O arqueiro chegou em 2019
sob desconfianças do seu futebol apresentado no México e com uma missão
extremamente difícil: substituir Rogério Ceni, algo que nem Dênis, Jean, Renan
Ribeiro e Sidão conseguiram cumprir.
São Paulo anunciou o
goleiro ex-Figueirense e Querétaro no dia 23 dezembro em 2018. Os moldes do
contrato foram adequados a 1 ano de empréstimo com opção de compra ao fim da
temporada.
O goleiro iniciou sua
trajetória pelo tricolor paulista com a fama de ser “espalhafatoso”, algo que
complicou seu início. Logo veio o jogo mais importante do ano: Talleres, todo
mundo sabe como se deu aquele vexame, porém muitos colocaram a culpa no goleiro
pelo segundo gol marcado na Argentina. Em seguida, o jogo que marcou seu início
no tricolor, em Itaquera contra o Corinthians, partida estava empata em 1 a 1, em
disputa com Love, o goleiro não foi firme no lance e tomou gol do Gustagol,
tento que marcou a desconfiança sobre a sua contratação e titularidade.
Redenção
no Allianz Parque
Semifinal do Paulista,
partida no Morumbi tinha sido um empate sem gols, outro empate levaria a
partida para os pênaltis, algo que aconteceu. Na disputa de pênaltis, surgiu a
estrela de Tiago Volpi, o paredão agarrou duas penalidades, garantindo seu
ressurgimento e a vaga na final.
Depois disso, o arqueiro
seguiu firme ao longo do ano, se tornando fundamental para a campanha no
Campeonato Brasileiro, até o momento foram 64 jogos, 52 gols tomados, 26
partidas sem sofrer gols e inúmeros milagres.
Presente
de 2020 e nova função tática
Tiago Volpi foi o
presente de Natal para a torcida do São Paulo, o clube comprou o passe do
jogador em definitivo pela bagatela de R$ 20 milhões, o grande reforço da
temporada 2020 em conjunto com o Igor Vinícius. O melhor sucessor na Era
Pós-Ceni caiu nas graças da torcida e do técnico Fernando Diniz.
Na atual temporada, o
goleiro vem mantendo a sua regularidade embaixo das traves do Morumbi, porém
agora adotou uma nova função que vai além da grande área, o camisa 1 se tornou
um líbero quando o time busca aliviar seu jogo sem utilizar os chutões tão
comum no futebol brasileiro. Tiago cresceu tecnicamente com os pés,
participando mais da partida com bons lançamentos e passes para desafogar a
equipe.
Um exemplo claro do crescimento
no seu jogo com os pés foi o lançamento primoroso para o Daniel Alves no
clássico Choque-Rei, poderia ter tido um desfecho maravilhoso, porém o camisa
10 desperdiçou a chance.
A filosofia do Diniz facilita o avanço técnico
do arqueiro, um exemplo fica pelo clássico Majestoso no último sábado (15) onde
além de importantes defesas, o jogador participou muito com os pés, em média
foram 37 toques com 80% de acerto, facilitando a dinâmica da equipe em avançar
ao campo adversário.
Apesar da desconfiança, a equipe do Diniz está crescendo taticamente e tecnicamente, porém uma coisa
é certa: É Tiago Volpi+10.
Repórter: Vinícius Mota
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