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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Futebol feminino: buscando a igualdade na televisão


Não é novidade que a presença da mulher no ambiente esportivo tem aumentado significativamente, seja nas arquibancadas, trio de arbitragem, programas esportivos, narrações. Já no campo, esse espaço ainda precisa ser mais explorado, já que as equipes de futebol feminino são pouco conhecidas. A TV Bandeirantes acendeu uma esperança nos corações de nós, mulheres amantes do futebol, que desejamos fortemente a divulgação da categoria.

A emissora assinou um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na última quinta-feira (2) e passará a transmitir os jogos da série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino 2019. A competição não era transmitida na televisão desde 2018, quando o contrato com o canal SporTV foi encerrado, devido à perda do patrocínio master da Caixa, responsável pela verba das transmissões. De lá para cá, as equipes passaram a exibir os jogos através de suas redes sociais.

A primeira divisão da competição conta com times importantes do futebol brasileiro, como Flamengo, Santos, Internacional, Corinthians – atual campeão, entre outros. Já na série A2 estão as equipes que investiram no segmento a partir da obrigatoriedade imposta pela Conmebol e também pela CBF, como Atlético – MG, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, etc.

As Cabulosas

As meninas do Cruzeiro Feminino, conhecidas carinhosamente pela torcida como “As Cabulosas”, foram apresentadas no fim de fevereiro de 2019, no Centro Olímpico da PUC Minas, Campus Coração Eucarístico. O local vem sendo utilizado para treinamentos, porém os jogos oficiais são sediados no SESC Venda Nova. A equipe conta com 23 jogadoras, e algumas tiveram passagem pela seleção brasileira de base, como é o caso da atacante Paula Vicenzo e da goleira Camila Menezes.

(Reprodução: Instagram/ @cruzeiro)


Como torcedora e frequentadora assídua do Gigante da Pampulha (também vale para o Independência, Arena do Jacaré, e onde mais o Cruzeirão Cabuloso jogar), acredito que a figura feminina nesse meio, ainda muito masculinizado, está quebrando algumas barreiras e preconceitos instalados há gerações. O que nos resta é continuar lutando pelo nosso espaço e torcer para que, um dia, ambas as categorias sejam valorizadas igualmente.


Equipe CruzeiroVQTTV
Por Larissa Barreto

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