É com muito prazer que venho a escrever meu primeiro texto pra esse excelente trabalho que reúne torcedores de vários times do futebol canarinho. Uma honra realmente participar de um projeto tão democrático e tão plural que, quando do surgimento do convite, me fez aceitar de pronto. Infelizmente não é dos melhores momentos pra falar do futebol baiano e do Bahia especificamente, já que nos encontramos à beira do abismo cuja queda iminente pode nos devolver à disputa de uma segunda divisão após 4 anos.
Porém, mesmo com todas as possibilidades contra, teria o torcedor do Baea (não se enganem, aqui ninguém fala Bahia) algum motivo pra acreditar que o Palmeiras e o Vicetória (aqui ninguém fala Vitória) terão resultado negativos, e o Bahia vencerá o Coxa no Couto Pereira em plena despedida de Alex? Existem motivos pra acreditar em um time que fez um campeonato tão fraco, e que ainda terá o universo conspirando a favor?
Realmente não é fácil! É quase impossível... E é por isso que o torcedor tricolor tem alguma fé. Porque sempre que tudo parece perdido o Esporte Clube Bahia saca uma surpresa de sua cartola. Também porque há exatos 7 anos aconteceria um dos feitos mais inacreditáveis dos 83 anos de história do Esporte Clube Bahia.
Não se trata de um título. Sequer de um acesso (diretamente). Mas o Bahia passou de fase há exatos 7 anos em um momento em que TUDO indicava que iria permanecer pelo 3º ano seguido na 3ª divisão do futebol nacional (até então última divisão existente).
Me recordo bem do clima da época: PESSIMISMO geral. Salvador naquele dia estava um tanto triste. Permanecer na Série C vendo seu rival voltar à elite do nacional seria dolorido demais pro torcedor tricolor. Tudo jogava contra. Mas o que de fato aconteceu? Inacreditavelmente o ABC reserva arrancou um empate do Rio Branco (que chegou a perder uma penalidade) e o Bahia só conseguiu o gol da classificação aos 50 minutos do 2º tempo. A reportagem do Globo Esporte nacional à época vale a pena ser vista:
Era 2007. O Bahia jogava a terceira fase da terceira divisão e NÃO DEPENDIA de si mesmo para se classificar para o octogonal final da competição. O Bahia jogava contra o Fast Clube do Amazonas para uma Fonte Nova vazia e dependendo do já classificado ABC de Natal que iria enfrentar o Rio Branco lá no Acre. Para piorar o clube potiguar mandou um time reserva pro jogo em que o Rio Branco dependia de suas próprias forças pra se classificar.
E, assim como em 2007, o Bahia NÃO DEPENDE de suas próprias forças. Depende aliás que 2 resultados concorram para que haja o milagre da permanência. Várias promessas já foram feitas. Eu mesmo prometi (há algum tempo) que se esse time de Fahel, Guilherme Santos e Galhardo ficasse na série A iria raspar a cabeça e fazer uma tatuagem em referência ao clube. Outros amigos já fizeram a mesma sandice. Fora as caixas e caixas de cerveja prometidas.
Domingo tem tudo pra ser um dia marcante em Salvador: para o bem ou para o mal. O futebol baiano poderá ter um ou dois clubes rebaixados. Espero e acredito que quem caia seja o rival. Nosso primeiro ano de Democracia não merece este duro golpe a despeito de todos os erros que foram cometidos.
Pra finalizar, ainda sobre o tema milagre, um amigo tricolor perguntou hoje pela manhã (história verídica) ao zelador de seu prédio, um senhor de 70 anos que é Bahia fanático:
- E aí seu Antônio? E esse jogo domingo? O senhor acredita no milagre?
E seu Antônio respondeu:
- Não Doutor, em milagre eu não acredito não. Eu acredito é no BAHIA!
Saudações Tricolores!
E BORA BAEA MINHA PORRA!

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