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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Pratique a “Atleticanidade”

Pratique a “Atleticanidade”

Fala massa, cês tão bão? Comigo tá tudo meio ótimo (risos)! “Amigalos” (junção de amigos + Galo), eu tinha um texto já revisado, falando sobre um outro assunto, que até tinha modificado e acrescentado mais informações, porém aconteceram muitas coisas, uma delas a estreia do nosso Galão na Copa Libertadores e escutei, li nas redes sociais, vi na tv e vlogs no youtube, como o atleticano deixou de praticar a atleticanidade.

Vamos, ao longo dessa leitura, esquecer da apresentação em campo, pra uns foi uma tragédia, pra outros dentro da normalidade, afinal, era um jogo de Libertadores e não tem jogo fácil pro Galo. Fora os jogos contra aquele outro time lá, aquele mesmo do outro lado da Lagoa da Pampulha, que esse daí nem pressão em final de Copa do Brasil fez, paternidade que fala, né? Mas não é sobre isso que eu vim aqui falar, e nem sobre como foi o jogo de estreia, isso vocês podem acompanhar nos pós jogos dos nossos parceiros do Arquibancada do Galo, com os catedráticos Renato Mello e Julio Lazarotti.


Fonte/Acervo Pessoal

Eu quero falar da ATLETICANIDADE, afinal, hoje eu sou atleticano por que através dela cultivaram em mim a paixão pelo Clube Atlético Mineiro.

Amigalos, durante o jogo de estreia na Libertadores pelo Galo, algo me incomodou muito: os torcedores simplesmente pararam de curtir o fato de estarem vendo o Galo jogar. Vocês têm ideia do quanto nós que temos saúde e estamos relativamente próximos do Clube somos abençoados por ter a dádiva de ver o Galo em campo? Sim, temos enfermos fanáticos que não estão com saúde pra acompanharem os jogos, e aquele atleticano (a) que mora em outro continente que só pode ver o Galo pela internet, e nem vou falar daqueles que partiram, uma pausa pra fazermos aqui uma homenagem aos atingidos pela tragédia em Brumadinho, atleticanos que tiveram a vida ceifada e não vão poder mais praticar a atleticanidade, Deus conforte a dor da família e amigos dos que ficaram neste plano. Claro que vidas que torciam por outros clubes também se foram e que Deus os tenham, mas estou aqui pra falar da atleticanidade.

Voltando ao assunto do texto, o atleticano parou de curtir o time, parou de curtir as vitórias, na hora do gol ao invés de gritar GAAAALOOO reclamam dos gols perdidos e que o jogo poderia estar com um placar mais elástico, o jogo acaba não falam mais dos feitos alcançados, preferem lembrar da canelada do lateral, da pixotada do zagueiro, e no final ninguém presta pra jogar no time.

O que está acontecendo com a torcida?

Será que o fato de ganhar uma tal Libertadores foi o suficiente pra nós deixarmos de celebrar a atleticanidade? Alguns devem estar se perguntando como cargas d'água se celebra isso, Felipe? A nossa maior celebração da atleticanidade e mais famosa são as vigílias que fazemos todos os anos no dia 25/03, (se você não sabe o que é, tem que apanhar até o Mario de Castro gemer na cova), enfim, nessa data celebramos simplesmente o fato do Atlético existir em nossas vidas. Ali não se fala em time, não se fala na substituição errada do técnico,  não se fala no lateral que não sabe marcar, não se fala do zagueiro que pisa na bola, não se fala do atacante que chuta pra fora, muito menos se fala do rival. Nesse dia vamos lá apenas pra celebrar o fato de que somos atleticanos, abraçamos os bêbados, viramos amigos dos mendigos, só por que eles são atleticanos, gerações se encontram na galeria/memorial/museu em frente à sede de Lourdes, pobre e rico estão por umas horas iguais, o branco e o preto não tem diferença de pele, aliás isso é assim desde 1908, aqui o preto e branco sempre andaram juntos, lado a lado, a atleticanidade está em nós, no DNA! Quantas vezes quando estamos nas arquibancadas viramos de costas pro campo, paramos de ver o jogo e começamos a assistir a torcida em seu esplendor no seu maior ato de devoção gritando a plenos pulmões “VENCER, VENCER, VENCER” entoando o hino que literalmente faz metade de Minas Gerais tremer? Isso se chama ATLETICANIDADE, meu amigalo.

Quantas vezes um copo quebrou ao cair no chão e você gritou GALOOO? ATLETICANIDADE!

Recentemente, uma nova forma de praticar a atleticanidade surgiu, com o “êh Galo” do nosso dinossauro do rádio esportivo de Minas Roberto Abras, em qualquer situação aleatória você solta esse “êh Galo” pronto, outros se juntam a você começa ali uma resenha com um monte de completos estranhos que mais parecem amigos de infância de tanta vontade de estar entre os seus, o povo atleticano!

E digo a vocês que não subestimem essa força do DNA que tá entranhada na atleticanidade, força essa capaz de fazerem “coxinhas e mortadelas” serem bons amigos deixando de lado suas ideologias em nome do CLUBE ATLÉTICO MINEIRO.

Atleticanidade é o que faz você no 1° encontro com aquela pessoa que você está “namorando” usar a camisa do São Victor do Horto.

É o que faz os noivos usarem algo que faça menção ao Galo no terno ou vestido.

É o que faz você usar a camisa do Galo no réveillon.

É o que te leva usar a camisa do Galo quando sua namorada vai te apresentar o pai cruzeirense dela.

Fazer amigos do nada, só por que ali o assunto é o GALO.

Enfim, cada um desses momentos citados é uma forma de celebrar a atleticanidade que, nos dias de jogos, simplesmente estão desaparecendo.

Pessoal, vamos curtir mais o Galo, deixem as críticas pro dia seguinte. Nos dias de jogos, abrace seus amigos, beije seus filhos, fique com seus pais, diga a esposa (o) que você a ama e está feliz por estar compartilhando naquele momento a atleticanidade de se reunir com o povo preto e branco, abra umas cervejas, fique bêbado mas não dirija, enfim, PRATIQUE A ATLETICANIDADE!

Afinal, se tudo desse errado naquela terça de estreia de Libertadores, no sábado teria Galo de novo pra você colocar a atleticanidade em prática.

Viva o Galo!
Viva o povo atleticano!
Viva a atleticanidade!

Por: Felipe Damasceno

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