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Olá amigos, no artigo passado apresentamos nosso projeto e lançamos a série: Por Dentro do Futebol Brasileiro. A partir de hoje, vamos ser mais específicos e detalhar a situação dos principais agentes deste esporte bretão que foi adotado, amado, cresceu se transformando em arte, pelo povo brasileiro.
E por onde começar? Pois bem, resolvemos iniciar tratando dos “nossos” dirigentes, destes senhores e de suas gerações que comandam ou comandaram confederações, federações e/ou clubes por anos e décadas a fio, se perpetuando no poder.
CONTEXTO - Existem muitas versões sobre o surgimento do futebol no mundo e a mais aceita dá conta de sua origem na Inglaterra e de um início despretensioso, como mais uma opção de lazer e não mais do que isto. Neste mesmo cenário ele foi trazido ao Brasil por Charles Willian Miler.
Anos depois, por razões culturais, visão de negócios, o futebol, começou a se organizar e a se profissionalizar na Europa e pelas mesmas razões a opção brasileira foi a de continuar no amadorismo, exportando matéria-prima para o continente europeu.
Apesar de atualmente termos um futebol “profissional” o cenário continua muito parecido com o do século passado. Jogadores saindo, para o exterior, cada vez mais novos, e agora, para piorar as coisas, ainda ganhamos a concorrência do futebol árabe e chinês.
ACERTOS - Mas nem tudo é desgraça, tivemos avanços, é verdade. A divulgação antecipada das tabelas dos campeonatos, a adoção dos pontos corridos no brasileirão, a melhoria dos estádios e a adoção dos programas de sócio-torcedor são exemplos disto. Outro fato positivo foi a criação da figura do diretor de futebol remunerado, que passou a ser o responsável pelas decisões dos departamentos de futebol dos clubes.
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ERROS - Nossos presidentes continuam sendo “amadores” no sentido mais literal da palavra. Amando estar à frente dos clubes, teoricamente sem nenhuma compensação financeira, chegando a abrir mão de negócios familiares lucrativos em nome desta paixão ou emprestando dinheiro a juros especiais para subsidiar as dívidas dos clubes. Acredite se quiser!
Amadorismo, corrupção, perpetuação no poder e gestão de clubes ou federações como se fossem reinados são sinônimos de dirigente brasileiro, mas não uma exclusividade, é só relembrar a quadrilha em que a FIFA se tornou.
Os dirigentes não entendem de futebol, do jogo. Contratam jogadores e, principalmente, técnicos sem um racional (uma das razões pelas quais os demitem tão facilmente) e não assumem seus erros. Nos grandes clubes, cedem as pressões da mídia facilmente, são “modinhas”. E agora a “modinha” são jogadores e técnicos sulamericanos.
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Não existe nenhuma preocupação com as instituições, a CBF não tem nenhum plano de negócios para o produto “futebol brasileiro”, os clubes e as federações são pouco transparentes e não tem visão estratégica para valorização de suas marcas aproveitando o potencial populacional local afastando investidores.
É POSSÍVEL MUDAR? – Sim, é possível mudar este cenário! Mudando o ambiente regulatório do esporte, adotando entre outras coisas, a remuneração com responsabilização legal e criminal de todos os dirigentes, seja de clube ou federação, o fim de benesses fiscais para os clubes e federações, divisão mais equilibrada das verbas de TV e a instituição do fair play financeiro.
Muito disto está na MP do futebol que, coincidentemente, os nossos dirigentes batalham pra derrubar. Engraçado né? Pense nisto!
Grande abraço e até a próxima!
Walace Alves
É isso ai meu amigo! Parabéns pela análise.
ResponderExcluirFora Gilvan!!! Não acabe com meu Cruzeiro!!!
ResponderExcluirTriste realidade!!! Assim como nossa politica neh!!!
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