Breaking News

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Pós Jogo - Atlético x Flamengo: Morte ou ressurgimento no Campeonato?




FAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALA CAMbada (créditos ao @contato_almeida kkk), como vão vocês ? Bom... Nem vou me justificar mais. Faltou o pós jogo contra o Internacional pelo jogo de ida da Copa do Brasil. Mas em redenção á demora, caso o Galo confirme sua classificação á final da Copa, eu to preparando um super conteúdo pra essa finalíssima (que imagino ser contra o Grêmio). Até pretendo acionar a galera do Tricolor pra fazer um pós-jogo super bacana aqui. Interação social é sempre bem vinda, afinal.


Ok, sem mais delongas,

Qual o maior clássico entre clubes de outros estados do Brasil? Quais são os quesitos pra se definir um clássico? Pra mim, fundamentalmente a história. Atlético e Flamengo são equipes historicamente equiparadas em rivalidade, títulos, ídolos históricos, fábulas, místicas... São dois times que são DO POVO, dois times que se originaram e emanam seu orgulho vindo das arquibancadas. Os dois estão historicamente ligados pelas decisões históricas, goleadas acachapantes, polêmicas de arbitragem... 1981 foi um vexame histórico para o futebol, a pior atuação (E MAIS MAL INTENCIONADA) da arbitragem em todos os tempos.. Tirando esse fato, ali estavam em campo os dois times que formariam a base da seleção de 1982 que encantaria o mundo, mas não levaria tetra campeonato mundial. Atlético x Flamengo é um jogo carregado de expectativas, inclusive pra mim. Eu pessoalmente amo ver jogos entre as duas equipes. Esse ano, todas as emoções estariam reservadas pra uma bela tarde de sábado. 

De um lado, duas equipes que justificam a imensa qualidade de seus elencos. O Flamengo um pouco melhor, na caça ao líder Palmeiras, buscando o HEXA CAMPEONATO (foi mal, flamenguista, 1987 é do Sport de Recife). Ao Galo, restava uma pequeno resquício de esperança. O título é uma realidade muito distante pela sequencia de erros cometidos de planejamento que refletiram nessa temporada atleticana, mas sobre isso, repito pela enésima vez, vou discutir ao fim da temporada.

De um lado, o Galo, precisando da vitória para se manter vivo, com um time que surpreendeu a torcida e a imprensa, com um losango ofensivo formado por Cazares, Otero, Robinho e Fred. Seria o mais próximo de uma formação ideal atleticana. Já o Flamengo, com o que havia de melhor em um conjunto em uma formatação tática exemplar comandado pelo ótimo e promissor Zé Ricardo. O Galo vinha em seu tradicional esqueleto tático, no 4-2-3-1, jogaria com as linhas mais distantes, porém, aproveitando o losango ofensivo. O Flamengo, uma equipe ORGANIZADA (a mais organizada do campeonato) e matreira, se espelhou taticamente, buscando preencher os espaços e trabalhar bem nos contragolpes quando preciso.

O jogo começou muito favorável ao Galo, com pressão inicial sufocante, fazendo aquilo que se esperava: retenção de posse de bola, troca de passes, aproximação, movimentação, triangulações. Durante os 13 primeiros minutos, o Galo foi absoluto em campo, empurrando o Flamengo para seu campo defensivo. Mas como era de se esperar, um time ofensivo, com jogadores que não fazem recomposição veloz no momento defensivo, o time iria ofertar espaços ao Flamengo, que inteligentemente passou a avançar as suas linhas e compactá-las, fechando espaços para o Galo e preenchendo os que o setor defensivo atleticano deixava para que os atacantes pudessem trabalhar pelos lados. Alias, o setor defensivo alvinegro estava numa tarde assustadora. Parecia um filme de terror, em que o assassino persistentemente perseguia sua vitima, lhe causando tensão e passando esse "feeling" ao telespectador. O Flamengo se impôs a partir desse momento e passou a criar as melhores chances do jogo, rapidamente invertendo a razão do jogo. O Flamengo é quem, a partir dos 20 minutos, era o mandante e o Galo, se limitando a praticar a sua TERRÍVEL e INSISTENTE tática do POLO AQUÁTICO: Não compactava, não tirava espaços, não retinha a posse de bola, excesso de cruzamentos, chutões, ligações diretas e bolas longas para atacantes que estavam MUITO BEM MARCADOS pelo setor defensivo flamenguista. O Flamengo foi acuando o Atlético e desestabilizando a defesa alvinegra, até que, aos 32 minutos, uma bola muito bem trabalhada pelo Flamengo no setor ofensiva, ajeitada no alto por Paolo Guerrero acabou encontrando Diego, que penetrou com facilidade pela defesa alvinegra, batendo cruzado e abrindo o placar no Mineirão: 1x0 Flamengo. O Atlético se perdeu em campo. O Flamengo foi o senhor da partida. O Galo vinha sendo castigado pela insistência nos erros cometidos (pelos quais eu vou abordar mais á frente), enquanto o Flamengo vinha cumprindo a risca o roteiro que traçou na missão Belo Horizonte.

