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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

CURIOSIDADES DO TRICOLOR: Atletas olímpicos são-paulinos (versão resumida)

É notória a força do futebol na história do São Paulo - afinal consta do nome no escudo e no mínimo 90% dos torcedores se apaixonaram pelo clube por causa desse esporte - mas, dada a importância do clube e ter cedido outros atletas em Olimpíadas, farei a versão resumida de alguns atletas, alguns que nem sequer chegaram a atuar pelo clube, mas já declararam amor ao glorioso tricolor. Abaixo alguns exemplos:

ADHEMAR FERREIRA DA SILVA (HELSINQUE, FINLÂNDIA, 1952)
Por COI (Comitê Olímpico Internacional) - Adhemar Ferreira da Silva, o recorde mundial e o escudo do São Paulo nos Jogos Olímpicos. Michael Serra / Arquivo Histórico do São Paulo FC
Nascido em 29 de setembro de 1927 em São Paulo, Adhemar Ferreira da Silva desde pequeno se interessou pelo atletismo: morava na Casa Verde (bairro da zona norte de São Paulo) e ia ao Canindé, onde o São Paulo era localizado (lembrando que naquela época, a sede do São Paulo no Morumbi ainda não existia) e logo se interessou pelo salto triplo, sempre treinado pelo alemão Dietrich Gerner.

A foto acima, mostra o exato instante que Adhemar, nas Olimpíadas de Helsinque (Finlândia, em 1952) bate o recorde mundial do salto triplo e conquista a medalha de ouro (após 32 anos de espera!!!).

As duas estrelas DOURADAS no escudo são-paulino não homenageiam o futebol (estas são as 3 vermelhas - referentes a cada título mundial) e tanto o torcedor tricolor como quem não é, fica em dúvida e ela será respondida agora: são homenagens a Adhemar Ferreira da Silva, campeão olímpico em 1952 e pan-americano da Cidade do México, em 1955 - o bicampeonato olímpico foi em 1956 foi conquistado quando Adhemar já era atleta do Vasco.

Infelizmente, Adhemar morreu em 12 de janeiro de 2001.

Vale ressaltar que o atual terceiro uniforme são-paulino - na cor amarela - também foi forma de homenagear Adhemar.

ARISTIDES/ÉDER JOFRE (MELBOURNE, AUSTRÁLIA, 1956)
Por Arquivo Histórico do São Paulo FC - Éder Jofre, e seu pai/treinador, Aristides Jofre, comemoram uma vitória
Éder Zumbano Jofre nasceu em 26 de março de 1936

Nas Olimpíadas de 1956, disputadas em Melbourne (Austrália), o São Paulo foi representado em dose dupla no boxe: pelos pai/técnico Aristides Jofre e pelo filho Éder ("Galinho de Ouro" - por causa do título mundial dos pesos-galo e vivo até hoje), a parceria dos dois deu tão certo no tricolor que foram chamados para representar a seleção brasileira nas Olimpíadas: Éder Jofre, vindo de uma família de pugilistas, chegou como favorito e parou na semifinal - isso porque o pai Aristides arranjou "sparring" (rival de luta) duas categorias acima da de Éder, algo que lhe melhorou muito o combate, mas machucou-lhe o nariz e o brasileiro não pôde lutar contra o chileno -.

MAURREN HIGA MAGGI (PEQUIM, CHINA, 2008)
Prata no Mundial, Maurren levou o ouro olímpico. Fonte: Gazeta do Povo
Nascida em 25 de junho de 1976, em São Carlos, interior de São Paulo, Maurren Higa Maggi tem esse nome em homenagem à primeira esposa do ex-Beatle Paul McCartney, que chamava Maureen, mas por um erro de datilografia do cartorário, o nome saiu diferente.

Passada a curiosidade sobre o nome da atleta, Maurren Maggi precisou fazer por duas vezes que o público a conhecesse: a primeira no Pan-Americano de Winnipeg (Canadá) em 1999, onde conquistou a medalha de ouro no salto em distância, mas foi apenas 25ª colocada nas Olimpíadas de Sydney (Austrália), em 2000. Depois de suspensa por dois anos em 2003, voltou a competir somente em 2006, ano em que nasceu Sophia (fruto do seu relacionamento com o ex-piloto Antonio Pizzonia) , a própria atleta revela que foi sua maior motivação para voltar às competições:

"Eu achei que fosse experiente, madura, mas vi que eu não sabia nada. Consegui bons resultados rápido porque tive força de vontade e determinação. A volta foi dolorosa, tanto na parte física como mental. Mas por ela, valeu", diz, referindo-se à filha.

Depois, Maurren foi ouro no Pan do Rio em 2007, prata no Mundial indoor (pista coberta) na Espanha, já em 2008, até chegar ao grande feito: o ouro olímpico em Pequim, com a marca de 7,04m. Ganhou camisa personalizada do São Paulo que saltou na China e lhe garantiu o ouro e depois assinou contrato com o clube, competindo nas Olimpíadas de 2012 em Londres (Inglaterra), pelo Tricolor.
Maurren Maggi é homenageada pelo São Paulo com a marca que lhe garantiu o ouro em Pequim.

ARTHUR ZANETTI (LONDRES, INGLATERRA, 2012 E RIO-2016)
Arthur Zanetti beija a medalha de ouro conquistada em Londres - 2012 
Arthur Zanetti nasceu em 16 de abril de 1990, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Como todo garoto, queria jogar futebol, mas ele mesmo diz que "era muito ruim". Foi convencido a ir para a ginástica artística por ser mais baixo que os outros alunos, mais ágil e com tronco forte, aos 7 anos. Fez teste na Sociedade Recreativa Esportiva e Cultural (SERC).
Lucas e Arthur Zanetti no Morumbi, intervalo de jogo São Paulo x Palmeiras.

De lá até aqui não parou mais: convocação para a seleção brasileira de ginástica, disputou mundiais (foi campeão profissional em 2013), Olimpíadas (foi ouro em Londres-2012 e prata nas do Rio-2016) e campeão pan-americano em Toronto (Canadá), em 2015, sempre nas argolas.

Várias vezes, o ginasta já se declarou são-paulino e só não aparece nos eventos ou a passeio com uniforme ou a camisa do tricolor por pressão dos patrocinadores e a foto acima o mostra no jogo contra com o Palmeiras, no dia 29 de maio de 2016, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro e foi convidado para acompanhar o jogão, que terminou com vitória tricolor e gol de Ganso.

São Paulo Futebol Clube e Olimpíadas: parceria de sucesso!

por Manoel Rocha
Equipe São Paulo: Twitter

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