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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Do outro lado da cidade: dois contrastes

De um lado, um mundo primitivo, sem cores, listrado, preto no branco, branco no preto. Há quem goste de levar a vida apagado, quem carrega suas cores sem cores e tem orgulho de ser como o mundo primitivo da era digital. Há quem não se importe de comemorar uma alegria de anos e anos, de geração a próxima geração, há quem simplesmente ama torcer contra o vento para que entre os acasos consiga vencê-lo. Mas do outro lado da cidade tem, alguém que me encanta mais, que reluz a cor do céu, que imita a cor do mar. Há quem traga felicidade com mais frequência, quem já estampou seu nome no mais alto estandarte celeste. 


Na maternidade belo-horizontina quando nasce uma criança, creio eu, já nasce com a heranças dos pais, afinal, qual casal atleticano vestiria azul no filho ou qual casal cruzeirense vestiria preto e branco na sua prole?! Mas, nem sempre quem nasce no berço tradicional vai crescer carregando as mesmas cores, porque as pupilas dilatam e escolhem o oposto - às vezes - nem todo mundo nasceu pra brilhar, como nem todo mundo nasceu para estar apagado. São dois contrastes, de dois lados da cidade, que fazem a rivalidade ser alimentada e instigada em cada canto, em cada bar, em cada esquina que se vá...

Dizem que dia de clássico "beagá fica da hora", quem vos escreve está indo a primeira vez à capital mineira vivenciar esse contraste, sentir na pele o que é ver uma cidade dividida em prol de uma bola rolando e vinte e dois homens correndo atrás. Mas o que encanta e chama atenção são os cânticos que ecoam pelas arquibancadas do Mineirão. Uma briga interminável de qual torcida é melhor que a outra. Uma 'canta que sai gol' e a outra canta após o gol.  Não é mais meio a meio, agora é maioria que manda e neste fim de semana eu vou de azul, eu vivo por azul, eu canto pelo azul e estou deixando minhas raízes com uma voz trêmula de emoção cantando com o coração "Ô meu pai eu sou Cruzeiro meu pai!"

Equipe Cruzeiro: Twitter | Facebook

2 comentários:

  1. Estamos poéticas, hein amiga? Será que o simples ato de sair da toca, pegar seu vôo e vir para as bandas de cá afloraram tudo isso? Desejo do fundo do coração que seu sonho se realize, com todas as alegrias que almejou alcançar neste encontro. #BoraMeuCruzeiro

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    1. ^_^ Obrigada Déborah! Fazia tempo que eu não tinha tempo de escrever algo, ainda não sei traduzir em palavras essa experiência, espero que no meu retorno possa fluir coisas melhores para transmitir aos torcedores. Amém!!

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