Na volta para a 2ª etapa, uma alteração: Sai Cazares, mal desde o retorno de lesão, entra Luan, que daria mais segurança e consistência defensiva, principalmente na recomposição. Apesar da alteração surtir efeito tático, permitindo que o Flamengo povoasse menos e incomodasse menos no setor defensivo, tecnicamente o time continuava desarrumado, desorganizado taticamente, insistia em não reter a posse de bola e ter aproximação entre seus jogadores, a valorizar a posse de bola. Decidiu mais do que nunca optar pela correria, e isso acabou beneficiando o Flamengo, que se manteve tranquilo. O jogo foi ganhando ares de tensão, pois uma derrota que sacramentaria o fim da linha para o Galo em relação á disputa de título do Campeonato Brasileiro se aproximava. Ai apareceu o que todos nós SEMPRE COBRAMOS de Marcelo Oliveira: A sua ousadia. Sacou Leandro Donizete, sobre vaias de burro e colocou Lucas Pratto. A partir daí, o Galo ficava ofensivo, mas melhorou MUITO no seu setor de marcação, pois Pratto passou a trabalhar mais na linha de meias, articulando com Luan e Robinho, flutuando pelo setor e chegando a frente. Isso tirou a tranquilidade do Flamengo, que passou a recuar e perder a 2ª bola. O Galo estava todo a frente. Foi quando o ESPETACULAR Otero deu ao time o que ele precisava, o algo mais: ALMA! Estava a ponto de ter um colapso em campo, pelo cansaço, mas ele se apresentava e buscava alternativas, não se escondia, trabalhava a posse de bola, mantinha o time a frente. Foi dele o arremesso que originou o penalti, que seria convertido por Robinho, empatando o jogo e transformando esse confronto em outro. Eram duas equipes de postura diferentes após o gol atleticano: O Galo, mais organizado, trabalhando e valorizando a posse de bola, chegando mais pelo meio e forçando erros do Flamengo; o Flamengo, mais recuado e se limitando a puxada de contragolpes. A reta final de jogo foi eletrizante e o segundo gol atleticano não poderia vir numa hora melhor: Um belíssimo trabalho pela direita com Luan e Junior Urso, encontrando Robinho, que deu um passe entre a linha de marcação flamenguista, encontrando Lucas Pratto, que com uma qualidade descomunal, driblou Alex Muralha e friamente, decretou a virada alvinegra. 2x1 Galo e o estádio literalmente veio abaixo. No frenesi da virada, o Galo buscava manter a bola na frente, mas inteligentemente, Zé Ricardo reorganizou o Flamengo e o time se aproveitou da tarde TREVOSA da defesa alvinegra. Num trabalho de bola da direita para a esquerda, a defesa alvinegra errou na antecipação e a bola encontrou Guerrero, que bateu no contrapé de Victor, batendo na trave e decretando ali o resultado final da partida: 2x2. 

O gol foi um verdadeiro balde de água fria na torcida e nos jogadores, porém, o resultado foi justo pelo o que foi o jogo. Justo pelo o que o Flamengo produziu em grande parte do jogo, justo pela reação atleticana, mas injusto para o campeonato. Ali, tinha que sair um vencedor. Quem estaria feliz naquele momento seria o torcedor palmeirense, que poderia abrir 8 pontos do Flamengo e 12 para o Atlético, mas no complemento da rodada, o Santos fez seu papel, se classificou á Libertadores 2017, fazendo companhia á Galo, Palmeiras e Flamengo e embolou o campeonato.



Nota positiva sobre o jogo: A torcida respondeu ao chamado, entendeu a importância do jogo e compareceu em peso, levando quase 50.000 pessoas ao estádio. Outro ponto que destaco é Luan, que foi bem na partida e se mostrou estar fisicamente aprimorado. Será MUITO IMPORTANTE nessa reta final.


Nota negativa sobre o jogo: Nenhuma. Isso mesmo.



Vamos para o melhor jogador em campo: 


RÕMULO OTERO - GALO

Fonte: Bruno Cantini / Atlético MG


Cá estou eu falando novamente do nosso Gran Otero. Pela terceira vez eu o "elejo" o melhor em campo, nem tanto pela vistosidade de seu futebol, que é sabido e tem muita qualidade, mas pela mudança de paradigma em campo. O time precisava do algo mais em determinado momento do jogo, esse algo mais era uma leve pitada de alma, de força de vontade. Eu vi o Otero cair duas vezes em chão colocando a mão no peito, parecendo entrar em um colapso nervoso por exaustão Já não tinha mais forças, mas estava lá trabalhando bem pela direita, e foi dele o lançamento via lateral que originou o pênalti que recolocou o Galo na partida. Nessa partida, eu não vou exaltar as qualidades de Otero, que convenhamos, é chover no molhado (GRATA E FELIZ SURPRESA DE 2016), mas eu vou exaltar o mínimo que os atleticanos esperam do jogador: A RAÇA. O que esse homem fez em campo tem que ser lembrado pelos jogadores e pela torcida. 




