer, tanto para clube quanto para técnico. Caia o técnico, mas não o ídolo.
A partir daí, a direção acordou. A queda do maior ídolo dos últimos 20 anos e do maior técnico da história do clube fez o presidente Romildo repensar alguns conceitos. Foi atrás do novo e interessado. O desconhecido e inteligente. Foi atrás de Roger Machado. Esse era o primeiro "alto". De fato, pouca gente acreditaria que, o técnico que fez uma campanha "meia boca" com o terceiro melhor elenco do Rio Grande do Sul no regional, faria uma campanha estupenda com o time do Grêmio e alcançasse o inimaginável: a vaga para a Libertadores 2016. Aquele que fora subestimado, inclusive por mim, calou a boca de muitos e segue firme para nos dar uma taça.

Por último, mas não menos importante, está a torcida, que foi o maior "alto" do ano. Poucos lembram, mas, pouco antes da queda do Felipão, um grupo de torcedores cobrou - e muito - no aeroporto Salgado Filho, por um rendimento melhor dos atletas. O que isso significa? Pode parecer pouco, mas depois daquilo o tricolor virou a mesa, e embalou no campeonato. Mas não foi apenas isso o determinante. A torcida do Grêmio foi excelente durante todo o ano. Teve paciência com quem tinha que ter, apoiou quando tinha de apoiar, cobrou quando tinha que cobrar e vibrou muito quando tinha que vibrar. Não deu outra: a 5ª maior média de público do ano de 2015 no Brasil, sem disputar grandes competições como Libertadores, na frente de Cruzeiro e Internacional, que jogaram a mesma. A torcida e o clube havia se tornado um só, e o resultado foi excelente. Muito mais que no futebol, a torcida ajudou no projeto "Comunidade TRI", na recuperação do "Instituto Geração Tricolor" e com os desabrigados das chuvas causadas no meio do ano. Foi um ano para exaltar, após o caso de Racismo com o goleiro Aranha por PARTE da "torcida".
Por outro lado, tivemos um fator determinante no ano de 2015, que resolveu - e muito- os problemas do Grêmio: a base. Luan, Pedro Rocha, Éverton, Walace, Marcelo Hermes e Moisés fizeram um ano excelente, com bons jogos e comandando o time para essa virada de mesa. Tiago acabou sendo o "baixo", com atuações comprometedoras em uma fase que o titular Marcelo Grohe era questionado por alguns. Mesmo assim, conseguiu fazer excelentes partidas, principalmente contra o Corinthians, e garantiu alguns pontos para nós. E todos esses, tendo atuações boas ou más, custaram muito pouco aos cofres tricolores, e ajudou a por as contas em dia.

O ano de 2016 não será tão diferente assim. O tricolor vai disputar uma das Libertadores mais difíceis dos últimos anos com um time mediano. As contratações tem que serem vistas rapidamente, assim como as renovações. A torcida tem que fazer melhor do que esse ano e torcer como nunca torceu. Faremos nossa parte e esperamos confirmar a boa fase com um título, nem que seja o Gauchão. O ano de 2016 tem tudo para ser o nosso ano, torcedor. Vamos manter as esperanças e conquistar a América. Quem sabe o mundo!

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