O futebol argentino sempre teve como característica, a raça, a superação, um futebol com contato elevado, divididas ríspidas, jogo truncado e equipes competitivas.
Porém, a nova geração de comandantes "platinos" vem conseguindo mudar um pouco essa filosofia, na verdade aliando a raça e a força do futebol argentino com muita aplicação tática, muito estudo, pregando a ideia de um futebol bem jogado, saída de bola com troca de passes, intensidade e movimentação, em tese tudo que o "futebol moderno" requer, e o resultado tem sido satisfatório.
Em 2015, o técnico campeão da Copa América com o Chile, o argentino Jorge Sampaoli foi indicado ao Prêmio FIFA de Melhor Treinador do Ano, evidenciando ainda mais o bom trabalho que os "entrenadores" argentinos vem desenvolvendo no mundo do futebol.
Porém, a nova geração de comandantes "platinos" vem conseguindo mudar um pouco essa filosofia, na verdade aliando a raça e a força do futebol argentino com muita aplicação tática, muito estudo, pregando a ideia de um futebol bem jogado, saída de bola com troca de passes, intensidade e movimentação, em tese tudo que o "futebol moderno" requer, e o resultado tem sido satisfatório.
Em 2015, o técnico campeão da Copa América com o Chile, o argentino Jorge Sampaoli foi indicado ao Prêmio FIFA de Melhor Treinador do Ano, evidenciando ainda mais o bom trabalho que os "entrenadores" argentinos vem desenvolvendo no mundo do futebol.
"Jorge Sampaoli levou a Seleção Chilena a conquista da Copa América 2015." Foto:www.skysports.com |
Sampaoli não ganhou o prêmio, na verdade ficou em 3°, atrás de Luis Enrique e Pep Guardiola, porém estar entre os três maiores técnicos do mundo deixa claro que a escola argentina vem desempenhando um grande papel, formando excelentes profissionais e sendo protagonista na América do Sul, não é a toa que os treinadores argentinos são maioria na principal competição do continente, a Copa Libertadores da América.
Sampaoli, um fiel discípulo da escola de Marcelo "El Loco" Bielsa, é apenas um exemplo, mas se irmos mais a fundo nessa história, começam a surgir outros bons nomes, tanto em seleções como em grandes equipes da Europa e da América do Sul.
Treinando um clube brasileiro, temos no São Paulo, Edgardo Bauza, treinador que levou o San Lorenzo a sua primeira conquista da Libertadores da América em 2014, apesar das dificuldades iniciais, "El Patón" mostra que é um grande conhecedor do futebol, um estudioso da bola que preza pela solidez defensiva, se tiver tempo poderá recolocar o tricolor paulista no caminho das grandes conquistas, porém pedir tempo no futebol brasileiro é quase uma ofensa, o país do imediatismo não te permite trabalhar a longo prazo.
"El Patón, assumiu o São Paulo em 2016." Foto:imirante.com |
Indo "direto na fonte", e olhando para o futebol argentino, temos nomes promissores que se destacam, jovens treinadores que ainda irão contribuir muito para o futebol mundial.
No River Plate temos Marcelo Gallardo, o ex-jogador da equipe é hoje além de ídolo dentro de campo, um ídolo na casamata.
Gallardo tem uma carreira pequena como treinador, seu primeiro trabalho foi em 2011 no Nacional do Uruguai, onde já no inicio conquistou o Torneio Apertura, e o Campeonato Uruguaio 2011/2012.
Sua chegada ao River Plate elevou a importância de sua ainda pequena carreira, a metodologia de trabalho, e a sintonia com a torcida, fez com que Marcelo devolvesse ao Millonario o rumo das principais conquistas na América, e culminou nos títulos da Copa Sul-Americana de 2014, a Recopa Sul-Americana e a Copa Libertadores da América em 2015.
Tudo isso aos 40 anos de idade, 5 destes como treinador, um aproveitamento invejável.
