Carlos Gamarra é um ícone do futebol
mundial. Fez história na Copa de 1998 e foi um dos zagueiros mais seguros e
tecnicamente perfeitos do seu tempo. O segredo ele fazia questão de dizer: Bom
posicionamento e bom desempenho físico. Essa era a receita da sua eficiência dentro
das quatro linhas.
Aqui, no paralelo 30, tivemos a honra
de ver o capitão da seleção paraguaia vestir a camisa número quatro do
colorado. Justamente em momentos difíceis da nossa história. Quando um jogador
se destaca em tempos de seca, ele merece nosso louvor. E se anos mais tarde
ainda lembramos dele, é porquê realmente deixou uma história boa por onde
passou. Assim foi Gamarra no Internacional. Chegou em 1995 para o campeonato
brasileiro, naquele que foi mais um ano de “quase” no Beira-rio. O Inter chegou
em segundo lugar no seu grupo e ficou fora da fase semifinal do Brasileirão.
Mas isso não impediu que o paraguaio fosse o destaque da equipe e levasse a
bola de prata de melhor zagueiro do campeonato. No ano seguinte, mais um quase
da equipe colorada. O time ficou fora da zona de classificação para as
quartas-de-final chegando em nono lugar tendo na ultima rodada que vencer o já
rebaixado Bragantino, num dos episódios mais lamentáveis da história colorada.
O Inter deu vexame, mas Gamarra novamente mostrou a superioridade técnica e a raça
que o levaram para o futebol europeu no ano seguinte. Mais uma vez, foi o
melhor zagueiro da competição e levou para casa a bola de prata.
(Foto: Acervo Internacional) |
A promissora equipe de 1997 foi a
última em que o zagueiro jogou com a camisa alvirrubra. Ao lado de André,
Enciso, Fernando, Anderson, Sandoval, Fabiano e Christian, Gamarra deu
esperanças ao torcedor colorado de que naquele ano poderíamos sair com o título
nacional, mas antes mesmo de disputar o campeonato, o paraguaio se despediu do
time, mas não sem um título para sua carreira. Se sagrou campeão Gaúcho com o
Inter. No jogo do título, o gol de Fabiano em Danrlei foi ofuscado pela despedida
ao craque paraguaio. Dali, seu destino foi o Benfica de Portugal. Depois fez
história e conquistou títulos no Corinthians, Palmeiras, Inter de Milão e AEK
Atenas. Também teve passagens pelo Flamengo, Atlético de Madrid e encerrou sua
carreira no Olímpia.
Time campeão gaúcho de 1997. (Foto: Acervo Internacional) |
Mas na seleção paraguaia foi onde
encontrou seus grandes dias. Ficou eternamente marcado pela copa de 1998, onde
o bom time sul-americano chegou até as oitavas-de-final sendo eliminado na
prorrogação pelos donos da casa, a França, que se sagrou campeã. Gamarra
alcançou um feito de gênio ao ficar 724 minutos sem fazer uma única falta. Seus
desarmes e botes precisos foram a marca do Paraguai na competição. O bom
desempenho e técnica renderam o merecido prêmio de melhor zagueiro da Copa do
Mundo de 1998. Em 2004 ainda levou os paraguaios a inédita medalha de prata
olímpica nas olimpíadas de Atenas.
Gamarra na Copa do Mundo da França 1998 (Foto: Paninni) |
No Inter não chegou a conquistar
títulos expressivos, mas seu compromisso com a camiseta colorada somada a sua
incomparável técnica conquistou o coração do torcedor/sofredor dos anos 90.
Gamarra foi sinônimo de esperança em tempos de mediocridade. Foi um dos nossos
maiores xerifes e um dos maiores zagueiros da história.
Números no Inter:
1995-1997
59 jogos
5 gols
1 título
Por Felipe Lopes
Siga no twitter: InterVQTTV
Curta no Facebook: Inter VQTTV
Nenhum comentário:
Postar um comentário