O que vemos nas redes sociais ou ao cumprimentar um irmão celeste é que grande parte da torcida está insatisfeita e inconformada com o que vem sendo apresentado a nós torcedores neste início de 2016.
Grande parcela e maioria da torcida já está convencida que Deivid não é o comandante para o momento em que precisamos neste atual Cruzeiro. Apesar dos resultados estarem sendo positivos, a ponto de deixar o time na liderança do campeonato estadual, a forma em que se prostram em campo não é nada convincente ou segura de que este time irá brigar por coisas grandes neste ano. E o fator chave: despreparo técnico.
Alguns chegam a se manifestar de forma negativa na torcida para que o Cruzeiro tenha resultados desfavoráveis, pois somente assim a diretoria enxergaria o que se recusam a ver neste início de ano. Enquanto por outro lado a grande maioria caem em cima destes que se manifestam em contrariedade ao time. Em meio a tudo isso, muitos esquecem que os sentimentos negativos causados pela frustração excedem qualquer entendimento além de que há a livre expressão e manifestação do modo de conduta de cada um.
O que de fato caracteriza o que vem acontecendo em meio à torcida do Cruzeiro é um sentimento que me permiti em caracterizar como 'anticruzeiristitucionalismo', em comparação ao 'anticonstitucionalismo' do ramo do Direito brasileiro.
Para sanar estes problemas iminentes sugiro à torcida 'comum' que não dependam de organizadas para fazer protestos, mas que, como maioria, represente a voz do povo e possa expressar todos os sentimentos enclausurados, usando sua força para exigir da diretoria uma postura em relação ao futuro que esperamos deste time. Ou vamos deixar 2015 se repetir em nossas vidas, onde o apoio incondicional está sempre sendo testado para render lucro de bilheterias para não deixar o time cair para a divisão de acesso? E todo o investimento feito, será novamente jogado ao lixo como se não custasse nada dos nossos bolsos?
Vitor de Araújo traz uma crônica com seu posicionamento a respeito do assunto abordado neste artigo:
O ser humano é egocêntrico por natureza. Boa ou ruim, a afirmação é verídica e desde os tempos mais primórdios cada indivíduo quer sempre estar por cima em quaisquer que sejam as situações, porém, é óbvio que não há a possibilidade de todos estarem certos em todos os momentos e para que as relações se mantenham em um nível saudável, precisa-se que cada um controle o Narciso que há em todos nós.
Infelizmente, na geração em que vivemos este problema parece ter sido agravado. Admitir um erro tornou-se crime e os conflitos motivados pelas mais irrisórias situações são constantes. E assim minam-se amizades, casamentos e todo tipo de relação imaginável, pelo simples fato de todos nós termos a necessidade incontrolável de sermos donos da verdade.
Tenhamos como exemplo a situação atual da política brasileira, formam-se opiniões imutáveis, os debates viram quase que discussões futebolísticas e, como resultado desta balbúrdia intelectual, o foco principal é distorcido e o futuro do país vira coadjuvante perante à necessidade de mostrar para o “adversário” que a minha forma de pensar é a melhor.
Discussões futebolísticas? Soa um tanto quanto familiar, não? Pois bem, como já bem diz o jargão, o futebol reflete a vida, e nele essa briga de egos se infla, tornando- se algo insuportável.
Se tratando de Cruzeiro, amigos, a coisa piora. E é aí que perde-se o fio da meada e a coisa deixa de fazer sentido. O torcedor, obviamente torce por seu clube. Ponto. Fim. O princípio básico é torcer pela agremiação que mexe seus sentimentos mais primitivos.
Entretanto, há aqueles que na busca incessante por aquela razão vazia, se esquecem do clube e buscam o massageio de seus egos proferindo suas verdades absolutas e defendendo-as ferrenhamente. Chega a ser constrangedor, um torcedor torcer contra seu time do coração por não se satisfazer com a figura que o representa dentro do clube apenas para no fim das contas poder sorri de canto de boca e dizer com orgulho que tinha razão.
E é o que tem havido com o técnico Deivid. Longe de ser unanimidade, vai seguindo no cargo aos trancos e barrancos, e quando parece ter encontrado uma luz no fim do túnel para seu trabalho, seus críticos insistem em focar as energias na campanha contra o treinador ao invés de focarem nas possíveis conquistas futuras.
Mudar de opinião não é vergonha, demérito ou coisa assim. É na verdade sinal de hombridade, análise e pensamento frequente. Não morram abraçados com suas verdades, sejam maleáveis, é melhor e contribui para a evolução em todos os aspectos.
Você não é obrigado a gostar do Deivid, mas durante os 90 minutos que ele exercer a função significativa que lhe é designada, faça uma força e incentive-o, pelo Cruzeiro e por seu estado de nervos.
Chega a ser surreal a ideia de torcer contra. É inconcebível. Se é-se torcedor, irá torcer por sua equipe, seja lá quem esteja trajando as cores do escrete. Se não te agrada, torça para que seu alvo evolua e te dê alegrias, não que naufrague junto àquele que te dá e deu tantas alegrias, o Cruzeiro Esporte Clube.
Equipe @Cruzeiro_VQTTV
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