"Gallardo, ídolo como jogador e agora como treinador no River Plate." Foto:canchallena.lanacion.com.ar |
O Racing, voltou a vencer o campeonato argentino após mais de uma década, no comando da equipe Diego Cocca outro jovem treinador argentino, que com apenas 44 anos mostra boas idéias táticas, e muito conhecimento sobre futebol, um bom nome a ser observado pelos clubes brasileiros, se despediu do Racing e deu lugar a Facundo Sava.
"Diego Cocca fez grande trabalho Racing." Foto:www.clarin.com |
Dos clubes que disputam a Libertadores da América podemos evidenciar bons nomes, como Eduardo Coudet no Rosário Central, Facundo Sava no Racing, Eduardo Domínguez no Huracán e Pablo Guede no San Lorenzo, treinadores jovens, na faixa dos 40 anos e com bons trabalhos no currículo, além de boas ideias, há muita noção tática, constatada ao assistirmos partidas de suas respectivas equipes.
Nas Eliminatórias Sul-Americanas pra Copa do Mundo de 2018, outros bons profissionais aparecem, Colômbia (José Pékerman), Argentina (Tata Martino) e Peru (Ricardo Gareca), essas seleções tem em seu comando treinadores argentinos.
Há também no Chile, com Juan Antonio Pizzi, um argentino naturalizado espanhol e no Equador, com Gustavo Quinteros, argentino naturalizado boliviano.
Chegando na Europa, é possível citar dois grandes nomes, Mauricio Pochettino faz uma excelente temporada na principal liga do mundo, a Premier League.
Com seu organizado e eficiente Tottenham, o treinador argentino vem conquistado ainda mais a admiração daqueles que prezam por uma equipe mais dinâmica, veloz e bem compactada.
Depois de um bom trabalho no surpreendente Southampton na temporada 13/14, Pochettino faz do Tottenham uma grande ameaça ao atual líder, o humilde Leicester City, surpresa do ano.
"Pochettino tem bons números na Premier League." Foto:dabancada.com |
Na Espanha, um dos maiores treinadores da atualidade, Diego Simeone, o "El Cholo" vai para sua quinta temporada no comando do Atlético de Madrid, e terá pela frente um grande desafio contra o poderoso Barcelona pelas quartas de final da Champions League.
"Diego Simeone comanda o Atlético de Madrid desde 2011." Foto:worldsoccertalk.com |
Simeone leva consigo o espírito argentino, é comum vê-lo incentivando a torcida, esbravejando, gritando na beira do campo, o treinador vive o jogo intensamente, com um estilo de marcação forte, o Atlético de Madrid vem se tornando uma equipe cada vez mais difícil de ser batida.
Diego, com apenas 45 anos já tem em seu currículo os títulos do Campeonato Argentino: 2006 (Apertura) com o Estudiantes de La Plata, Campeonato Argentino: 2008 (Clausura) com o River Plate.
Já no Atlético de Madrid a lista é mais extensa e importante:
Liga Europa da UEFA: 2011–12
Supercopa da UEFA: 2012
La Liga (Campeonato espanhol): 2013–14
Copa do Rei: 2012-13
Supercopa da Espanha: 2014
Seria a Argentina uma grande fábrica de "entrenadores" vencedores?
O fato é que o país hoje é um grande exportador de técnicos para grandes clubes do mundo, muito a frente do Brasil por exemplo.
O fato é que o país hoje é um grande exportador de técnicos para grandes clubes do mundo, muito a frente do Brasil por exemplo.
Os resultados até aqui são promissores, e confesso que a torcida é pra que Simeone com seu "Atletí" erga a taça da Champions League desse ano hein...
Por: Jonas Almeida
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Acompanhe a coluna: "La Cancha"
Excelente texto Jonas, sempre bom expandir o conhecimento para novos ares, coluna excepcional sempre trazendo um pouco do mundo argentino poucos tem conhecimento do que é realizado no país e a história dos clubes, muito menos desses caras fantásticos que atualmente estão roubando a cena com seus times bem treinados e competitivos. Parabéns pelo texto! #UniãoVQTTV
ResponderExcluirObrigado Yasmin!
ExcluirTamo junto! #UniãoVQTTV