Coração sub. masc. anat 1. órgão muscular oco dos vertebrados, na cavidade torácica, que recebe o sangue das veias e o impulsiona para dentro das artérias; é dividido em duas partes: direito ou venoso, e esquerdo ou arterial [Nos mamíferos e aves, é composto por duas aurículas e dois ventrículos; nos peixes, por uma aurícula e dois ventrículos; nos anfíbios e répteis, por duas aurículas e um ventrículo.]. [...]
Falar de coração pode soar repetitivo, e das emoções, mais ainda. Mas no atual momento, para uma classe especial de seres humanos, o coração tem sido sinônimo de amargura, dor e sofrimento. É, pelo lado figurado mesmo. Não está fácil. Ter um coração e ser vascaíno está sendo mais difícil do que se pensa. Tudo bem que é o cérebro que controla as emoções, mas historicamente, todos ligam as emoções ao coração e a razão ao cérebro, mesmo que a ciência diga o contrário. Então vamos por aí.
Já faz anos que o coração vascaíno não para de sofrer. Alguns intervalos de uma relativa paz, podemos dizer, talvez uma taça aqui, outra virada ali, mas o fato é que nenhum vascaíno consegue mais viver com o coração alegre de uns quinze anos atrás. Até os momentos de maior alegria sugeriram um leve enfarto, como a Copa do Brasil de 2011, ou a Sul-Americana e o Brasileiro [assalto] do mesmo ano. Por isso, o insensível dicionário não consegue expressar o verdadeiro significado atual do coração marcado com a cruz de malta.
Em um campeonato com alguns times prevalecendo, e times “grandes” com campanhas bem irregulares, o Vasco faz um papel vergonhoso. O time que revelou o maior camisa 11 da história, além de tantos outros atacantes decisivos, como Edmundo, Valdir, Dinamite, entre outros, tem, apenas CINCO gols. Cinco atacantes tem o mesmo número ou mais gols que o Vasco.
A defesa que teve o primeiro capitão campeão de Copa do Mundo pelo Brasil, agora só levou 19 gols, ou seja, é a pior defesa do torneio. Ou seja, ninguém no campeonato tem mais que -10 gols de saldo. Só o Vasco. Que tem menos 14.
Resumo de ópera, a fase é mais uma das piores da história. O Vasco fez um péssimo campeonato Carioca, vencendo sem tática, fora os contra ataques e lançamentos da defesa para o ataque, bolas paradas e até mesmo erros adversários. Não ganhou nenhum jogo jogando brilhantemente. Sem nenhum jogador de criação, dependeu de seus volantes para surgir algum ataque. A fase é ruim, e parece que não vai mudar.
A missão de Eurico Miranda é difícil. Ele diz que com ele o “Vasco não cai.” A não ser que ele seja um ótimo camisa 10 ou treinador mais eficiente que José Mourinho e Pep Guardiola, ele precisa ter alguma carta na manga. A torcida não acredita mais nessas promessas de coronel. Quer o lado direito no Maracanã, mas prefere vitórias.
O campeonato se aproxima do seu primeiro terço. Ainda tem muita coisa por vir. O time pode engrenar algumas vitórias e sair do atual lugar, mas parece difícil. Depois de quatro jogos, o potente Celso Roth ainda não mostrou nenhuma marca tática em seu trabalho, coisa que o time necessita urgentemente.
Após a goleada de quarta-feira, os jogadores chegaram ao aeroporto e foram recebidos por... nenhum torcedor. O coração vascaíno está tão dolorido que está difícil até xingar, agredir ou gritar contra os jogadores. Não que isso seja certo, mas que uma chacoalhada é necessária, isso é. Se não for por qualidade, que seja por amor. É isso o que mais falta nesse time. Solução. Menos discurso de “temos que trabalhar” e mais efetividade quando vale alguma coisa.
Estamos à espera de um fim de ano menos dolorido, como foi nos últimos anos. O título provavelmente não virá, mas de uma vez por todas, é preciso de um pouco mais de alívio pra esses corações. Tem uma música que diz ”Ah, coração! Se apronta pra recomeçar... ” Já está na hora.
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