É com a emoção que escrevo este texto. A razão, perdi aos dois minutos do primeiro tempo; se foi com o gol do Robinho. Assim como a minha voz, meu estresse, meu cansaço. Aos sete minutos, cartão vermelho para Toloi. O zagueiro deu um chute em Dudu, sem bola. Gritei, mesmo sem voz. Ganhei o meu dia. Aos nove, quase sai o segundo gol; depois aos treze. Aos quinze, dezoito. Muricy tira Alexandre Pato e coloca Edson Silva. O alívio vem, mas ao olhar o placar, também se vai.
Rafael Marques fez o segundo, aos vinte e três. Vejo - pela televisão, infelizmente - um São Paulo mal em campo, uma substituição errada. Vejo, um Palmeiras como não via há tempos; um time arrumado, com poucos erros, com vontade de vencer. Vejo e sinto orgulho. Me orgulha ver um Palmeiras forte, um Palmeiras que impõe o jogo. Me orgulha olhar para o lado e ver meu irmão, com uma camisa 10 na mão, comemorando como eu. E depois de mais um gol, de mais uma expulsão, vejo meu irmão dormindo, ainda com a camisa na mão.
Penso nessa noite e não sei qual a maior alegria: o jogo, em si, no Allianz Parque, ou o jogo, em si, no meu quarto. Poder passar um sentimento adiante, um sentimento como este, não tem explicação. E mais inexplicável que isso, é ver uma criança dividindo esse sentimento com você. Esse foi o primeiro clássico do meu irmão, e que isso - o inexplicável e inesgotável sentimento, a vitória - seja só o começo.
Carou
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