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quinta-feira, 12 de março de 2020

Cenário de paciência com o momento atual do Cruzeiro: será que esse discurso deve continuar?


O que falar do Cruzeiro de 2020 e seus resultados deprimentes e vergonhosos? Todos sabem que o time é limitadíssimo, com muitos jogadores inexperientes vindos da base e outros limitados tecnicamente que não dão conta do recado. Entretanto, atletas como Maurício, Jadsom, Thiago e Marcelo Moreno são peças que deram certo nesse time e que jogam bem. Mas o que falta que faz com que esse time tenha apenas quatro vitórias em onze jogos disputados este ano? Com certeza, a falta de jogadas bem-feitas, treinamento e esquemas táticos fazem com que a situação da equipe mineira se complique ainda mais.

Na noite dessa quarta-feira, dia 11, o Cruzeiro enfrentou, no Mineirão, o seu terceiro adversário da Copa do Brasil. Tendo recebido o CRB de Alagoas, o time se mostrou totalmente perdido na primeira etapa. Com uma escalação parecida com as das partidas anteriores, Adilson Batista não consertou os erros de sua equipe e, mais uma vez, o Cruzeiro jogou de uma forma frustrante e sem estratégias. Logo aos 16 minutos, o CRB aproveitou as constantes falhas do lado esquerdo da defesa do Cruzeiro e, em uma jogada realizada de uma forma organizada - assim como o time alagoano se portou nos primeiros minutos de jogo -, o visitante conseguiu sair na frente no placar. Léo Gamalho, de cabeça, foi o autor do gol do time alagoano. Depois disso, o CRB se fechou e esperou ver como seu adversário iria responder. E o Cruzeiro, ao invés de aproveitar a situação e se organizar para correr atrás do prejuízo, simplesmente não melhorou. Os jogadores não conseguiram articular jogadas no meio de campo, exibindo um grande nervosismo. E assim terminou o primeiro tempo. Um primeiro tempo sofrível do Cruzeiro, aparentando uma bagunça total sem treinamento e organização.

No intervalo, o técnico Adilson Batista fez duas alterações. Rafael Santos entrou no lugar de João Lucas. Sendo assim, o jovem jogador se tornou responsável pelo setor esquerdo precário do Cruzeiro, que, inclusive, foi de onde o time tomou gol. Já Éverton Felipe deu lugar para o experiente Robinho, jogador que já salvou o time em muitas situações. Com essas duas mudanças, a equipe mineira teve um bom começo de segundo tempo. Mais tranquilo e tendo Maurício pela esquerda, a equipe começou a dar mais esperanças para a torcida. Mas não durou muito. Aos 13 minutos da etapa final, a condição do time de Adilson Batista se agravou ainda mais. O CRB conseguiu achar mais um gol, novamente marcado por Léo Gamalho. Depois disso, o cenário se tornou desesperado. O que adianta ter Marcelo Moreno se movimentando bem na área se seus companheiros não fazem jogadas para que ele faça o gol? O time praticamente não finalizou com perigo contra o gol do CRB. A equipe alagoana ainda teve a chance de ampliar ainda mais o placar, mas o goleiro e ídolo Fábio salvou seu time de passar mais vergonha. E assim terminou mais um jogo deprimente em 2020. Muito próximo de ser eliminado na Copa do Brasil, o time grande mais endividado do Brasil está perto de perder a chance de ganhar 1,5 milhão de reais.

E as perguntas que não querem calar entre os torcedores é: como Adilson Batista continua comandando esse time? Como a diretoria o mantém mesmo com resultados vexatórios, com atuações pífias e desorganização total? Se continuar do jeito que está, falo tranquilamente que voltar para a elite do futebol brasileiro será quase impossível. É fácil apontar como desculpa o time jovem quando não se pensa em um esquema tático definido e prático que aproveita o que há de melhor nesse time. Não adianta nada ter peças boas como Maurício, Moreno e Thiago quando não se treina para uma melhor articulação de jogo. A forma patética como esse time joga em 2020 mostra como uma falta de um técnico apto a realizar estratégias táticas desconstrói todo um cenário que era de reconstrução e paciência. 

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro.


Por Ana Júlia Resende

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