Breaking News

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Rojo y Blanco: Pato Abbondanzieri a muralha platina


O futebol sempre pautou-se por “máximas” e uma delas afirma que “Todo grande time começa por um grande goleiro.” O Inter, além de formar excelentes goleiros na maior parte das vezes contratou goleiros de muito boa qualidade.

Os paraguaios Jose de la Cruz Benitez Santa Cruz, Gato Fernandes, são os exemplos que me vem à mente quando trata-se de lembrar goleiros estrangeiros que honraram a “1” colorada.

Vi Benitez jogar e passar por dois momentos marcantes: o tricampeonato invicto de 1979 e a lesão estúpida em um amistoso, que ceifou-lhe a possibilidade de a carreira ser mais coroada de êxito do que foi. Gato Fernandes, por sua vez, veio em um período que, apesar de “poucas luzes” na História colorada, conferiu-lhe a condição de Campeão Brasileiro da, até aqui, a única da Copa do Brasil conquistada pelo Inter em 1992.

Alguns jogadores são classificados como “grifes”: por onde passam deixam seu nome marcada e sua contratação faz a torcida “lotar o aeroporto” assim como faz o adversário local colocar uma, ou mais de uma, pulga atrás da orelha. Foi assim com o argentino Pato Abbodanzieri.

Dono de uma carreira plena de êxito, já caminhava para seus últimos momentos como “guarda metas”, quando a direção colorada foi busca-lo para fazer parte daquele esquadrão colorado na edição de 2010, da Libertadores da América, ou, como bem lembra a Commebol, de “la otra mitad de la gloria”.

Abbodanzieri chegou ao Inter e já entrou no time logo na estréia. Via-se, pelo menos eu via assim, em Abbodanzieri um goleiro de “outra turma”, de “outro patamar”. Se, muitas vezes, faltava-lhe reflexo; por outro lado, sobrava-lhe posicionamento.

Abbodanzieri já fizera História no futebol argentino, no Boca Jrs. para ser mais exato, quando veio para o Inter, mas, mesmo assim veio, como já comentei, disposto a fazer história, a deixar sua marca. Se, nunca foi titular incontestável do gol colorado, foi responsável por um momento senão único, raro, não só na História do Inter como, acredito, na História do futebol mundial: no jogo contra o Deportivo Quito, no Equador, o juiz marca um pênalti e, durante a confusão dos jogadores discutindo com o juiz, ele caminha em direção ao auxiliar, com quem conversa e este – como que atendendo a um pedido do ídolo – chama o juiz e depois de conversarem o árbitro volta atrás na marcação. Sim, senhores, Abbodanzieri fez um juiz em um jogo de Libertadores voltar atrás na marcação de um pênalti em um jogo fora de casa. Se houve caso semelhante na história do futebol mundial, me avisem.

(Foto: Divulgação/Internacional)
                      
Depois deste momento, acreditei que Pato seria titular absoluto do gol colorado, o que acabou não se confirmando. Depois do título de Bi Campeão da América esperei que iluminassem a Comissão Técnica colorada e deixassem Abbodanzieri como titular da camisa 1, o que mais uma vez, acabou não se confirmando.

Até hoje não entendo sua reserva naquele mundial. E até hoje acredito que a figura de Pato Abbodanzieri foi subutilizada dentro e fora de campo pelo Inter e seu corpo diretivo.

Obrigado por tudo, Pato Abbodanzieri.

Ulisses B. dos Santos.
@prof_colorado



Nenhum comentário:

Postar um comentário