REI DOS CLÁSSICOS VAI DEIXAR
SAUDADE
Jogadores vem e vão,
mas o Palmeiras sempre há de continuar. O que não impede de admitirmos que já
sentimos saudades do rei dos clássicos. Não com saudade do seu atual momento.
Mas sim de tudo o que já fez nessa fase vitoriosa do Verdão. Rafael Marques é a
personificação das glórias que conquistamos recentemente. Sempre alegre, ele
comandava o nosso vestiário e vestia a camisa por fora e dentro de si. Disso
sempre seremos gratos, mantendo a boa lembrança de um tempo bem aproveitado. Reconhecendo
o seu respeito com as cores verde e branco. Aliás, foram 2 gols no Santos; 2 no
Corinthians e 3 no São Paulo. Quem não se lembra da bola na rede do Rafa na
nova arena do Corinthians, o famigerado Eliminates Arena, com o seu gol de
empate no perdido freguês Cássio? A raça é a marca do nosso atual elenco de jogadores. Mas, especialmente o nosso Rei
dos Clássicos, suava de sangue verde com a camisa palestrina. De tranquilidade nunca se fez a história
do Palmeiras. Sempre com raça e espírito de porco. Rafael incorporou de corpo e
alma em plena Vila-Belmiro, ao eco da não-muito-grande torcida de Santos, que
gritava iludida: “Eliminado!” quando já ganhavam por 2x0, lá estava ele, Rafael
Marques, para fazer 2 gols em 5 minutos e levar a decisão para os pênaltis.
Contestado no início
de sua trajetória. Taxado como “queridinho” de Oswaldo Oliveira, que já fez
ótimo trabalho junto ao treinador no botafogo. Deu a volta por cima das
cornetas e se destacou com 15 gols em 56 jogos – naquela temporada, foi
superado apenas por Dudu (16). Em 2016, no entanto, o atacante perdeu seu espaço
e marcou cinco vezes em 35 partidas. Em 2017, anotou um tento em dois duelos. Ele
ainda detém o feito histórico de ser o único jogador a ter marcado gols no
Palestra Itália antes e depois da reforma.
DE
PALESTRA À PALESTRA
O Palestra de Minas não convence
na frente. Com um ataque que vem se perdendo jogo a jogo e com pouco poder de
decisão. O cruzeiro colecionou algumas decepções para esse início de trabalho
de 2017. Entre eles, no último fim de semana, a perda do título mineiro na
derrota para o seu maior rival, Atlético, por 2 a 1. Depois a eliminação na
Copa Sul-Americana, para o Nacional-PAR, com nova derrota. Todos esses vexames
são aditivos para contestar o início arrasador da Raposa sob o comando de Mano
Menezes, que viu os elogios apagarem e dar luz às cornetas celestes.
Contudo, cruzeiro se
atenta ao mercado, e buscou possibilidades mais viáveis financeiramente, buscando
atender uma demanda de curto prazo no ataque de seu elenco, que é o atacante de
33 anos, Rafael Marques. Palmeiras também precisa de alguns reforços em seu
elenco, principalmente na parte defensiva. Após a venda de Vitor Hugo para a
Fiorentina, por cerca de 4,5 milhões de euros (R$ 15,3 milhões). O Palmeiras se
adiantou em contratar o jovem zagueiro do Coritiba, Juninho. Assim como já
havia acertado com outro jovem defensor, Luan, do Vasco.
A boa relação das
duas diretorias, que já promoveram várias trocas nos últimos anos, se
concretizou agora com a troca de Rafa Marques por Mayke. O jovem
lateral-direito sai de seu clube de origem, Cruzeiro, para o atual campeão
brasileiro. A intenção da diretoria é aumentar as opções no elenco para as
posições “carentes” do Verdão. Fabiano é o único reserva para o lugar de Jean,
assim, Mayke vem para fazer companhia ao lado de seu ex-companheiro da toca da
raposa, agora, companheiros no forte candidato ao bi do brasileiro. Mayke pode
nos ajudar a alcançar esse objetivo, assim como alcançou nos anos de 2013 e
2014 quando conquistou o bi campeonato brasileiro, participando ativamente
durante ambas as temporadas.
FALA,
RAFA!
Rafael
Marques foi contestado sobre a sua saída do Palmeiras, em uma entrevista no Blog
do Alexandre Praetzel. O jornalista pergunta se o treinador Cuca teve alguma
participação nesse ocorrido, confira o trecho abaixo:
“Muitos,
talvez iriam vincular minha saída com a chegada do Cuca e não foi isso. Já
tinha recebido a notícia na semana do jogo na Bolívia, que as negociações
estavam quase certas.(...) aguentei o máximo, mesmo não jogando, trabalhando
contente e ajudando os meus companheiros no dia-a-dia. Só que chegou um momento
que eu tinha que voltar a jogar. Como ajudei nesses dois anos e meio, queria
que ele me ajudasse também, na minha saída para o Cruzeiro. Cuca é um cara
vitorioso. É bom que não vinculem minha saída com a chegada dele.”
Não
sabemos o que acontece nos bastidores, aliás, a imprensa diz saber tudo, tendo várias vezes já noticiado problemas de vestiário de Cuca com jogadores, como
Rafael Marques e Lucas Barrios, ambos agora, não mais presentes no elenco atual.
Desavenças podem ser normais, ainda mais se tratando de Cuca com os seus comandados.
No entanto, Cuca segue vencendo e ganhando títulos com os seus elencos que,
rachados ou não, abraçam o projeto e dão o sangue em campo.
Rafael Marques carregando a cabeça do rival. (Foto: Reprodução/ SporTV)
Rafael Marques,
geralmente sem papas na língua, foi conciliador ao elogiar o treinador Cuca. É importante
que continue assim. O que mais precisamos é de trabalho em silêncio, sem toda a
expectativa que foi e está sendo criada nesse primeiro semestre. Pois como diz
o sábio ditado: “Comemora sem alarde, que a zika dorme leve”. Enfim, Rafael
Marques sai pela porta da frente, e sem burburinhos a respeito do novo momento
que o time alviverde está entrando. A formalidade nesse caso é necessária. E
que tenhamos o foco para o trabalho que se segue imediatamente. Cuca precisa
encaixar o time a tempo da decisão da Copa do Brasil e Libertadores que já
estão próximas, sem contar com todas as 38 finais do Brasileirão. Cabeça
erguida, e trabalho.
Por:
Carlitos Marinho
Por:
Carlitos Marinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário