Ao ler o título acima, você, torcedor rubro-negro,
provavelmente estranhou a utilização do ditado gaúcho na página do clube
recifense. Porém, de antemão, fica o alerta: não foi erro do autor, nem foi
matéria gremista. Foi proposital e é matéria preta e encarnada como as cores do
maior clube de Pernambuco.
Pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, Grêmio e Sport
protagonizaram bem mais que o tradicional “jogo de xadrez” tático. Neste sábado
(25), na Arena do clube gaúcho, os dois clubes, considerados como as principais
surpresas da competição nacional, travaram batalha digna das campanhas que
fazem.
Sport e Grêmio ficam no empate em Porto Alegre (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com) |
Comandados por dois jovens treinadores, excelentes
estrategistas e aguerridos à beira do campo, o tricolor gaúcho e o rubro-negro
pernambucano demonstraram que o jargão faz jus não somente ao morador ou
natural do Rio Grande do Sul, mas que é perfeitamente aplicável àqueles que
encarnam o espírito guerreiro que corre nas veias sul-rio-grandenses.
Iniciando a partida com escalação diferente da habitual, com
direito a leve mudança no esquema tático e entrada de mais um volante (Rodrigo
Mancha substituiu o meia Élber, por opção do técnico Eduardo Baptista visando
reforçar o setor esquerdo), o Sport viu seu adversário ter mais intensidade e
aplicar um volume de jogo que durou todo o 1º tempo.
Foi graças a este volume, também contando com ajuda da
arbitragem que não marcou falta em André no lance anterior, que o time de Roger
Carvalho abriu o placar com Pedro Rocha, ao fim da etapa inicial, após falha
coletiva da defesa rubro-negra, com destaque para furada de Danilo, substituto
de Renê, suspenso.
Todavia, como já havia dito: na terra dos Pampas quem luta
não está morto.
Por ocasião da mudança feita pelo técnico Eduardo Baptista na
volta do intervalo, o qual desfez o esquema com três volantes e pôs o time em
duas linhas de 04 com dois pontas, com a entrada de Élber e saída de Mancha, o
Sport voltou brigando e mordendo o Grêmio, o que fez resultar no gol de empate
logo no início da segunda etapa, após cruzamento do contestado Danilo, falha do
goleiro gaúcho e esperteza de Diego Souza, que teve apenas o trabalho de
empurrar, com o peito, a bola para o fundo gol vazio. 1x1.
E foi após o empate recifense que a batalha esquentou.
Protagonizando em vários lances um jogo de ataque contra
defesa, com direito a ações espetaculares do goleiro “Danilo Howard Leonidas
Fernandes”, o Sport permaneceu vivo na partida e lutou até o fim contra um
adversário forte, e - também não menos importante -, contra o cansaço que lhe
assolava após uma semana de viagens e confrontos desgastantes em duas
competições diferentes.
Tendo êxito na luta, apesar de diversas vezes acanhado à
beira do ringue, o Leão saiu de campo com o empate conseguido no segundo tempo.
A partida de fato não foi épica nem de grande qualidade
técnica, como estamos acostumados a presenciar do Sport nesse campeonato
brasileiro.
Mas, apesar dos tabus mantidos (Sport não vence o Grêmio no
Sul e ainda não conseguiu vencer fora de casa neste Brasileiro), o ponto
conquistado na terra dos Farroupilhas é digno de comemoração de uma conquista
dura, após mais uma longa batalha de 90 minutos, numa guerra que tende a acabar
com um final feliz para o nosso Leão da Ilha do Retiro.
No mais, que venha o Cruzeiro. O Leão peleador, a torcida
apaixonada e o Brocador com sede de vitorias, os esperam.
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