Breaking News

quinta-feira, 28 de maio de 2015

FOMOS TROUXAS

Você é daquele tipo de pessoa que costuma terminar um relacionamento e ficar ouvindo sertanejo para sofrer ainda mais? Eu não. Mas foi exatamente assim que me senti, vendo o jogo de ontem até o fim.

O Cruzeiro mais uma vez pecou pelos seus erros, antes de tudo. Quando uma equipe não é infinitamente superior à outra, ela tem que matar todas as chances que tiver. Perdemos um gol incrível com Manoel na partida de ida na Argentina; ontem, Willian desperdiçou uma chance claríssima aos 2 minutos do primeiro tempo – toda pessoa que tem um pouco de conhecimento sobre futebol deve ter pensado “pode fazer falta” – e fez! Talvez nem um gol logo no início salvasse o Cruzeiro da desclassificação, mas salvaria do completo vexame. A postura de River Plate e Cruzeiro era completamente oposta. Enquanto o River veio para jogar a vida, o Cruzeiro, na palavra de seus próprios jogadores - “entrou mole”, “entrou desligado”, “faltou vontade, raça” - como um time tem essa postura em uma partida decisiva que contava com quase 60 mil torcedores no estádio? Onde foi parar aquela obediência tática e garra que vimos no jogo de ida? Todos que os quase 60 mil no Mineirão e milhões de cruzeirenses espalhados pelo mundo inteiro esperavam ver aquele Cruzeiro (fomos trouxas).

Não foi a primeira vez que o time entrou de maneira preguiçosa em uma partida decisiva. Na segunda partida da final da Copa do Brasil de 2014, o time também fez uma partida muito aquém das expectativas. Contra o San Lorenzo na Libertadores de 2014 também. Parece que o time do Cruzeiro não tem aquela gana para disputar uma partida como uma guerra, a prova disso são os clássicos, que o time não ganha há quase dois anos.

Porém, dessa vez não é hora de culparmos apenas o técnico, que, apesar do drama pessoal vivido essa semana, tem muita culpa no resultado do jogo. Conforme já dito acima, não foi a primeira vez que o time não entrou com uma postura decente em um jogo importante na era Marcelo Oliveira. Mas há que se destacar também a pífia diretoria cruzeirense, principalmente o Dr. Gilvan. Após andar sumido do futebol, viajando em momentos importantes para o clube, o presidente celeste declarou “A torcida deles (do River Plate) estava com medo do Cruzeiro. As TVs divulgavam que o Cruzeiro era carrasco. E sempre foi e voltou a ser” no retorno do Cruzeiro da Argentina. Declaração essa, que pode inclusive ter sido fonte de motivação para os jogadores do River, Gilvan falou demais e antes da hora, lembrando até um ex-presidente do time do outro lado da lagoa. Somada à falta de contratação de um diretor de futebol, de peças de reposição ao elenco, Gilvan, esse ano, está dando demonstrações de ser um péssimo gestor, validando todas as críticas e protestos sofridos desde o início do ano.
Os 3 Patetas da diretoria cruzeirense
A análise tática da equipe fica para uma próxima, quando o time demonstrar ao menos um pouco disso em campo, ontem só tínhamos onze pessoas de azul “correndo” atrás de uma bola de futebol.


Para salvar o ano, ainda temos Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro para serem disputados. Há que se reformular o time por completo para, pelo menos, tentar entrar na briga por qualquer título. Lembrando que o Cruzeiro está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, é cedo ainda, apenas 3 rodadas, mas já perdemos pontos importantes num campeonato de regularidade em que todas as 38 rodadas têm a mesma importância. O Cruzeiro de 2015 tem ainda apenas 55,1% de aproveitamento (com 26 jogos, 12 vitórias, 7 empates e 7 derrotas). ACORDA, CRUZEIRO!

Nenhum comentário:

Postar um comentário