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domingo, 26 de julho de 2015

O Fantástico GP da Hungria: saudades, incidentes, ultrapassagens e muita emoção

Há quem diga que a corrida seria mais uma fácil vitória do inglês Lewis Hamilton, líder do campeonato com 5 vitórias, cravou sua nona pole position de forma magistral, superior no Q3, Q2 e Q1 curiosamente batendo seus próprios recordes. Levava em seu capacete a hashtag com homenagem a Bianchi, que falecera esta semana. Num sábado perfeito para Mercedes fazendo uma dobradinha no grid de largada, quem diria que o domingo seria um pesadelo?! 

Antes do início da prova, os pilotos prestaram sua última homenagem a Jules, juntamente com os familiares do jovem. Foram colocados os capacetes no asfalto e formou-se uma roda em volta, a seguir, um minuto de silêncio. A Fórmula 1 não se prestava a este gesto desde a partida do ilustre Ayrton Senna há mais de 21 anos. A emoção tomou conta, desde os pilotos até mesmo aos telespectadores, um momento triste, inspirador, motivador. 

A LARGADA

Inicialmente, foi abortada devido a um erro de posicionamento do piloto brasileiro Felipe Massa. Após mais uma volta de apresentação, ascenderam-se as luzes e eis que as surpresas começaram a surgir. Logo de início, Vettel e Kimi Raikkonen se impuseram na largada e deixaram as Flechas de Prata comendo poeira. Após cair para a 4ª posição, Lewis saiu da pista e despencou para o 10º lugar. 


MOMENTOS DA CORRIDA

Vettel liderou a corrida o tempo todo, impondo seu ritmo, seguido pelo companheiro de equipe Kimi Raikkonen e Nico Rosberg da Mercedes. Lewis deu a volta por cima e veio farejando em alta velocidade até encostar atrás de seu companheiro de equipe na 4ª colocação. Surpreendentemente, a asa dianteira do carro da Force Índia de Hulkenberg se desprendeu e fez com que o piloto saísse da pista e se chocasse contra a proteção de pneus. Neste momento, para a felicidade da Mercedes e apreensão dos torcedores da Ferrari, entra em cena o Safety Car para retirar os destroços do carro de Hulkenberg da pista. A relargada fervia os ânimos e apontava como uma grande nova chance da Mercedes se recuperar na prova. Ledo engano de quem achou que conseguiriam. Vettel se manteve seguro em primeiro lugar, apenas Kimi, que antes do acidente já apontava problemas em seu carro, começou a despencar até chegar aos boxes e o carro morrer, fim de papo para o Finlandês.

Definitivamente não era o dia do inglês. Com mais uma largada ruim, Hamilton perdeu posição numa briga emocionante com Ricciardo, os dois se bicaram até Bottas chegar junto e ser atrapalhado por Kvyat. O resultado dessa tumultuada disputa foi um toque de leve de Kvyat, o suficiente pra furar o pneu de Bottas e num choque entre Lewis e Ricciardo, o piloto da RBR levou a melhor e conquistou o terceiro lugar. Hamilton caiu para a 12ª posição além de tomar uma punição e sair da zona de pontuação, figurando no 14º lugar. À essa altura, Rosberg passava a figurar à frente de Hamilton na classificação por pontos no campeonato. 

Quem vinha no retrovisor em franca ascensão, curiosamente, era o espanhol Fernando Alonso, colocando sua McLaren na 5ª colocação. A partir da 61ª volta começa uma nova opugnação do inglês Hamilton - incrível sua garra para reverter seu dia tão azarado - com velocidade e imposição, voando baixo em sua Mercedes, Lewis começa seus vácuos em busca da zona de pontuação. Enquanto isso, lá na frente, Ricciardo tenta uma ultrapassagem ousada para cima do alemão Rosberg, que devolve com um "X" e acaba sendo tocado. Para a infelicidade do alemão seu pneu fura e ele perde posições, afastando-se ainda mais de Hamilton no campeonato. Os dois seguem para os boxes para reparar os danos deste contato e, com isso, Kvyat assume a segunda colocação. Vettel vai apenas passeando com sua vitória praticamente assegurada. 

Após todos esses incidentes, Hamilton teve que se recuperar duas vezes na corrida e, incrivelmente, se firmou na 7ª posição, já Nico Rosberg não teve tanta sorte, ao contrário, perdeu a chance de encostar no inglês e caiu para o 10º lugar. 

BANDEIRADA

Sem muita preocupação, o alemão Sebastian Vettel confirmou sua segunda vitória na temporada. Comemorou muito, antes mesmo da bandeirada consolidando sua vitória. Em seguida, o pódio foi completo pela dobradinha da RBR, com Kvyat em segundo e Ricciardo em terceiro. O jovem Verstappen fechou na quarta colocação e, já citado acima, veio Fernando Alonso da McLaren. 


CURIOSIDADES

O dia marcado pela saudade e com um nome em evidência do começo ao fim da corrida: Ayrton Senna. Desde as homenagens póstumas prestadas ao piloto Jules Bianchi, nas quais foi lembrada também por muitos a partida do brasileiro tricampeão mundial. E, ao final da prova, o recorde de Sebastian, se igualando a Senna, o ídolo de muitas gerações, sua 41ª vitória na Fórmula 1, entrando pra história como o 3º piloto a ter o maior número de vitórias na carreira, ficando atrás de nada mais, nada menos que Michael Schumacher (91) e Alain Prost (51).


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sem dúvidas a melhor corrida do ano, muita emoção do começo ao fim com marcadas da saudade, eternas saudades.. Uma reviravolta que há muitos anos não se via nas pistas de F1. Fomos privilegiados por mais um espetáculo de alta velocidade. Fica aqui um até breve e #FlyHighJules!!

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