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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Entrevista com o jornalista e ilustre Palestrino, Mauro Betting - Parte 2

Bom meus queridos e minhas queridas, vamos para a segunda parte da entrevista com este Grande ser humano, Palmeirense fanático, e competentíssimo jornalista: Mauro Beting. Caso queiram rever a primeira parte, ou verem com calma este primeiro trecho, podem acessar: Entrevista com o ilustre Palmeirense Mauro Beting, dos canais Fox Sports e da Rádio Jovem Pan!

(Foto: atribuna.com.br)

Dando continuidade, Mauro, na parte anterior da entrevista, você dizia que gosta muito de escrever, e gosta tanto quanto seus pais e avô materno adoravam escrever. 

Baseado nisso, poderia nos dizer onde costuma a escrever? Ou não há necessariamente um local específico?

MB: Gosto muito de escrever, não significa que eu escreva bem, mas escrevo muito. E considero ter uma vantagem, escrevo sempre rápido, a idéia surge e eu já a desenvolvo rapidamente. E hoje com a modernidade que há, com tablets e smartphones, costumo escrever no trânsito, nos programas da Jovem Pan, no Durante o Central Fox, enfim, não há local determinado. E quando escrevo, os textos se desenvolvem bem pois eu deixo o coração aberto. Acho muito mais importante você se abrir emocionalmente, ainda mais num mundo com falta de sinceridade, muita falsidade, alta prepotência, e eu acho bom sempre externar a paixão diante da produção dos textos. E por externar essa paixão, sou muito mais cobrado por torcedores Palmeirenses, em especial pela TIP= Torcida Insuportável do Palmeiras, que é a minha mãe, a Dona Lucila, do que torcedores dos outros clubes. Embora tenha escrito livros de outros clubes, como Flamengo, Atlético Mineiro,  citações da Gaviões da Fiel, etc. Mas eu sou muito cobrado pelos Palestrinos, pois eles querem que eu seja um torcedor 'porta aberta de arquibancada', coisa que não sou. Eu não sou pago para ser Palmeirense, mas por direito que tenho como ser humano, de ser Palmeirense. Mas como jornalista, tenho o direito de exercer meu papel, sem distorcer conteúdo devido a minha paixão. O que não é difícil. Árbitro de futebol tem o seu time de coração, mas sempre achamos que ele torce para outro, treinadores tem seus times de coração, e que por muitas vezes passaram pelo Palmeiras, achando que não gostavam do clube, assim como presidentes que estiveram no comando do Palmeiras, e pensávamos que eles não gostavam do clube, ou de futebol, devido a gestões que nós torcedores discordávamos. Então essa desconfiança é natural. De tanto tentar ser imparcial, isento, franco com a situação, acabo ficando contra o Palmeiras. E por isso acabo muitas vezes pela emoção e sem razão, sendo detonado pela torcida Palestrina. Muitos falam que utilizo o Palmeiras para arrecadar dinheiro e aparecer em cima do clube, mas sempre afirmo que jamais posso cobrar do clube que torço, e seja lá qual clube for. Ainda mais que sou pago para ser jornalista, e não para ser Palmeirense. E além de fazer tudo de graça pelo Palmeiras , eu ainda dou dinheiro para o clube. Embora em parcerias eu faça descontos, em todos os meus filmes e livros feitos para a SEP, eu doei royalties para o clube. Livro sobre São Marcos foi durante duas semanas o livro mais vendido do país por exemplo, e não fiquei pensando na renda dele para bem próprio, ao contrário, pensava nele em prol do Palmeiras. Mas vai ter pessoas que acham que ganho dinheiro, coisa que não é. Faz parte do ofício, mas evidentemente tenho mais prazer neste ofício por ser Palmeirense. E isso tudo é recompensado por torcedores de outros clubes, quando acompanham meus textos, falam que gostaria que eu fosse torcedor do clube x ou y, e isso é uma grande satisfação. Acima de qualquer valor financeiro, pois mostra que o trabalho é bem feito. E sempre que transcrevo meus textos, exponho aquilo me imaginando torcedor de determinado clube. 

Uma curiosidade que muito Palestrino tem: Qual foi o jogo que mais lhe marcou?

MB: Jogo? É o dia 12 de junho de 1993, data da 'Dia da Paixão Palmeirense'. Eu já era jornalista, comentarista da Rádio Gazeta. E foi uma emoção muito grande soltar o grito de "É CAMPEÃO", muito embora eu havia demorado 3 horas após o final do Apito do José Aparcido, às 18:31 horas daquele sábado frio e chuvoso. Foi uma emoção inesquecível. Assim como 13 de outubro de 1977 é para o Corinthiano com o gol do Basílio, 12 de junho para nós Palmeirenses é especial. Até porque foi um título diante deles (Corinthians), e com 4 gols. Não sei qual deles emociona mais. Se foi o primeiro, o gol do título do Zinho, o gol que sacramentou a vitória do Evair, o segundo, o terceiro gol do Edilson, ou do Evair fechando a goleada com o José Silvério soltando a voz?! Enfim, todos são maravilhosos, assim como 12 de junho é para nós Palmeirenses.

Mauro, foi citado a pouco, o nome do seu primeiro documentário. Há alguma produção nova a caminho?

MB: Sim! No começo do ano que vem sairá o segundo Documentário, o ' Palmeiras Campeão Do Século', oriundo da mesma produtora do meu primeiro documentário, a Canal Azul. Roteiro feito por mim pelo Fernando Techainer, e pelo Kim Teixeira. Com direção minha e do Kim Teixeira. E eu gostaria de encerrar esta entrevista, sem deixar de falar em um dos maiores Palmeirenses deste universo, Joemir Beting. 

Mas queria saber de você, quem foi Joelmir Beting?

MB: Joelmir Beting foi o melhor pai que um filho pode ser, e o melhor jornalista que um filho pode ter como pai. Um cara super simples, de origem humilde, com capacidade de síntese fantástica. Dava palestra de 3 horas , assim como poderia falar de qualquer tema com ênfase ou metáfora em 17 segundos. Por isso era um grande Palestrino e Palestrante. Era um sujeira sensacional, não era muito de falar, era apaixonado pela sua família e sua esposa, e filhos. Com seu jeitão de ser, meio alemão, meio italiano, era um cara sensacional. Um cara bacana que é até hoje, que nos inspira sempre, e que teve um carinho retribuído e reconhecido, tanto que há três anos atrás quando faleceu, teve o carinho do Brasil, carinho este que nos tocou muito e nos toca até hoje. Mas independente do jornalista que foi, ele foi uma grande pessoa. Seja como pai, amigo, etc...Isso é o que vale no ser humano. E isso fica de grande valia para todos. 

Agradecemos pela entrevista, e até uma próxima.
MB: Eu que agradeço, foi um prazer!

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