Eduardo Alexandre Baptista, profissional de 46 anos, ao que tudo indica, será o novo treinador da Sociedade Esportiva Palmeiras. Irá substituir Cuca, que por questões familiares (saúde da esposa) não renovará o vínculo que se encerra dia 31 de dezembro.
Baptista chega com olhar torto por parte da torcida, que em sua maioria reprova a escolha do ex- treinador de Sport, Fluminense e Ponte Preta. É considerado um treinador promissor, porém uma boa parte da imprensa vê como uma aposta alta e arriscada, sua chegada ao Palestra. E para a muitos, ele foi o plano B do Palmeiras para ser o escolhido, para comandar o Enea Campeão Brasileiro. Seu aproveitamento nunca ultrapassou 54% de aproveitamento, tendo conquistado dois títulos, ambos com o Sport. Quando esteve no Fluminense, ficou cerca de sete meses e não vingou. Alén de ser criticado por não conquistar resultados convincentes, principalmente em clássicos, nunca foi unanimidade da diretoria do clube carioca. Tanto que saiu pela porta dos fundos e não deixou saudades, tendo incluído no combo trágico das Laranjeiras, uma eliminação épica para o Palmeiras, nas semi finais da Copa do Brasil de 2015.
Veja a seguir, um dossiê resumido, da curta carreira como treinador de Eduardo Baptista.
No Sport, Eduardo Baptista passou por altos e baixos no Sport. Assumiu o time ainda interinamente, em 30 de janeiro de 2014, como então preparador físico do clube, e acabou conquistando a Copa do Nordeste, e o Campeonato Pernambucano daquele ano. Começava então a sua carreira como treinador, e começava a deixar de lado, apenas a batuta de “filho do Nelsinho Batista”. No mesmo ano em que se tornou técnico, porém, conheceu a sua primeira crise. Ficou oito jogos sem vencer na Série A, e acabou dando a volta por cima, superando o jejum de vitórias, sempre prestigiado com à diretoria.
Diferente do ano da sua estreia como treinador, 2015 foi um ano duro para ele, que desde as primeiras competições, teve problemas. Após bons resultados nas fases iniciais da Copa do Nordeste, e Campeonato Pernambucano, o treinador foi eliminado nas duas competições, e na mesma semana. Primeiro pelo rival Bahia em uma quarta-feira e, no domingo seguinte, pelo Salgueiro. Mais uma vez, o técnico daria a volta por cima com o apoio da diretoria, e se estatizaria em resultados. Na Série A, o técnico do Sport virou sensação. Foi apontado como um dos principais responsáveis pela irretocável campanha da equipe, que chegou a liderar a competição por 5 rodadas e só conheceu a sua primeira derrota no 12º embate, diante do Atlético-MG. Foi quando começou a desandar a maionese recifense. O time venceria a sua última partida na 14ª rodada, contra o São Paulo. Depois, o Sport caiu pelas tabelas.
A mesma diretoria que, apoiava Eduardo com uma blindagem incomum no Brasil, voltou a protegê-lo. A pressão forte da torcida, juntamente com uma tentadora proposta do Fluminense, trataram de colocar um ponto final na passagem de Baptista no Sport. Após mais um empate do clube na Série A, então 13º em 26 partidas.
Eduardo como técnico do Sport:
1 anos e 7 meses
127 partidas
55 vitórias
35 empates
37 derrotas
53% de aproveitamento
2 títulos
Copa do Nordeste e Campeonato Pernambucano (ambos 2014)
No Fluminense, chegou com ares de promissor e salvador da pátria. Era tido como a esperança carioca para reconstrução e restauração da equipe, entre os grandes clubes do futebol brasileiro. Mas em nenhum momento repetiu o desempenho que teve com o Sport. Sempre foi questionado, e nunca foi bem quisto pela diretoria do clube, salvo o presidente Peter Siemsen. Mas o início irregular de Campeonato Carioca, e as 'não-vitórias' contra os rivais Flamengo, Botafogo e Vasco, custaram o seu cargo.
No total foram 26 partidas, com oito vitórias, cinco empates e TREZE derrotas.
No Campeonato Carioca, o Fluminense ocupava apenas a quarta colocação do grupo A com sete pontos em seis jogos (duas vitórias, um empate e três derrotas). Muito pouco, mesmo para um torneio regional.
Na Ponte Preta desde abril, Baptista assumiu a equipe campineira para a disputa do Brasileirão. Em 43 partidas à frente da equipe, tendo Série A do Brasileiro e Copa do Brasil em sua passagem, foram 17 vitórias, 11 empates e 15 derrotas, com 48% de aproveitamento. Com esses números, deixou a Macaca na primeira divisão, na qual era sua principal meta, e parou nas oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Coritiba, em pleno Moisés Lucarelli.
Eduardo terá o maior desafio da carreira, e a maior chance também. Mas sabe que por mais que haja a pressão da torcida, sabe que estará com a melhor estrutura para se iniciar um trabalho no futebol brasileiro, com o atual campeão nacional, bons valores no elenco, e a missão de dar seguimento ao trabalho de Cuca que deu frutos. Ele terá 25 dias de pré-temporada para ajustar a equipe, e terá a chance de provar aos torcedores deram vistas grossas à Moisés, Fabiano, Jaílson, entre outros em suas chegadas, que pode ser útil ao Verdão.
Boa sorte, e que o Palmeiras siga seu rumo com conquistas.
Tradicionalmente eu encerro os textos com Forza Palestra, Avanti..., mas num momento tão duro, encerro com:
#ForçaChape #ForçaChapecó
Equipe Palmeiras: Twitter
por Leonardo Bueno
"e parou nas oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Coritiba, em pleno Moisés Lucarelli."
ResponderExcluirNa verdade ele caiu para o Vice-campeão Atlético Mineiro. Estava ganhando por 2x0 e deixou o time empatar e classificar com o gol fora.
Pelo currículo eu não o contrataria, mas ele tem muito mais chance de dar certo do que o Rogério Ceni no SPFC ou o Oswaldo no SCCP. Vamos aguardar.