(Foto: Reprodução/ Twitter) |
Foi duro, muito duro, no começo. Uma das primeiras medidas da nova diretoria foi estabelecer um teto salarial bem abaixo do que era praticado até o ano anterior e isso acarretou na saída de Vágner Love, querido pelos torcedores. Excetuando o volante Elias, que veio de uma passagem por Portugal mas havia se destacado no Corinthians, e Carlos Eduardo, que acabou sendo um fracasso, nenhuma contratação de nível foi feita até 2015.
No meio do ano em questão, o Rubro-Negro começou a mostrar que havia começado uma guinada na postura. Ao acertar com Paolo Guerrero, ídolo do Corinthians, a direção teve seu primeiro grande de peso para provar que as contas estavam em dia. Apesar de contestações pelo país, perguntando como o Flamengo pagaria os salários do peruano, a equipe da Gávea honrou tudo em dia, e seguiu a sua melhora financeira, aumentando os investimentos, e diminuindo as dívidas.
E seguiu assim no ano seguinte, novamente na janela da metade da temporada, quando contratou o meia Diego Ribas. Ambos, no entanto, foram contratados sem custos com os seus respectivos clubes. Essa história começou a mudar em 2017, quando foram gastos 6 milhões de euros na chegada de Éverton Ribeiro. Esse valor fez a negociação ser, até então, a mais cara da história do clube.
Em 2018, o Flamengo foi ainda mais ousado e gastou 10 milhões de euros para contratar Vitinho, junto ao CSKA, da Rússia. Porém, nesses anos, o clube também vendeu duas grandes joias para o futebol europeu: Vinicius Júnior, que custou 45 milhões de euros ao Real Madrid, e Lucas Paquetá, que foi vendido por 35 milhões de euros ao Milan.
A venda do meia, que deixou a equipe em dezembro, colocou o Rubro-Negro em uma ótima situação financeira para essa janela de janeiro, e a nova diretoria - capitaneada por Rodolfo Landim - soube aproveitar para dar o passo à frente. Com as chegadas de Gabigol e Arrascaeta, o clube da Gávea mostra que está sedento por títulos e deixa um recado claro aos adversários: se vacilarem, o Flamengo vai buscar seus jogadores.
Foi assim com o jogador uruguaio: atolado em dívidas e devendo para vários clubes, o Cruzeiro perdeu seu poder de fogo na negociação de Arrascaeta e, graças também ao desejo do jogador (que errou feio ao faltar nos treinamentos), teve que negociar o jogador com a equipe carioca por 15 milhões de euros, valor abaixo do que a equipe celeste pretendia vender o meia, mas ainda assim o suficiente para ser a maior compra da história do futebol brasileiro.
O torcedor rubro-negro merece viver esse momento especial na história do clube, pois caminhou junto com a diretoria e entendeu que era preciso uma mudança para colocar o Flamengo nos trilhos. Que venham os títulos!
Por: Rafael Lisboa
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