Quem não foi bem:


Vou generalizar e colocar o empate na conta do sistema defensivo alvinegro, que estava numa tarde péssima, errando mais que o normal, se posicionando mal, dando liberdade, dando espaços, desorganizado e inconstante. Esperamos sempre uma melhora de rendimento, mas como esse que tivemos contra o Flamengo, esperamos que não venha a se repetir nunca mais. Curto e grosso.



Concluindo:


A questão é muito simples, eu não vou me alongar aqui pra não tornar isso muito maçante. Prefiro fazer essa análise tática do que o Atlético apresentou ao longo do segundo semestre num post especial pós-campeonatos. Eu vou abordar tudo, inclusive dar vários detalhes. Mas isso virá depois, aguardem, vai sair coisa muito boa. 

Vamos contemporizar o que vem acontecendo: O Galo INSISTE em cometer erros crassos de entendimento de suas próprias características e limitações e isso tem que ser cobrado diretamente do TÉCNICO. Um time que tem o potencial criativo IMENSO como o Galo, sendo o melhor ataque do campeonato brasileiro, com 52 gols marcados, um time que deveria reter e valorizar mais a posse de bola, ter mais aproximação principalmente dos homens de defesa, mais triangulações, mais valorização da qualidade dos homens de meio, mais alternativas, jogadas ensaiadas se limita a CORRERIA DESVAIRADA em campo. Esse elenco do Atlético não foi construído com esse perfil. Os jogadores em campo não tem esse perfil. Robinho não é mais jovem, não vai mais recompor e trabalhar contragolpes na mesma intensidade de seus anos dourados. Fred não é jogador de movimentação e contragolpe, é um jogador de presença de área e aproximação, toque de bola. O Galo se limita a correr e resolver com pressa. Os adversários, sabendo disso, seguem o manual: se espelham taticamente ao time do Galo, preenchem os espaços, fortalecem a marcação pelo meio, retem a posse de bola, trabalham e surpreendem o Atlético, graças aos IMENSOS espaços deixados pelo sistema defensivo atleticano, que tem uma recomposição LENTA e MOROSA. 

Definitivamente, não dá mais pra esperar alguma mudança, é com isso e dessa forma que vamos confiar e acreditar nessa equipe. Mas o Atlético precisa jogar MAIS. Precisa valorizar as suas melhores qualidades, não fazer o que não sabe. Nesses momentos decisivos, é melhor não inventar, não relativizar e sim, seguir o manual. Falta isso ao Atlético. Isso pode ser feito nesses poucos jogos que faltam para o fim da temporada.

Recomendação á torcida: O campeonato do Atlético é a COPA DO BRASIL. Foco é na quarta feira. O torcedor mais uma vez vai lotar o estádio e empurrar esse time rumo á conquista. Mas desafios espinhosos nos esperam. Futebol moderno não é receita de bolo, torcedor. Os complementos é que fazem a diferença, os detalhes é quem determinam o destino das equipes em campo.


Próxima parada: Copa do Brasil, quarta feira, dia 02/11, às 21:45, estádio Independência. Internacional como franco atirador e ao Galo, resta batalhar como se fosse mais uma decisão.


Diga lá, R7:

É um sentimento um pouco ruim, porque voltamos bem para o segundo tempo. Pegamos um Flamengo organizado, segundo colocado, descansado. Mas tivemos poder de reação, conseguimos a virada. E levamos um gol num bate e rebate. Mas valeu pelo empenho e pelo que o time mostrou no segundo tempo, com a virada. Temos que manter a cabeça em pé e nos preparar para o jogo da Copa do Brasil.


As chances existem ainda. Matematicamente, enquanto tiver chances, vamos buscar, jogar como jogamos hoje, e esperar que os próximos resultados sejam a nosso favor.





Scouts do Jogo: 


GALO:  Victor, Carlos César, Gabriel, Erazo, Fábio Santos; Leandro Donizete (Lucas Pratto), Junior Urso; Cazares (Luan), Otero (Clayton), Robinho; Fred. 

Técnico: Marcelo Oliveira


FLAMENGO: Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz, Jorge; Márcio Araújo, Willian Arão (Leandro Damião); Diego, Fernandinho (Alan Patrick), Gabriel (Emerson Sheik); Paolo Guerrero. 
 
Técnico: Zé Ricardo


Gols: Robinho, Lucas Pratto (GALO); Diego, Guerrero (FLAMENGO)

Cartões:      Amarelo -->   Alex Muralha (FLAMENGO)

                      Vermelho --> Nenhum




#UNIDOSSOMOSFORTES #TODOSPORUMIDEAL #EUACREDITO #AQUIÉGALO #NÃOÉMILAGREÉATLETICOMINEIRO #VAIPRACIMADELESGALO 




Me sigam lá no Twitter, galera: @lsilveiralg 

Nenhum comentário:

Postar um comentário