“ZÊÊÊÊRO fiu fiu fiu
ZÊÊÊÊRO fiu fiu fiu”...
Todo cruzeirense já se
arrepiou e já fez coro com as palavras acima, até mesmo aquele que nunca
teve oportunidade de ir ao estádio para acompanhar o time do coração. É
talvez a primeira demonstração de amor que aprendemos a fazer para o Cruzeiro. E foi entoando essa melodia em forma de mantra que a torcida cruzeirense
alterou os prognósticos para o time esse ano.
Apesar de extremamente
apaixonada, grande parte da nossa torcida sempre viu como um meio de protesto
vaiar o time nos maus momentos ou até mesmo ir em menor número ao estádio – e sempre
deu certo, visto que o Cruzeiro é gigante e um time que sempre foi vencedor.
Entretanto, esse ano a China Azul resolveu mudar o seu comportamento. Ao ver que
embora ocorressem mudanças de técnicos, contratações de “reforços” e mesmo assim
o time não rendia em campo, a torcida percebeu que apenas ela poderia tirar o
clube amado do sufoco. O Cruzeiro estava bem próximo ao Z4, as 4 últimas
posições da tabela do Campeonato Brasileiro que definem os times que serão
rebaixados e disputarão a 2ª divisão no ano seguinte (lugar no qual o Maior de
Minas nunca esteve), quando ocorreu a mudança de postura. O técnico ainda era
Vanderlei Luxemburgo, ele que não conseguia fazer o time render, não treinava
devidamente, jogou a culpa na torcida pelo mau momento vivido, dizendo que a
mesma não apoiava o clube na hora que ele mais precisava. Para demonstrar que o
problema do time não tinha nada a ver com o apoio vindo de fora, a torcida do
Cruzeiro resolveu fazer a sua parte: começou a ir em peso ao estádio e apoiar
durante os 90 minutos que o time estava em campo.
Houve mais uma mudança de
técnico, Mano Menezes veio para substituir Luxemburgo e a torcida continuou
fazendo sua parte como se fosse um décimo segundo jogador em campo. Nos jogos no
Mineirão o barulho da China Azul era simplesmente ensurdecedor, além do “ZÊRO”
entoado a todo momento, e as já tradicionais músicas que já faziam parte do
repertório, uma música em especial começou a fazer parte do coro celeste: Um
Gigante Incontestado. A música que foi uma adaptação de uma da torcida do Raja
Casablanca consegue demonstrar bem o que é o Cruzeiro na história do futebol,
UM GIGANTE, além de dar uma provocada no rival. Com apenas a garganta como arma, a torcida foi para a batalha em todos os jogos da Raposa e saiu vitoriosa
conquistando o principal objetivo de 2015: manter o Cruzeiro na elite do
futebol brasileiro. Os 45 pontos chegaram e você fez parte dessa conquista! De candidato a rebaixado a candidato para disputar a Libertadores, nada disso seria possível sem o comprometimento total e absoluto do torcedor com o Time do Povo.
Com a melhor média de público do ano até agora entre os times mineiros (mesmo com o rival tendo disputado o título brasileiro), a torcida do Cruzeiro demonstrou mais uma vez que é a maior, mais presente e a que mais apoia seu time em Minas Gerais. Somos o 4º time que mais levou torcedores ao estádio no Brasil, mesmo fazendo uma temporada bem abaixo das expectativas. Isso é amor pintado em azul e branco.
Fico agora imaginando o que poderia ter ocorrido nesta temporada se o torcedor tivesse agido da mesma maneira desde o início, por exemplo no jogo contra o River Plate. Talvez teríamos conseguido a vaga no Mineirão lotado se tivéssemos essa postura, é impossível saber, mas sei que dentro de cada cruzeirense a mudança de mentalidade ocorreu e que nunca irá faltar o apoio ao time dentro do estádio. Mais do que nunca pudemos perceber a diferença que fazemos ao apoiar incessantemente o Cruzeiro e que se o clube é gigante, podem colocar muito disso na conta de cada cruzeirense apaixonado espalhado pelo mundo.
No lugar do coração possuímos 5 estrelas, nosso sangue é azul, nossa alma é celeste! Sou um multicampeão, sou Cruzeiro, TRADIÇÃO! Ah, ser Cruzeiro é bom demais!!!
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