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| Fonte: globoesporte.com |
Será
que finalmente veremos o São Paulo utilizando os jogadores da base no time
profissional (como sempre se pregou e como gostaríamos)? Não é segredo
para ninguém que o Tricolor tem um dos melhores Centros de Treinamento
(localizado em Cotia) para as categorias de base do Brasil e até do mundo.
Também não é segredo que o clube investe pesado nas categorias de base e,
ultimamente, vem colhendo frutos ao vencer diversas competições importantes.
A
intenção para 2017 é utilizar mais esses jogadores, mesclando com contratações
de peso e jogadores que fazem parte dos planos do elenco atual. Na vitória
contra a Ponte Preta, por exemplo, foram utilizados seis jogadores formados
pelo Tricolor (sete se contarmos com Lyanco, que não é formado em Cotia, mas
integrou antes a equipe da base quando foi contratado aos 17 anos). No banco
ainda tínhamos Auro, Lucão e Matheus Reis.
Nos
últimos anos, o Tricolor perdeu muitos jogadores com o medo de “queimá-los”
colocando-os no profissional. Em outras palavras, demorou tanto para dar
oportunidades para alguns que acabou “queimando-os” da mesma maneira. Quem não
se lembra da dupla de laterais Lucas Farias e Henrique Miranda, que figuravam
até na base da Seleção Brasileira e esperava-se muito de ambos? Foram
pouco aproveitados no Tricolor, tiveram muitos empréstimos sem
planejamento e “passaram do ponto” da transição da base/profissional.
É
claro que a base deve ser utilizada com sabedoria e na dosagem certa. Deve-se
utilizar jogadores que realmente mostram qualidade em campo. É preciso ter
paciência com os garotos, mas eles também precisam entender que além deles
existem outros, ainda na base, esperando por oportunidades. Um exemplo a ser
citado no elenco atual é Auro. O garoto desempenhou um bom papel na base
atuando como lateral-direito e foi promovido ao profissional, mas, de maneira
geral, ainda não convenceu e é apenas a quarta opção no elenco atual, estando
atrás até do improvisado Wesley. Na base temos Foguete pedindo passagem e
oportunidade no profissional.
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| Fonte: globoesporte.com |
Ainda
falando de Auro, por se tratar de um meia de origem, ele tinha deficiências
defensivas já na base e pouco foi trabalhado nisso. Hoje, no profissional, não
conseguem encontrar lugar para ele, já que ele não se aperfeiçoou nem na
lateral e nem no meio de campo. Ele poderia ser utilizado como um “Winger”, um
meia aberto pelo lado do campo muito utilizado em esquemas atuais como o
4-2-3-1, mas hoje enfrentaria a concorrência de jogadores da base, além dos
profissionais, que já estão mais habituados na posição (como Luiz Araújo e
David Neres).
A
nova política aplicada na base deve permitir ainda mais os investimentos e o
aproveitamento da garotada no time principal. A principal ideia se aplica
aos salários, sendo criado um teto salarial de R$ 10 mil para os jogadores da
base, com valorização automática por objetivos (promoção ao profissional, jogos
como titular, entre outros). Com isso, é instigada a competitividade entre
os jogadores, fazendo com que eles se esforcem para conquistar objetivos e
tentem evitar ao máximo o acomodamento.
Em
2017 deveremos ver mais jogadores da base pintando no time principal e, talvez,
como titulares. David Neres, Lucas Fernandes e Lyanco são as grandes apostas
dessa geração. Além de Pedro e Luiz Araújo, que vem ganhando oportunidades nos
últimos jogos, eu daria mais chances ao volante Arthur e promoveria o volante
Banguelê. Tentaria emprestar Auro, Lucão e Matheus Reis, buscando clubes onde
eles realmente possam ser aproveitados, fazendo contratos de um ou até dois
anos. Emprestar jogadores por três ou quatro meses como vem
acontecendo, não ajuda no desenvolvimento do atleta.


Sensacional o texto Murilo.
ResponderExcluirParabéns.