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domingo, 5 de novembro de 2017

Desculpe o transtorno, mas preciso falar de superação, preciso falar de Corinthians!

  Talvez você esteja intrigado com este título. 

  "Superação? O que um time líder do campeonato nacional precisou superar?"

   E eu te digo, meu amigo, muitas coisas. 

   O Corinthians entrou no jogo de hoje extremamente pressionado, vínhamos de uma queda de rendimento assustadora e uma sucessão de maus resultados. Se perdêssemos, a vantagem de 5 pontos sobre o vice-líder cairia para 3 míseros pontos faltando 6 rodadas para o fim do campeonato. Era vencer ou vencer, não tinha outra escolha, não tinha outra saída.

  "Apoio não vai faltar", era o que nós torcedores dizíamos. E não faltou. Estamos falando da Fiel torcida, meus caros. A torcida que colocou 32.000 pessoas na Arena para assistir um treino. Público superior e muito superior a diversos jogos de clubes da série A, incluindo até mesmo o famoso clássico carioca. Tudo pelo Corinthians. Tudo pra motivar. Tudo pra dizer que estamos juntos nessa. Que somos um só.

Torcida comparece em peso à último treino para o Dérbi.
   Foto: www.meutimão.com

  Carille, deixou de lado a teimosia e surpreendeu na escalação para o dérbi. Jadson que teve uma queda de rendimento assustadora, foi para o banco, e Maycon após sucessivas falhas, também. Clayson, que merecia a vaga a tempos e Camacho assumiriam a posição.

  O jogo de hoje seria uma guerra. Uma vitória em clássico é tudo que um time precisa para levantar a moral. E o Coringão precisava, ô se precisava. Ganhar do Palmeiras, arquirrival, concorrente direto ao título, em casa, era imprescindível.

  A nossa expectativa para o jogo, era a maior possível. As maiores torcidas organizadas do Corinthians (Gaviões da Fiel, Macabra, Estopim, Coringão Chopp, Camisa 12) se uniram em prol do timão. Todas em uma só voz. A Arena virou um caldeirão, um inferno para o rival. Na execução do hino nacional, um mosaico foi tomando forma na arena, e que mosaico! Se ainda era possível haver alguma falta de motivação, agora, já não era mais.

Mosaico da torcida antes do início da partida
Foto:  Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

  Começou a guerra. 90 minutos que precisavam ser jogados com a maior entrega e raça possível! Tudo ou nada. Ou colocávamos uma mão no título ou iríamos ver nosso maior rival nos alcançar. Não, isso não podia acontecer.

  O Corinthians usou e abusou das triangulações. E que saudade que eu estava de ver meu time chegar na área do adversário com jogadas bem trabalhadas. E estava dando certo. Com 15 minutos de jogo o timão já possuía 2 finalizações. Mas foi aos 27 do 1° tempo, que Arana avançou pela esquerda e tocou para Rodriguinho, que bateu cruzado. Romero, na pequena área, pelo lado direito, só teve o trabalho de bater para o gol vazio. Aí a Arena veio à loucura! E o nosso Romerito de los dibres, comemorou de uma forma um tanto quanto diferente. Uma selfie para registrar o gol no arquirrival, tá bom pra vocês? 

Selfie de Romero após 1° gol contra o Palmeiras no jogo.

  

  No minuto seguinte, após assistência de Rodriguinho, Jô, cara a cara com Prass desperdiça a chance de ampliar o marcador. Mas, aos 29, não teve jeito. Na cobrança de escanteio de Clayson , Edu Dracena rela na bola, que sobra pra Balbuena desviar para o gol. Prass não conseguiu pegar a redonda dessa vez. Dois gol em dois minutos! Se for sonho, não me acorde, por favor. 


Balbuena comemora o gol no Dérbi (Foto: Marcos Ribolli)


  Um dos pontos fracos do Corinthians nesse segundo turno são os gols que leva em jogadas pelo alto. São muitos. Erros grotescos da zaga, e que hoje, se repetiram. Mina, aos 34 minutos, cabeceou no canto esquerdo de Cássio e diminuiu o marcador. 


  E agora? o que esperar de um time que vêm de péssimos resultados? que não consegue manter um placar favorável no jogo? que possui uma enorme fragilidade em jogadas aéreas? 

  Ele, sempre ele, na hora certa. Jô avança, invade a área e é derrubado por Edu Dracena. Pênalti. E é gol. 3X1. Fim de primeiro tempo. 

  Início da segunda etapa. O Corinthians tendo o marcador a seu favor tocava a bola sem agredir o Palmeiras, o qual pouco conseguia criar.

  O Timão se acomodou e viu o rival diminuir com Moisés que bateu cruzado, no ângulo de Cássio. 3x2.

  Nós ainda tivemos boas chances de ampliar o placar. O jogo ganhou em emoção. Com 1 gol, o Palmeiras poderia empatar e complicar muito as coisas. Mas, se não for sofrido...não somos nós! Seguramos o resultado com toda raça possível. A Fiel compareceu em peso, novo recorde da Arena, 46090 torcedores presentes. 

  Até agora, superamos. Superamos um elenco desfalcado, sem peças luxuosas, superamos um treinador muito contestado, superamos uma série de resultados péssimos. Superamos. Mas ainda há muito por vir. 6 rodadas para o fim. 18 pontos em jogo. Nada está ganho. Mas está próximo, bem mais do que estava antes do dérbi.

  Estamos no caminho certo. O time demonstrou uma vontade de ganhar que a muito tempo, confesso, eu não via. 

  Agora, partiu Curitiba! Atlético-PR, estamos chegando, com mais vontade do que nunca! 

  "Eu sou Corinthians de coração, eu sou do time que vai ser o campeão, olê olê!"


Romero faz selfie com jogadores do Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)


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