Colorados e Coloradas de todas as querências. Ontem, depois de muito tempo, me fiz presente no Beira-Rio. Pude acompanhar de perto o primeiro embate de 90 minutos diante do Corinthians. Fui gratamente surpreendido. Jogamos um futebol de primeira. Se o futebol fosse de exatas e tivesse justiça, certamente teríamos vencidos.
Nos primeiros 45 minutos, fizemos aquilo que chamamos de blitz. Com organização, troca de passes, velocidades, e conclusões, poderíamos perfeitamente ter terminado a etapa inicial com uma goleada a nosso favor. Aquele cruzamento do Edenílson que quase entrou direto, merecia ter entrado. O cara é um baita volante. Corre o tempo todo, dá movimentação ao meio e deixa Dourado fazer o que sabe. Só se preocupar com a defesa e fazer bons desarmes.
Na segunda etapa, o adversário achou um gol. Guilherme Arana, bom lateral esquerdo do adversário, cruzou rasteiro e Romero, tocou pro gol. Porém, entretanto, e todavia, do outro lado estava um Inter que não desistia nunca. Além do bom futebol, dos 67% de posse de bola e dos centenas de passes certos trocados, também foi demonstrada uma garra estratosférica. Enfim, este Inter, chegou ao empate. D'Ale cobrou o escanteio curto para o Nico, que cruzou na medida, pra Dourado, durante o jogo defendeu, desarmou, e que neste momento cabeceou no contrapé de Cássio para empatar.
No decorrer do jogo, o Corinthians resolveu propor o jogo também, ai ficou lá e cá. Ataque, contra-ataque e Lomba, sim, você não leu errado. Lomba mostrou que pode substituir Danilo Fernandes a altura e fez umas quatros daquilo que chamamos de defesas difíceis ou milagres. Sinceramente, gostei do time como um todo. A única coisa que não achei legal foi ter tirado o Nico que estava infernizando a defesa adversária, e do senhor árbitro não punir o goleiro Cássio com um cartão amarelo por toda aquela cera que o arqueiro praticava.
Foto: Ricardo Duarte/ Site do Internacional |
Pra finalizar, tenho como obrigação de lamentar aqui dois episódios ocorridos ontem. O primeiro deles protagonizado pela Brigada Militar, que agiu com truculência atacando nossa torcida com bombas de efeito moral e tiro de bala de borracha. Prejudicou muitas mulheres, crianças e idosos, que chegaram a passar muito mal. Faço couro a entrevista do dirigente de relação social, Noberto Guimarães, que representando o Inter, ficou ao lado do torcedor. Esperamos atitudes para que não ocorra mais ações como essas que possam estragar a tradicional festa para recepcionar nossos atletas.
Outro episódio lamentável foi do narrador Gustavo Villani da Fox Sports, que ao narrar o gol corinthiano gritou um "Põe no DVD". Atitude lastimável de um canal de tv que permite que um narrador que está transmitindo um jogo para todo o Brasil haja dessa maneira. O mínimo que se espera é um pedido de desculpas do profissional e também que tão cedo, ele não narre jogos do Inter, especialmente no Beira-Rio.
No mais, era isso. Para o próximo jogo, teremos que vencer ou empatar a partir de 2 a 2. E sábado, às 19h, novamente no Beira-Rio, enfrentaremos o Caxias, pela semifinal do Gaúcho. Avante, Inter!
Walter de Souza
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