É preciso calma pra avaliar o Internacional nesse inicio de Brasileirão, estar entre os semifinalistas da Libertadores faz com que o foco do Colorado seja outro, mesmo com a pausa da competição continental para a disputa da Copa América.
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| "Alex outra vez teve atuação discreta." (Foto: Alexandre Lops/http://www.internacional.com.br) |
Mas, vamos lá, após o empate por 1 a 1 com o Palmeiras na Allianz Arena, uma boa parte da torcida colorada mostrou certo descontentamento com a escalação e postura da equipe de Diego Aguirre.
A verdade é que mais uma vez o treinador uruguaio optou pelo rodízio de atletas, e mandou uma equipe diferente a campo, essa é a metodologia de trabalho de Diego,e o Inter foi mal, principalmente na primeira etapa, quando não finalizou contra o gol de Fernando Prass e ficou totalmente recuado deixando a equipe alviverde rondar a área colorada e manter um alto percentual de posse de bola.
Era nítido que o Inter foi armado por seu treinador para atuar no contragolpe, mas uma figura em especial voltou a não funcionar, Alex, o articulador, o cara do último passe, aquele jogador do toque “diferente”, da jogada mortal, faltou muita presença de Alex no jogo, o camisa 12 foi facilmente dominado pela marcação palmeirense.
Há quem defenda que Alex não possa mais atuar como armador, que ele precisa jogar em uma zona morta, mas com a intensidade do futebol atual fica cada vez mais difícil reduzir funções de um jogador especifico.
Aliado a isso, tivemos dois volantes que não saem para o jogo, Nico e Nilton não podem atuar juntos, enquanto isso Anderson de boa atuação na partida anterior contra o São Paulo amargou mais uma vez o banco de reservas.
Valdívia ficou perdido, não sabia se ia ao ataque ao lado de Nilmar ou aproximava-se de Nilton e Nico para tentar fazer uma transição qualificada, acabou tão confuso que não fez nada em campo.
Aguirre utilizou o jovem Artur na lateral-esquerda e Ernando na direita, no miolo de zaga Juan e Paulão.
Juan foi mais uma vez o destaque, o camisa 4 é soberano, joga no atalho com técnica sem igual, Paulão é atabalhoado, quebrador de bola, um perigo em campo.
Alan Ruschel jogou no meio, não foi desastroso como em atuações anteriores, dessa vez não comprometeu, mas é fraco, jogador limitado, o Inter não deveria mantê-lo no grupo.
O jogo foi equilibrado, arbitragem questionável, o árbitro conseguiu errar para os dois lados, deixou o jogo seguir demais e acabou não apitando faltas claras, sem contar que amarelou Alex antes da bola rolar, com a bola rolando na primeira etapa o domínio do Palmeiras não comprometeu o Inter pela dificuldade do time paulista em finalizar.
O Palmeiras chegava, mas não concluía, e irritava sua torcida que compareceu em bom número na casa alviverde.
Aguirre começou a dar outra cara pro Inter apenas no segundo tempo, quando aos 14 minutos sacou Alex para o ingresso de Anderson, o camisa 8 rendeu mais, foi mais participativo, merece novas oportunidades.
Na segunda etapa tivemos um duelo mais franco, Vitor Hugo abriu o placar pro Palestra aos 19 minutos após escanteio cobrado por Zé Roberto.
Aguirre mudou de novo, Moura no lugar de Nilton aos 27 e Vitinho na vaga de Artur aos 31, e foi dessa mexida que nasceu o empate vermelho, cruzamento de Vitinho e Rafael Moura de cabeça empatou a partida.
Prass ainda salvou o Palmeiras em outra tentativa de Moura.
Trouxemos um ponto de São Paulo, poderia ter sido melhor se tivéssemos entrado em campo com a formatação e postura da segunda etapa, mas o empate fora de casa e com um time reserva passa longe de ser um resultado ruim.
Confio muito no trabalho de Diego Aguirre, mas espero de verdade que o jogo de hoje tenha evidenciado ao uruguaio que tem gente pedindo passagem e outros em decadência técnica, portanto que os melhores joguem.
O Colorado termina a rodada na 13ª posição, com 6 pontos e apenas 3 gols marcados em 5 partidas.
Agora é lotar o Beira-Rio domingo, homenagear Fernandão e vencer o Coritiba para engrenar na luta pelo tetra.

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