Breaking News

domingo, 14 de maio de 2017

Negociado com o Cruzeiro, o Rei dos Clássicos está indo embora


REI DOS CLÁSSICOS VAI DEIXAR SAUDADE

Jogadores vem e vão, mas o Palmeiras sempre há de continuar. O que não impede de admitirmos que já sentimos saudades do rei dos clássicos. Não com saudade do seu atual momento. Mas sim de tudo o que já fez nessa fase vitoriosa do Verdão. Rafael Marques é a personificação das glórias que conquistamos recentemente. Sempre alegre, ele comandava o nosso vestiário e vestia a camisa por fora e dentro de si. Disso sempre seremos gratos, mantendo a boa lembrança de um tempo bem aproveitado. Reconhecendo o seu respeito com as cores verde e branco. Aliás, foram 2 gols no Santos; 2 no Corinthians e 3 no São Paulo. Quem não se lembra da bola na rede do Rafa na nova arena do Corinthians, o famigerado Eliminates Arena, com o seu gol de empate no perdido freguês Cássio? A raça é a marca do nosso atual elenco de jogadores. Mas, especialmente o nosso Rei dos Clássicos, suava de sangue verde com a camisa palestrina. De tranquilidade nunca se fez a história do Palmeiras. Sempre com raça e espírito de porco. Rafael incorporou de corpo e alma em plena Vila-Belmiro, ao eco da não-muito-grande torcida de Santos, que gritava iludida: “Eliminado!” quando já ganhavam por 2x0, lá estava ele, Rafael Marques, para fazer 2 gols em 5 minutos e levar a decisão para os pênaltis.

Contestado no início de sua trajetória. Taxado como “queridinho” de Oswaldo Oliveira, que já fez ótimo trabalho junto ao treinador no botafogo. Deu a volta por cima das cornetas e se destacou com 15 gols em 56 jogos – naquela temporada, foi superado apenas por Dudu (16). Em 2016, no entanto, o atacante perdeu seu espaço e marcou cinco vezes em 35 partidas. Em 2017, anotou um tento em dois duelos. Ele ainda detém o feito histórico de ser o único jogador a ter marcado gols no Palestra Itália antes e depois da reforma.


DE PALESTRA À PALESTRA

            O Palestra de Minas não convence na frente. Com um ataque que vem se perdendo jogo a jogo e com pouco poder de decisão. O cruzeiro colecionou algumas decepções para esse início de trabalho de 2017. Entre eles, no último fim de semana, a perda do título mineiro na derrota para o seu maior rival, Atlético, por 2 a 1. Depois a eliminação na Copa Sul-Americana, para o Nacional-PAR, com nova derrota. Todos esses vexames são aditivos para contestar o início arrasador da Raposa sob o comando de Mano Menezes, que viu os elogios apagarem e dar luz às cornetas celestes.

Contudo, cruzeiro se atenta ao mercado, e buscou possibilidades mais viáveis financeiramente, buscando atender uma demanda de curto prazo no ataque de seu elenco, que é o atacante de 33 anos, Rafael Marques. Palmeiras também precisa de alguns reforços em seu elenco, principalmente na parte defensiva. Após a venda de Vitor Hugo para a Fiorentina, por cerca de 4,5 milhões de euros (R$ 15,3 milhões). O Palmeiras se adiantou em contratar o jovem zagueiro do Coritiba, Juninho. Assim como já havia acertado com outro jovem defensor, Luan, do Vasco.

A boa relação das duas diretorias, que já promoveram várias trocas nos últimos anos, se concretizou agora com a troca de Rafa Marques por Mayke. O jovem lateral-direito sai de seu clube de origem, Cruzeiro, para o atual campeão brasileiro. A intenção da diretoria é aumentar as opções no elenco para as posições “carentes” do Verdão. Fabiano é o único reserva para o lugar de Jean, assim, Mayke vem para fazer companhia ao lado de seu ex-companheiro da toca da raposa, agora, companheiros no forte candidato ao bi do brasileiro. Mayke pode nos ajudar a alcançar esse objetivo, assim como alcançou nos anos de 2013 e 2014 quando conquistou o bi campeonato brasileiro, participando ativamente durante ambas as temporadas.


FALA, RAFA!

            Rafael Marques foi contestado sobre a sua saída do Palmeiras, em uma entrevista no Blog do Alexandre Praetzel. O jornalista pergunta se o treinador Cuca teve alguma participação nesse ocorrido, confira o trecho abaixo:

            “Muitos, talvez iriam vincular minha saída com a chegada do Cuca e não foi isso. Já tinha recebido a notícia na semana do jogo na Bolívia, que as negociações estavam quase certas.(...) aguentei o máximo, mesmo não jogando, trabalhando contente e ajudando os meus companheiros no dia-a-dia. Só que chegou um momento que eu tinha que voltar a jogar. Como ajudei nesses dois anos e meio, queria que ele me ajudasse também, na minha saída para o Cruzeiro. Cuca é um cara vitorioso. É bom que não vinculem minha saída com a chegada dele.”

            Não sabemos o que acontece nos bastidores, aliás, a imprensa diz saber tudo, tendo várias vezes já noticiado problemas de vestiário de Cuca com jogadores, como Rafael Marques e Lucas Barrios, ambos agora, não mais presentes no elenco atual. Desavenças podem ser normais, ainda mais se tratando de Cuca com os seus comandados. No entanto, Cuca segue vencendo e ganhando títulos com os seus elencos que, rachados ou não, abraçam o projeto e dão o sangue em campo.

Rafael Marques carregando a cabeça do rival. (Foto: Reprodução/ SporTV)


Rafael Marques, geralmente sem papas na língua, foi conciliador ao elogiar o treinador Cuca. É importante que continue assim. O que mais precisamos é de trabalho em silêncio, sem toda a expectativa que foi e está sendo criada nesse primeiro semestre. Pois como diz o sábio ditado: “Comemora sem alarde, que a zika dorme leve”. Enfim, Rafael Marques sai pela porta da frente, e sem burburinhos a respeito do novo momento que o time alviverde está entrando. A formalidade nesse caso é necessária. E que tenhamos o foco para o trabalho que se segue imediatamente. Cuca precisa encaixar o time a tempo da decisão da Copa do Brasil e Libertadores que já estão próximas, sem contar com todas as 38 finais do Brasileirão. Cabeça erguida, e trabalho.




Por: 
Carlitos Marinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário