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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ostentando a sua fibra

Todos temos um amor, o meu não é diferente dos outros, mas um tanto peculiar. Muitos não me entendem, mas posso dizer em nome de tantos outros palestrinos o quão grande é meu amor pelo Palestra. Explicar toda devoção que levo, em palavras, seria impossível, pois, para mim, o futebol apenas compõe o que já era o meu alviverde desde 1914. A bola sempre foi uma grande amiga, a maioria das vezes esquecida por todo alvoroço na explosão da conquista. Mas ela tem seus encantos que, aqui, não podem ser deixados em vão.

                 Tenho, para mim e para todos palestrinos, que é impossível explicar nossa paixão. A entrega diária a um clube não pode ser idiotice como muitos falam, aqueles que não entendem o que digo e escrevo. Àqueles que não gostam e não amam o futebol: que Deus os perdoem! Posso sentir e eternizar um dos amores mais puros que existem.

                 Todo domingo e quarta estou lá, torcendo, vibrando, chorando, me emocionando com o amor puro que digo levar dentro de mim. Como todo amor, espero que seja correspondido. E a única coisa que aguardo são os gols. Como todo amor, torço para que vença, mas que vença dentro das 4 linhas. Como já disse, é um amor peculiar, que, infelizmente, não pode ser compreendido por todos. 

                Aprendi com meu pai desde muito cedo a amar o Palestra. Ah, que amor maravilhoso! Quero passar essa emoção. Há cada gol do Divino meu coração se banhava de amor. Era mais que divino sentir aquela emoção, aquela honra toda de ser Palestrino. Queria sempre transparecer o que sentia com minha vibração, mas não nos 90 minutos de cada jogo, e, sim, no meu dia a dia. O torcedor tem dessas, viver pensando no clube e fazendo planos em prol a sua paixão.

                Uma das certezas que levo comigo é que minha vida seria completamente vazia sem o futebol, sem meu Palestra, sem meus jogos de quarta e domingo. O que seria de nós, amantes das 4 linhas, sem o futebol? Um agradecimento a Charles Miller a este amor que levo comigo e honro há cada dia. Do maior campeão do século XX, um agradecimento pessoal por mim e pelos tantos palestrinos, que assim como eu, honram e levam o, hoje, Palmeiras, dentro do peito.

               Desejo que todo amor, seja lá qual for, que ele possa ser como o que sinto, pois dentro do meu coração suporta tudo. A derrota, tantas vezes já sofrida. A vitória, tantas vezes já celebrada. Aos títulos, tantos e quantos comemorados. Deveria haver um estudo da paixão por um clube, porque se todas fossem assim, o amor estaria em destaque no mundo. 

               Termino este breve texto dizendo que sou corintiana! Amo o Corinthians mais que tudo. Tentei deixar claro o amor que sentimos ao futebol, que vem abençoada pelo amor que sentimos por nossos times. Fui desafiada a escrever sobre o “orgulho de ser palmeirense”. Hoje, desafio você, torcedor, a respeitar o adversário. Se coloque no lugar do outro como me coloquei. Claro que sempre vamos achar nosso time maior, melhor, nossa torcida mais apaixonada, mas o outro também pensa assim. Ame mais! Se por no lugar do outro, ter uma convivência pacífica, porque o futebol deveria ser uma confraternização entre irmãos. Torço para que a paz reine dentro das 4 linhas e, principalmente, fora delas. Viva o nosso amor pelo futebol, seja ele por qual clube for! E que o domingo de clássicos seja de muita emoção, mas também de muita paz!
É assim que queremos sempre os estádios, com abundância de amor, de respeito, de paz. Viva o amor que cada um sentimos por nossos times. Paz no futebol já! Foto: Esportividade.

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