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sexta-feira, 10 de abril de 2015

A ressurreição do maestro celeste

Anteriormente a dúvida e desconfiança rodeavam os corações dos mais crédulos, quem dirá dos que haviam desistido.. A casa não estava cheia, apenas os fieis apaixonados compareceram ao espetáculo. Nas arquibancadas perpetuava uma só voz feita da junção de milhares que se reuniam ali para que a esperança fosse transformada em realidade nos gramados do Gigante da Pampulha. Os deuses ouviram os clamores dos aficionados e cheios de fé da nação cinco estrelas, assim, capacitando cada guerreiro que entrou em campo defendendo o manto estrelado. O Cruzeiro que outrora víamos e nos encantava com seu futebol envolvente começou a ressurgir na quarta-feira abençoada pela Libertadores. 

A torcida pedia uma brasa para que pudessem incendiar o caldeirão e dar início, enfim, à festa rumo a conquista da América. Os jogadores entraram focados, determinados, conscientes de que precisavam mandar um recado de dentro do gramado. No título continha uma palavra "FÉ", a declaratória seguia com as seguintes descrições: "driblei, cai, levantei, sangrei, chutei, gol, gol, gol, o Cruzeiro voltou". E a cada lance a torcida respondia, fazia o vazio responder com um eco para estremecer a base do Mineros. Cada cadeira, ali pintada de cinza, representava um torcedor que desacreditou, mas que com os fatos, que iam se escrevendo na página do livro de histórias heroica imortais, foi acendendo a esperança - outra vez dentro dos ausentes (por que não alguns presentes?!) - e marcando uma força sobrenatural dentro do Mineirão. 


CARTA DO CRUZEIRO ESPORTE CLUBE AOS BRAVOS CELESTES (TORCEDORES)

"Assaltaram-me em duas penalidades. A preciosidade da minha história recaiu sobre meu manto e meus guerreiros de luz honraram cada pluma de algodão que deslumbra o azul que cobre seus corpos. Não foi desta vez que nos prejudicaram. Cumprimos a missão com total união. Poderia ter sido mais, sempre pode ser muito mais. Mas a satisfação de poder convencer quem tanto sustenta minha história - torcedores - satisfez minha áurea vitória sobre o batedor, Mineros da Venezuela. Tentaram usar armas desleais e sangraram meus guerreiros, mas, estes bravos cavalheiros, fizeram em meu nome um jogo para emocionar e contagiar meus amados torcedores. Os olhares se renderam ao brilho que renascia nos prodígios que, hoje, defendem meu escudo. Foi tal admiração que ludibriou o árbitro e deixou a pintura de Arrascaeta estampar as redes para o delírio da nação azul. Os rivais podem até contestar o lance, porém jamais tirará o mérito, a luta e a vitória que se cravou naquela noite. Damião, meu arqueiro artilheiro, derramou seu sangue, suou a camisa e liderou seus compatriotas ao ataque, deixou sua marca e correu para o abraço. Henrique meu guia de longa data, volanteou o seu setor e em uma saída para a área cabeceou para confirmar o placar, era o terceiro gol a meu favor. Gabriel Xavier encantou com seus dribles e velocidade, mostrou vontade e determinação para merecer carregar as minhas estrelas no peito. O capitão (Fábio) da retaguarda comandou todo o pelotão, defendeu a base e segurou os ataques adversário. O conjunto todo mostrou naquela noite de quarta que o Cruzeiro voltou e vai fazer jus ao nome de Guerreiro que traz desde 1921. Aos bravos celestes agradeço por ter me apoiado, cobrado em meu nome o melhor de quem já por aqui passou - e ainda passa - pois assim escrevemos a cada batalha uma nova história heroica imortal."

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