Scott Dixon se defendeu bem e manteve a liderança na largada.Will Power e Tony Kanaan escalavam o grupo, e eram deataques iniciais da corrida. O australiano foi de nono para segundo, enquanto TK foi de sétimo para quarto.
Já Fernando Alonso, largou muito mal. Fato normal para quem jamais havia largado em linha de três. O espanhol despencou de quinto para a nono, demorando um pouco para entrar no ritmo dos que estavam a sua frente.
Power não conseguia repetir o rendimento da primeira volta - devido a desgaste excessivo de seus pneus trazeiros-, e começava a perder posições. Já com Kanaan, acontecia exatamente o contrário. O brazuca tinha o melhor desempenho na pista, e no oitavo giro da carrera, tomou a liderança de seu companheiro Dixon.
No pelotão conhecido como fundão do pagode, o destaque era James Davison. Com o carro que deveria ser do francês Sébastien Bourdais (Não competiu pois sofreu um forte acidente), o australiano provava o potencial da Dale Coyne e já saltava de último para o 25º.
Assim como foi durante todo o mês, Alonso rapidamente se adaptou, e começou o seu show na Brickyard. Com bom ritmo de corrida, o espanhol foi recuperando território, passando Marco Andretti na volta 21 e acompanhava muito próximo, o rítimo de Ed Carpenter e JR Hildebrand.
A primeira rodada de pit stops veio, e quem se deu melhor foi Ed Carpenter. O piloto da casa (mora em Indianápolis) tomou a primeira posição, com Rossi e Alonso vinham logo depois, com Kanaan, Sato e Hildebrand fechando o top-6. Por outro lado, Juan Pablo Montoya e Jay Howard, tentando arriscar na estratégia de combustível, chegavam se arrastando nos boxes.
No início da volta 37, Alonso pressionou o então líder e companheiro Alex Rossi, e assumiu para o primeiro lugar, Mostrando que o carro de Alonso e seus colegas de Andretti Autorsport, era muito bom.
Na volta 53, um acidente altamente tenso, paralisou a corrida. O retardatário Jay Howard foi parar no muro, após ceder passagem a Ryan Hunter Reay, e voltou torto para a pista, com Dixon acertando em cheio o #77 e decolando. O neozelandês foi contra o muro interno, e após girar no ar e ficar de cabeça para baix, bateu seguidas vezes contra o muro e alambrado da pista. O mais surreal fora, que Dixon saiu do carro de Howard. Ambos passam bem, e prontamente foram liberados pelo centro médico do Indianápolis Motor Speedway.
"Estou bem, apenas chateado pela equipe. Definitivamente, foi um acidente grave. Nós temos de agradecer aos fiscais e aos padrões de segurança que temos agora", disse Dixon, ainda com cara de quem não tinha visto o replay de seu próprio acidente.
A ação recomeçou com 60 voltas completadas. Rossi não demorou para ultrapassar Alonso, com Ryan Hunter-Reay crescendo mais. Enquanto isso, Ed Jones, que fazia boa prova pela modesta Dale Coyne, era obrigado a sair do fim do pelotão por ter seu carro mexido pela equipe em bandeira vermelha.
Cinco voltas após, o segundo incidente da corrida. Em uma linha de cinco carros, sem o menor sentido para um início de corrida, Conor Daly perdeu o controle e foi para o muro. Não bastasse isso, um pedaço de seu bólido pegou Jack Harvey, que perdeu o controle e também bateu.
Durante a pausa na corrida, a Helio Castroneves receberia ordem para cumprir um drive-through, ao ultrapssar Conor Daly quando a bandeira amarela de Dixon e Howard ainda era agitada.
A corrida recomeçou, e a Andretti seguiu no comando. Ryan Hunter-Reay pulava para a ponta, com Rossi e Alonso. O intruso era Kanaan, que se colocava no quarto lugar, a frente de Takuma Sato. Dando um cenário de QUATRO ANDRETTI'S e UMA Ganassi. A bandeira verde durou pouco tempo. A terceira amarela aparecia por detritos, na verdade uma aleta de Marco Andretti se soltou e ficou bem no meio da pista. A equipe teve trabalho para não deixar Marco tomar volta, enquanto ajeitava a traseira. Max Chilton, Power e Helio viravam os líderes, em estratégias diferentes dos demais.
A relargada aconteceu na volta 84 e a Andretti retomou a normalidade da corrida, com Hunter-Reay e Rossi pulando na frente. Power era terceiro e Alonso quarto. Castroneves vinha em quinto e Kanaan era sétimo.
