A primeira
vez que ouvi falar de Neymar foi em 2005. O então garoto tinha 13 anos e apareceu em uma reportagem (se não me
engano, do Globo Esporte) como futura promessa do Santos. Confesso que achei
estranho tanta badalação em torno de um menino.
O tempo
transcorreu, todos nós envelhecemos e também, o menino. Estamos em 2016 e a
minha suspeita estava errada. O cerco a Neymar, as matérias na televisão e todo
o entorno midiático em volta do jogador se justificaram. Onze anos depois, já
como um craque consolidadíssimo no Barcelona, vencedor, colecionador de
recordes, títulos e prêmios individuais, chego à conclusão que o futebol foi um
presente em sua vida.
Falo isso
porque não é de hoje que boa parte da imprensa brasileira faz levantamentos (http://espn.uol.com.br/noticia/632603_sozinho-neymar-apanha-40-mais-que-messi-e-suarez-juntos),
espreme e retorce estatísticas a favor de uma “proteção” a um adulto. Sei que a
ESPN Brasil, citada no caso, fez apenas um levantamento e já se posicionou
tanto a favor como contra tal bolha de cristal (ou de plástico) que muitos
teimam em inserir Neymar.
Vejam bem. Quando
leio, escuto, assisto ou recebo qualquer informação de cunho Pacheco (não é
caso), pondero: É fato. Ele apanha demais.
Entretanto, e da vida, quantas “porradas” ele já levou? Mimado e
paparicado desde a infância, ganhando ótimos salários desde os 16 anos e sendo
um milionário aos 19, coisa que 95% dos brasileiros jamais conseguirá ser, será
que tornar-se alvo em um esporte de contato é tão “pesado” assim?
O adulto
Neymar provoca, ofende torcedores em redes sociais, não demonstra maturidade ou
conteúdo em suas entrevistas, rebate quando questionado e agora, não pode ser
tocado na grama. Ora, pois, ele é mesmo um pobre coitado ou um extraordinário
jogador de futebol?
Foto: El Rincón de JoseSerra |
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