Saudações, massa alvinegra. Como vão "as moda"? Cabeça cheia pela derrota em Santos? então vamos debater comigo, meu digníssimo leitor.
Antes de mais nada, já vou avisando que esse texto terá um pouco de crítica misturada com reflexões, então peço que leiam até o final e emitam sua opinião.
Mas vamos lá, afinal de contas, temos ou não temos um elenco forte? com pelo menos 2 ou 3 peças de qualidade para cada posição? Se tratando de futebol brasileiro e sua perspectiva nos dias de hoje, isso é um privilégio, é uma monção de um serviço bem feito pela diretoria atleticana, que merece críticas fortes nos bastidores e no extra-campo, mas no administrativo e na "saúde coletiva" do ambiente de trabalho, anda tudo muito bem. Mas e a torcida? Qual deve ser nosso comportamento em relação á esse momento?
O fato é, aprendemos após 2013 á termos um crivo mais elevado e seletivo para jogadores. O Clube Atlético Mineiro elevou muito seu padrão, graças ao maravilhoso trabalho do nosso amado e eterno Alexandre Kalil, o maior presidente da nossa história (Filho do saudoso e outra figura unânime do panteão atleticano, Elias Kalil). Acho que todo esse brio da "Nova Era Atleticana" nos trouxe coisas boas e outras ruins. É só me contar qual clube do futebol brasileiro teve o privilégio de ter na sua história Ronaldinho Gaúcho, o maior jogador brasileiro dos últimos 20 anos (foi mal Neymar, tem que comer muito espinafre pra jogar 10% do que o bruxo jogou). O pós-2013 nos deu a oportunidade de ver jogadores fora de série como Tardelli, Bernard, Jemerson, Luan, Leandro Donizete, Pierre; Outros que chegaram e nos encantam até hoje com seu futebol, como Rafael Carioca, Fábio Santos, Fred, Douglas Santos, Lucas Pratto, sem falar no Robinho, outro diamante produzido e lapidado do nosso futebol.
Fonte: Bruno Cantini/Atlético |
Mas como todo clube de futebol faz suas boas e más avaliações técnicas, tivemos também, jogadores que não encaixaram e não deram certo, mas estamos todos cientes que isso faz parte do dia-a-dia do clube, não é?!
Mas vamos direto ao assunto, falei das coisas boas, de grandes jogadores, de outros importantes títulos, de momentos marcantes dentro e fora do campo, afinal de contas, quem banalizou o impossível e fortaleceu a mística do "Eu Acredito"? Afinal, um poeta uma vez disse:
"No amor, há razões em que a própria razão desconhece..."
Mas ultimamente, ando observando pontos negativos nesse aspecto, principalmente por parte da torcida. Há muitas ponderações a se fazer sobre esse assunto em si, mas pra esse escritor que vos dita, há apenas uma razão que explique isso: O véu do sucesso trouxe além das glórias, a ignorância.
Vamos contextualizar isso no momento presente: O Galo vem de um início deplorável de 1º turno, mas de uma recuperação fantástica, mostrando o melhor futebol do campeonato até agora, com um elenco, agora, encorpado, confiante, intenso, de imensa qualidade técnica que traduz o que se vê nos treinos em campo. O grande problema é que uma parte (infelizmente grande) da torcida vê essa etapa que vivemos como uma obrigação. São componentes de uma parte "tóxica" da torcida que não surgiu pós 2013, mas ganhou muita força pela mudança de patamar do clube, que acabam trazendo um olhar negativo e subjetivo sobre o momento que vive o Galo e acabam criticando de forma destrutiva.
Eu mesmo, me considero um atleticano cético, eu gosto de raciocinar, de pensar, de observar, de observar o jogo em suas nuances. Não me preocupo se agrado alguém, eu vou criticar de forma CONSTRUTIVA sempre que puder, mas eu tenho a capacidade e a obrigação de reconhecer que o trabalho vem sendo bem feito.
Uma coisa que também venho observando é que o excesso de expectativa traz inúmeras conclusões absurdamente equivocadas sobre o grupo atleticano. Vamos começar pelo nosso técnico: Marcelo Oliveira vinha de um trabalho ruim no Palmeiras, sua chegada aqui no Galo foi endossada e comemorada por alguns, inclusive por mim, por entender que é o treinador CERTO para o momento CERTO. Marcelo começo mal, perdido como todos os jogadores após alguns fracassos, mas o que mais me agrada no M.O é que ele é um ser humano de altíssima boa índole, um cara de grande coração, que acredita no seu trabalho, nos seus jogadores. Mas o que se viu em todo lugar foram críticas exacerbadas, baseadas em argumentos sem fundamento, algo como criticar alguém usando um conceito de "conjunto da obra" em 1 mês e pouco de trabalho. Eu digo sem fundamento, porque uma situação que envolveu o técnico anterior não pode ser utilizada pra definir conceitos sobre o atual, muito menos o escasso tempo de trabalho. Em relação á isso, a resposta já está muito bem dada.
Mas vou falar agora de outro problema que observo na torcida nas redes sociais, ruas e estádios: Afobação, ansiedade. É fato que o grande número de lesões vem nos prejudicando no campeonato, de que os jogadores que estão se lesionando são tecnicamente diferenciados, mas e a confiança no elenco? As peças de substituição são ruins? Em alguns casos, não estão dando liga aqui, mas vamos ser sinceros: Seriam titulares em muitos clubes da série A nesse momento, concordam?
Por exemplo, o zagueiro Ronaldo Conceição fez duas partidas pelo Galo: os últimos 15 minutos contra o Botafogo e 90 contra o Coritiba. Comprometeu? Não. É tão ruim assim como dizem? Mas como avaliar dessa forma um jogador que jogou 105 minutos? Como sabemos, Erazo deve parar por aproximadamente 4 semanas e Ronaldo é o nosso substituto imediato. Não virá outro, talvez temos alguma outra opção melhor, mas se ele é a opção do técnico, que sejamos honestos e que apoiemos o Ronaldo em campo.
"Afinal de contas, aonde você quer chegar com isso?"
Simples, que a paixão é algo sublime, nosso Galo é um dos maiores amores da nossa vida, é nossa segunda pele, é nossa segunda casa, pra muitos, uma segunda religião, mas tem hora que a CONSCIÊNCIA é mandatória quando tentamos ser críticos. Temos que ser ponderados nesse momento, engolir o choro e o clima de velório pela derrota contra o Santos e seguir acreditando e confiando no potencial dos nossos heróis. Não há calvário em ser derrotado, ninguém vence todas as partidas, o negócio é levantar poeira, confiar em quem vai entrar e ir pro CAMPO. Ingresso tá caro? sim. Mas porque não fazer aquela força? Vai valer a pena.
No mais é isso, comentem no twitter, por aqui, digam ai o que pensam sobre o comportamento da torcida.
ps: A imagem que posto logo abaixo é bem sugestiva. Reflitam sobre isso.
#UNIDOSSOMOSFORTES #EUACREDITO #AQUIÉGALO #NÃOÉMILAGREÉATLETICOMINEIRO #VAIPRACIMADELESGALO
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