O ritmo de Castroneves, que andava sem um pedaço da asa, foi crescendo assustadoramente,e assim o brasileiro foi ultrapassando todo mundo, até assumir a primeira posição. A prova chegou na metade com Helinho na P1, segurando a tropa da Andretti, que vinha com Hunter-Reay, Rossi e Alonso. Kanaan já era quinto, Graham Rahal fechava o top-6.
Power, Chilton e Castroneves iam para os boxes, algumas voltas antes dos demais líderes. Numa estratégia que era diferente, e bem arriscada. Os três, precisavam lutar para não virarem retardatários.
Os líderes pararam nos boxes a partir da volta 113. E com um pelotão ficando cada vez mais embolado. A Andretti tinha um trio comandando a corrida com Hunter-Reay, Rossi e Alonso, enquanto a Penske vinha atrás também de trio. Já que estavam com Castroneves, Power e Josef Newgarden oa representando.
A quarta bandeira amarela surgiu na volta 121. O sonho de Buddy Lazier rodou e bateu forte na curva 2, deixando a pista cheia de detritos. Isso fez com qie a corrida entrasse em um momento crítico. Com toques entre Davison e Oriol Servià e Power e Kanaan. Depois, durante a amarela de Lazier, Sage Karam apareceu parado com o seu #24 na pista com problemas mecânicos, e era mais um que deixava a disputa.
A relargada aconteceu no 130º giro, mas a bandeira verde só durou duas passagens, poia novos detritos apareceram na pista. Rahal, Pagenaud e Sebatián Saavedra foram aos boxes para nova parada.
Aí veio mais uma bandeira verde, mas que perdurou pouco tempo. Confirmando uma preocupação dos treinos, o motor Honda abriu bico e deixou Hunter-Reay na mão. O #28 viu sua unidade de potência estourar e, viu acabarem suas chances de vitória. Estouro que foi providencial para Castroneves, que entrava na estratégia de paradas dos rivais. Todos os ponteiros foram para os boxes, com variaçôes de estratégias. A Ganassi, então, formava 1-2 inesperado, com Max Chilton e Charlie Kimball. Porém ambos tinham 16 voltas desde o último pit-stop. Entre os ponteiros com estratégia normal, Alonso era quem voltava na frente, seguido por Kanaan, Catroneves, Sato e Montoya no top-5. Rossi, por sua vez, tinha uma parada complicada porum atraso em seu reabastecimento, provocado por um erro na colocação da mangueira de combustível, e parava em 21º lugar.
A bandeira verde, outra vez surgiu rapidamente e se foi. Na volta 143, Carpenter perdia o controle e acertava Mikhail Aleshin. Acabara quebrando apenas um pedaço de sua asa e a lateral do russo da Schimidt Peterson.
A relargada na volta 146 foi bem agitadas. Alonso, por exemplo, quase que se meteu em uma six wide. Valia ficar de olho em Servià, que era sétimo, e vinha na mesma estratégia do espanhol, Castroneves, Kanaan e os demais ponteiros.
O final da corrida ia se aproximando e impressionava o quanto as Ganassi de Chilton e Kimball alongavam seus stints e, mantinham as primeiras posições. Entre eles vinha o rápido James Davison. Enquanto Castroneves era o primeiro da estratégia regular, e quarto na geral.
Na volta 167, lá estava de novo a bandeira amarela. Praticamente ao mesmo tempo, Kimball viu seu motor Honda estourar e Zach Veach ficou muito lento até parar na grama. Todo mundo foi para os boxes e isso beneficiou Chilton e Jones. Ambos tinham acabado de parar e, eram os dois primeiros colocados. Castroneves, Davison, Sato, Hildebrand, Kanaan, Servià, Alonso e Pagenaud fechavam os dez primeiros.
Os pilotos voltaram a acelerar na volta 170. Chilton saiu bem e tentou escapar, mas Jones e Castroneves muito velozes, acompanhavam o ritmo. Mais atrás vinha um alucinado Sato 'San', e um surpreendente Oriol Servià. Alonso aparecia atrás de seu compatriota.
Mas após uma atuação espetacular desde os treinos livres e uma corrida espetacular para um novato, Alonso viu o trauma da F1 aparecer. O motor Honda, mais uma vez em 2017, o frustrou. Sua unidade de potência estourou, no momento em que o piloto tentava superar Hildebrand, que o acabara de ultrapassar. O mesmo final para o segundo bólido da Andretti na corrida. Já que Hunter Reay abandonara pelo mesmo motivo.
