O ano era de 2015 - mais precisamente, 16 de junho. Estava rolando a Copa América no Chile. Lucas Barrios estava concentrado na cidade de Serena para o confronto contra a Argentina na Semifinal do campeonato sul-americano, quando o diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, se encontrou com o jogador da seleção paraguaia para fechar o acordo que prometia ser de glórias.
Demorou quase 1 mês para a principal contratação do ano fosse apresentada na academia de futebol. No dia 16 de Julho, o argentino - naturalizado paraguaio - vestiu pela primeira vez a camisa do Palmeiras. E não era qualquer uma, era a de número 10. Número de tantos ídolos, como Ademir da Guia, Alex, Djalminha, Zinho, Jorge Mendonça e Valdívia. Só por esse motivo, já dava pra notar que Lucas estava sendo tratado como o novo ídolo, sem mesmo entrar em campo.
Qual seria o motivo de tanta confiança, já que não se dá a camisa 10 do Palmeiras para qualquer jogador? Simples, Barrios era um jogador muito experiente, que havia jogado em times considerados os principais do mundo, como Spartak Moscow, Montpellier e Borussia Dortmund. Sendo no time alemão onde melhor atuou em toda a sua carreira. Só isso já fez Alexandre Mattos e Leila Pereira apostarem na contratção do jogador, já que não é qualquer um que é bi-campeão alemão, marca 26 gols em 39 jogos, é artilheiro na Copa da Alemanha e coloca Lewandowisk no banco. (E, sim, a polêmica Leila estava envolvida na negociação, já que é a Crefisa que paga o salário milionário do paraguaio até hoje).
E muitos torcedores apressados, carentes de ídolos - assim como eu -, acreditaram na possibilidade do experiente jogador se tornar o ídolo do Verdão. Principalmente, depois dele dizer na coletiva que havia recusado propostas da Europa para fechar com o Palestra.
Foto: Agência Estado |
Naquele ano, 2015, até que ele não atuou tão mal, fez os seus golzinhos. Mas, não sei se por conta da alta responsabilidade ou pela falta de habilidade, a camisa 10 não caiu muito bem nele. Então, resolveram entregar a ele a camisa de número 8. Não sei quem teve essa ideia, mas até que deu sorte, principalmente no jogo contra o Fluminense, no Brasileirão de 2015, no Maracanã. O atacante marcou três gols - isso mesmo, um hattrick.
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Aí veio a Copa do Brasil daquele ano, e - claro - não tem como se esquecer daqueles gols contra o Fluminense na semifinal, no Allianz Parque lotado, e da bela atuação contra o Santos na finalíssima. Isso mostrou que Barrios não pipocava em jogos decisivos.
Aí veio 2016, ano de glória para o Verdão, mas que não começou muito bem para o time alviverde. Acho que esse foi o principal motivo que fez Lucas Barrios perder espaço no time, já que a equipe não atuava bem quando Jesus não estava no time. Ou seja, entrava Jesus, que já estava mostrando um futebol digno de Europa, ou Barrios, que deixava o time mais lento. Não foi difícil para Cuca decidir.
Mas com a saída da jóia palmeirense para o futebol inglês e os altos preços dos principais centroavantes do futebol sul-americano, Barrios, para mim, tem a chance de se tornar - finalmente - o jogador que todos achavam que ele seria quando chegou. Até porque, hoje o Palmeiras tem jogadores que podem levar a bola até o atacante matador - da época de Borussia - estufar as redes adverdárias.
Por: Paulo Junior.
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