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terça-feira, 29 de março de 2016

Jogo histórico: Corinthians 1 x 0 Ponte Preta. 1977

O dia era 13 de outubro de 1977, mas não um dia qualquer, não um dia apático, mas um dia que marcaria a história de um clube que arrebatava multidões, um clube com uma história linda, de tradição, mas aquele 13 de outubro de 1977 ficaria marcado para sempre na história do clube como sua libertação. O grito, entalado na garganta há 23 anos chegava a sufocar. O Corinthians do povo não podia deixar sua multidão calada por tanto tempo. 22 anos, 8 meses, uma semana e 7 segundos. 7 segundos que marcaria os 90 minutos e toda a sua história.

A jogada começaria com Zé Maria, seu cruzamento na área foi disparado o cronômetro, os 7 segundos, a bola batia na trave, batia no zagueiro, mas voltou nos pés de Basílio para que ele estufasse as redes. Era o gol da redenção. Mais de 90 mil corintianos estavam presentes no Morumbi para ver de perto o que muitos tentaram ver. Em 23 anos, um título, o tão aguardo. Após o gol de Basílio o grito ecoava Brasil a fora. Era a festa alvinegra… Alvinegra, sim, mas, mais especificamente corintiana, pois o lado oposto também é.

Esse jogo não ficou marcado somente pela espera, mas pela vibração de sua torcida e o quanto ela é apaixonada, o quanto pode crescer mesmo com o longo jejum de títulos. Em 23 anos, mesmo sem títulos, foi quando sua torcida mais cresceu. A fiel desde sempre dava demonstração de seu amor ao clube. Amor, esse, que continua sendo demonstrado em suas invasões e apoio constante ao Corinthians tanto no Brasil, como mundo a fora.

Sobre aquele memorável 13 de outubro, fica, aqui, as palavras do que realmente era sentido: “Olha a festa do Brasil! Você enche de lágrimas os olhos desse povo, você enche de felicidade o coração dessa gente, Corinthians. O grito sufocado de um povo! O grito do fundo do coração de um torcedor. Depois de 20 anos a Fiel está explodindo! 22, 23, duas dezenas de anos na cabeça desse povo!”, essa foi a primeira parte da narração emocionante do saudoso Osmar Santos, em mais uma de suas narrações históricas.


Basílio saia para comemorar com a Fiel o fim do jejum de títulos após 23 anos. Foto: desconhecido.



                                                                                   Autor: Lígia Timão

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