Com 18 voltas restando, Chilton vinha na liderança, seguido por Sato, Castroneves, Jones, Servià, Hildebrand, Kanaan, Davison, Montoya e Hinchcliffe.
Foi aí que veio o acidente com mais emvolvidos na prova. Servià rodou Davison, que parou no muro. Assustado, Power tentou escapar do choque e acertou James Hinchcliffe. Sobrou ainda para Josef Newgarden, que tentou fugir da muvuca e tocou no muro.
A prova recomeçou com 11 voltas para o fim, e Chilton saiu muito bem. Ele segurou os ataques de Takuma Sato, logo atrás, Castroneves passava Ed Jones. Kanaan, Rossi, Hildebrand, Montoya, Muñoz e Andretti estavam no top-10.
Foi aí que Castroneves desfilou sua categoria. Com duas ótimas brigas, o brasileiro se aproximou da quarta vitória em Indy, com ultrapassagens lindas por fora em cima de Sato e Chilton, na curva 3, nas voltas 193 e 194 respectivamente. No entanto, Sato não queria deixar a vitória escapar. O japonês não perdeu tempo atrás de Chilton e, na abertura da volta 195, mergulhou e deixou Castroneves para trás, tomando a ponta.
Os giros seguintes foram de uma disputa do caralh*. Castroneves pressionou de todas as formas, mas Sato se defendeu muito bem e não deu chances para a reação do brazuca. Sato acaboi cruzando na frente e vencendo sua primeira Indy 500, aos 40 anos. Deixando Helinho em segundo, e seus 42 aninhos de MUITA categoria.
Resultados:
1- 26 Takuma Sato -- Andretti Honda 3:13:03.358 200 voltas
2 3 Helio Castroneves -- Penske Chevrolet +0.201
3- 19# Ed Jones-- Dale Coyne Honda +0.528
4- 8# Max Chilton -- Ganassi Honda +1.136
5- #10 Tony Kanaan -- Ganassi Honda +1.647
6- #22 Juan Pablo Montoya -- Penske Chevrolet +1.715
7- #98 Alexander Rossi -- Andretti Honda +2.422
8- #27 Marco Andretti -- Andretti Honda +2.541
9- #88 Gabby Chaves -- Harding Chevrolet +3.831
10- #14 Carlos Muñoz -- Foyt Chevrolet +4.531
11- #20 Ed Carpenter -- Carpenter Chevrolet +4.623
12- #15 Graham Rahal -- RLL Lanningan Honda +5.031
13- #7 Mikhail Aleshin -- Schmidt Peterson Honda +5.699
14- #1 Simon Pagenaud -- Penske Chevrolet +6.051
15- #17 Sebastián Saavedra Juncos Chevolet +12.668
16- #21 JR Hilsebrand -- Carpenter Chevrolet +33.219
17- #63 Pippa Mann -- Dale Coyne Honda +1 volta
18- #11 Spencer Pigot -- Juncos Chevolet +6 voltas
19- #2 Josef Newgarden -- Penske Chevrolet +17 voltas
20- #12 Will Power -- Penske Chevrolet +17 voltas
21- #16 Oriol Servià - RLL Lanningan Honda +17 voltas
22- #18 James Davison -- Dale Coyne Honda +17 voltas
23- #5 James Hinchcliffe -- Schmidt Peterson Honda +17 voltas
24- #29 Fernando Alonso -- McLaren/Andretti Honda +21 voltas
25- #83 Charlie Kimball -- Ganassi Honda +34 voltas
26- #40 Zach Veach -- Foyt Chevrolet +45 voltas
27- #28 Ryan Hunter-Reay -- Andretti Honda +64 voltas
28- #24 Sage Karam -- Dreyer & Reinbold Chevrolet +75 voltas
29- #44 Buddy Lazier -- Lazier Chevrolet +82 voltas
30- #50 Jack Harvey -- Andretti Honda +135 voltas
31- #4 Conor Daly -- Foyt Chevrolet +135 voltas
32- #9 Scott Dixon -- Ganassi Honda +152 voltas
33- #77 Jay Howard -- Schmidt Peterson Honda + 155 voltas
Com os resultados, Helio Castroneves se aproveitou do bom desempenho/pontuação dobrada/azar dos rivais, para assumir a liderança do campeonato. Helinho lidera com 235 pontos, seguido por Takuma Sato, Simon Pagenaud e Scott Dixon com 224 pontos.
H3lio defenderá a liderança, já no próximo final de semana, com a rodada dupla do GP de Detroit.
Foto: Reprodução
por: Leonardo Bueno
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