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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Rojo y Blanco: Gamarra, a fortaleza paraguaia.


Carlos Gamarra é um ícone do futebol mundial. Fez história na Copa de 1998 e foi um dos zagueiros mais seguros e tecnicamente perfeitos do seu tempo. O segredo ele fazia questão de dizer: Bom posicionamento e bom desempenho físico. Essa era a receita da sua eficiência dentro das quatro linhas.

Aqui, no paralelo 30, tivemos a honra de ver o capitão da seleção paraguaia vestir a camisa número quatro do colorado. Justamente em momentos difíceis da nossa história. Quando um jogador se destaca em tempos de seca, ele merece nosso louvor. E se anos mais tarde ainda lembramos dele, é porquê realmente deixou uma história boa por onde passou. Assim foi Gamarra no Internacional. Chegou em 1995 para o campeonato brasileiro, naquele que foi mais um ano de “quase” no Beira-rio. O Inter chegou em segundo lugar no seu grupo e ficou fora da fase semifinal do Brasileirão. Mas isso não impediu que o paraguaio fosse o destaque da equipe e levasse a bola de prata de melhor zagueiro do campeonato. No ano seguinte, mais um quase da equipe colorada. O time ficou fora da zona de classificação para as quartas-de-final chegando em nono lugar tendo na ultima rodada que vencer o já rebaixado Bragantino, num dos episódios mais lamentáveis da história colorada. O Inter deu vexame, mas Gamarra novamente mostrou a superioridade técnica e a raça que o levaram para o futebol europeu no ano seguinte. Mais uma vez, foi o melhor zagueiro da competição e levou para casa a bola de prata.
(Foto: Acervo Internacional)

A promissora equipe de 1997 foi a última em que o zagueiro jogou com a camisa alvirrubra. Ao lado de André, Enciso, Fernando, Anderson, Sandoval, Fabiano e Christian, Gamarra deu esperanças ao torcedor colorado de que naquele ano poderíamos sair com o título nacional, mas antes mesmo de disputar o campeonato, o paraguaio se despediu do time, mas não sem um título para sua carreira. Se sagrou campeão Gaúcho com o Inter. No jogo do título, o gol de Fabiano em Danrlei foi ofuscado pela despedida ao craque paraguaio. Dali, seu destino foi o Benfica de Portugal. Depois fez história e conquistou títulos no Corinthians, Palmeiras, Inter de Milão e AEK Atenas. Também teve passagens pelo Flamengo, Atlético de Madrid e encerrou sua carreira no Olímpia.

Time campeão gaúcho de 1997.
(Foto: Acervo Internacional)


Mas na seleção paraguaia foi onde encontrou seus grandes dias. Ficou eternamente marcado pela copa de 1998, onde o bom time sul-americano chegou até as oitavas-de-final sendo eliminado na prorrogação pelos donos da casa, a França, que se sagrou campeã. Gamarra alcançou um feito de gênio ao ficar 724 minutos sem fazer uma única falta. Seus desarmes e botes precisos foram a marca do Paraguai na competição. O bom desempenho e técnica renderam o merecido prêmio de melhor zagueiro da Copa do Mundo de 1998. Em 2004 ainda levou os paraguaios a inédita medalha de prata olímpica nas olimpíadas de Atenas.
Gamarra na Copa do Mundo da França 1998
(Foto: Paninni)
No Inter não chegou a conquistar títulos expressivos, mas seu compromisso com a camiseta colorada somada a sua incomparável técnica conquistou o coração do torcedor/sofredor dos anos 90. Gamarra foi sinônimo de esperança em tempos de mediocridade. Foi um dos nossos maiores xerifes e um dos maiores zagueiros da história.

Números no Inter:
1995-1997
59 jogos
5 gols

1 título




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