Ontem à tarde o Inter fez sua estreia na temporada, o empate em 1 a 1 diante do
Veranópolis no estádio Antônio David Farina, evidenciaram um Inter com pouquíssimo
poder de fogo dos seus atacantes, assim como foi durante o ano passado. Eu
sempre defendo em debates sobre os motivos que causaram a queda do Inter
em 2016, a falta de efetividade dos homens de frente como sendo o principal, o Inter teve o terceiro
pior ataque do Brasileirão, enquanto a defesa foi a sétima melhor da
competição. O poder criativo e de finalização era baixíssimo, em inúmeras partidas
o inter venceu por 1 a 0, ou seja; o ataque marcava apenas um gol, enquanto a
defesa garantia lá atrás, porém se o ataque não marca, uma hora a defesa vaza.
E quando falo em poder ofensivo, incluam o setor de armação que pouco criava
situações de gols.
O Jogo:
O técnico Antônio Carlos Zago fazia sua estreia em partidas oficiais a frente do Inter, e mandou a campo um
inter formatado no 4222 com variação pro 451, composto por Danilo Fernandes, Ceára,
Ernando, Eduardo, Uendel, Fernando Bob, Dourado, D’alessandro, Diego, Roberson
e Aylon. No primeiro tempo o Inter correu perigo em algumas ocasiões de contra
ataque do VEC, mas Danilo estava lá demonstrando a mesma forma do ano passado. D'alessandro distribuía bem o jogo, demonstrando a mesma técnica que lhe é peculiar, embora não
conseguisse encaixar um passe final que proporcionasse um lance de gol com bola
rolando, com ela parada cobrou uma
falta na cabeça do jovem Diego, que parou na trave, posso citar mais um lance
do jovem Diego que cortou o defensor e bateu fraco para a defesa do goleiro,
como sendo as duas melhores chances coloradas do primeiro tempo. Mas uma entrada criminosa do goleiro Reynaldo, impediu que o jogador continuasse a mostrar suas virtudes, em um lance que já havia sido assinalado impedimento, o goleiro entrou por cima, por sorte a perna do jogador não ficou presa ao gramado, pois teria fraturado sem sombra de dúvidas, em seu lugar entrou o sempre apático Andrigo.
A transição entre meio campo e ataque era lenta, as melhores escapadas do inter aconteciam no lado esquerdo com Uendel e Diego, porém sem grande efetividade, no setor defensivo Ernando simplificava todas as jogadas como é de costume, por sua vez Eduardo mostrava insegurança em lances fáceis. Na frente Roberson tentava se movimentar bastante alternando entre os lados, enquanto Aylon servia de referência, mas era facilmente anulado pela marcação adversária.
No segundo tempo o Inter voltou a campo com outra postura, valorizando bastante o toque de bola, chegando ao gol logo aos 3 minutos, em boa trama do ataque, Roberson cruzou para Rodrigo Dourado mergulhar de cabeça e abrir o marcador, mostrando que tem qualidade para chegar a frente como homem surpresa, diferente do que muitos dizem. As ações da partida continuavam a ser tomadas pelo hexa Campeão Gaúcho, mas em um contra ataque da equipe da casa, o zagueiro Eduardo recebeu nas costas, perdeu na velocidade para o atacante do VEC e não interceptou a tempo da finalização do atacante Keké, que passou por baixo de Danilo, era a vantagem do Inter que durou 2 minutos sendo destruída.
Foto/divulgação: Uol esporte
A partir do empate cedido, o Inter adiantou suas linhas e empurrou os mandantes para seu campo de defesa, trocava passes com qualidade, as melhores jogadas passavam pelo lado direito em combinações envolvendo Ceará e D'Alessandro, mas chances de gols claras não aconteciam, Nico López entrou no lugar de Aylon, e deu mais mobilidade para o ataque, o Uruguaio buscava triangulações pelo lado direito e esquerdo, em duas oportunidades tentou encobrir o goleiro, não obtendo sucesso, aos 45 do segundo tempo ele recebeu no lado direito da área e mandou uma bomba, mas o goleiro fez uma grande defesa impedindo a vitória colorada. O próximo jogo do Inter será nessa quarta feira, diante do Brasil de Pelotas, no estádio Beira Rio, em jogo válido pela 1º Rodada da Primeira Liga.
Cenas lamentáveis:
Aos 18 minutos do primeiro tempo um fato deplorável interrompeu a partida, duas torcidas organizadas do Inter protagonizaram uma confusão nas arquibancadas, fazendo com que o jogo ficasse parado por 17 minutos. Eu sou a favor da torcida "organizada", aquela que é responsável pelos cânticos que empurram a equipe durante os 90 minutos, como acontece em maior proporção na Guarda Popular, ela quem dita o ritmo no estádio e faz com que os de mais torcedores cantem juntos. Porém todas as organizadas precisam se conscientizar que o objetivo é um só: Incentivar o Internacional! É inadmissível e sem sentido algum, que duas torcidas organizadas que possuem a mesma finalidade possam entrar em confronto, colocando em risco quem está ali única e exclusivamente para assistirem o seu time do coração jogar. A tendência é que o Inter perca o mando de campo, por um ato ridículo que só prejudica o clube. Que os responsáveis sejam identificados e punidos severamente.
Foto/divulgação: Globoesporte.com
FICHA TÉCNICA
Local: Antônio David Farina, Veranópolis (RS)
Público e renda: Não divulgado
Data/Hora: 29 de janeiro de 2017, às 17h
Árbitro: Daniel Soder (RS)
Assistentes: José Eduardo Calza (RS) e André da Silva Bitencourt (RS)
Cartões amarelos: Reinaldo (VEC) e Kayron (VEC); Ceará (INT)
GOLS: Rodrigo Dourado (3'2ºT – 0 x 1) e Keké (5'2ºT – 1 x 1)
VERANÓPOLIS: Reynaldo; Vinicius Bovi, Zé Roberto, Jadson e Murilo; Jonatas Lima, Mateus Santana, Athos (Favoni - 32'2ºT), Eduardinho e Jean Carlos (Kayron - 8'2ºT); Keké (Rafael Mineir0 - 29'2ºT). Técnico: Tiago Nunes
INTERNACIONAL: Danilo Fernandes; Ceará, Eduardo, Ernando e Uendel; Rodrigo Dourado, Fernando Bob, D’Alessandro e Diego (Andrigo - 60'1ºT); Aylon (Nico López - 13'2ºT) e Roberson. Técnico: Antônio Carlos Zago
Vinícius Silveira
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