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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Cruzeiro vence Atlético em um jogo polêmico e fica com a vantagem para a final do Mineiro


50 mil pessoas estiveram presentes no Mineirão para assistir a maior rivalidade do estado. Em duas realidades completamente diferentes, Cruzeiro e Atlético foram a campo com o mesmo objetivo: conseguir a vantagem para ir mais tranquilo para o segundo jogo. O time comandando por Mano Menezes foi dado como favorito para muitas pessoas, já que está invicto neste ano e vem de uma sequência de vitórias incontestáveis, jogando do jeito que o torcedor espera: o jeito Cruzeiro! Para frente, atacando. Já o time do Atlético, hoje comandado por Rodrigo Santana (técnico interino, após a demissão de Levir Culpi) vive uma fase difícil, com situação grave na Libertadores e em uma semana de protestos. Mas clássico é clássico. O time pode estar no melhor ou pior momento do mundo que não podemos colocá-lo como favorito. E hoje foi a prova disso. O Cruzeiro ganhou, certo. Porém passou muito sufoco do rival e poderia ter levado o empate.

O começo do jogo foi de avaliação das duas equipes. O Atlético deixou o Cruzeiro tocar a bola e foi assim por boa parte do primeiro tempo. O time de Mano Menezes teve muita dificuldade para entrar na área do Atlético, tentando, muitas vezes, fazer jogadas pela esquerda com Marquinhos Gabriel –para mim, o melhor da partida. Foi a partir dele que a equipe conseguiu avançar para o campo de ataque e, além disso, o jogador colocou o lateral direito atleticano Guga no bolso-. Aos 38 minutos, o jogo começou a ferver. Com várias faltas em seguida, Luan, Ricardo Oliveira, Fred e Henrique foram amarelados pelo árbitro Wagner do Nascimento Magalhães. O momento mais esperado do futebol veio no final da primeira etapa, quando em um passe sensacional de Fred, Marquinhos Gabriel (vulgo Messinho Gabriel) tocou para o fundo do gol (com desvio no zagueiro Leonardo Silva).

Com necessidade de empatar o jogo, o Atlético foi para a segunda etapa de uma forma mais ofensiva e, aos 10 minutos, o Cruzeiro levou o empate. A recuperação não demorou muito. O segundo gol veio de um escanteio que não existiu (em jogadas como essa, o VAR não pode ser acionado) mas, como o zagueiro Léo não tem nada a ver com isso, aproveitou a boa cobrança de Robinho e cabeceou para dentro do gol. Fred ainda deixou o seu aos 34 minutos, mas o árbitro anulou, já que foi comprovado pelo VAR que o atacante tinha usado o braço no lance. Nos minutos finais, tivemos duas expulsões, uma para cada lado. Rafinha e Adilson foram pro chuveiro mais cedo. E foi assim que a partida terminou, 2x1 para o mandante. O Cruzeiro tem a vantagem de jogar por um empate no jogo de volta, que se realizará no próximo sábado, às 16:30, local que ainda será definido.

Eu sinceramente esperava mais do Cabuloso hoje. Como foi dito no começo dessa crônica, em clássico não há favoritismo, mas o Cruzeiro não mostrou seu futebol que está acostumado a mostrar durante as partidas anteriores. Mesmo com um time experiente, a equipe se mostrou pilhada em momentos que não poderia. Porém, teve força e competência para virar o jogo de maneira inteligente. Acredito no potencial de Mano Menezes que com certeza concertará os erros do jogo de hoje para que nossos guerreiros entrem totalmente focados na semana que vem na busca por mais um Rural para a lista. Avante, meu Cruzeiro!

O melhor do jogo em ação: Messinho Gabriel! (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)


Ficha Técnica:

Motivo: ida da final do Campeonato Mineiro 
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG) 
Data: 14 de abril de 2019 (domingo) 
Horário: às 16h (de Brasília)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães 
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa e Michael Correia
Árbitro de VAR: Bruno Arleu de Araújo
Gols: Marquinhos Gabriel - 45'/1ºT (1-0); Ricardo Oliveira - 10'/2ºT (1-1); Léo - 15'/2ºT (2-1) 
Cartão amarelo: Fred, Henrique, Lucas Romero, Edilson, Marquinhos Gabriel e Rafinha (Cruzeiro); Luan, Ricardo Oliveira, Fábio Santos, Adilson, Leonardo Silva, Victor (Atlético-MG) 
Cartão vermelho: Rafinha (Cruzeiro); Adilson (Atlético-MG) 
Cruzeiro Fábio; Edilson, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Lucas Romero (Ariel Cabral), Robinho (Rafinha) e Rodriguinho (Pedro Rocha); Marquinhos Gabriel e Fred. Técnico: Mano Menezes. 
Atlético-MG Victor; Guga, Leonardo Silva, Igor Rabello e Fábio Santos; Adilson, Elias, Juan Cazares (Vina) e Luan (Maicon Bolt); Chará e Ricardo Oliveira (Geuvânio). Técnico: Rodrigo Santana (interino).


Equipe CruzeiroVQTTV
Por: Ana Júlia Resende

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