Que
o Cruzeiro é freguês do São Paulo no Brasileirão todo mundo sabe, inclusive, a
última vitória do Maior de Minas fora de casa contra o tricolor na competição
nacional foi há 6 anos, quando a equipe emplacou um 3x0 em pleno Morumbi.
Porém, eu, particularmente, fiquei surpresa com o jogo desse domingo.
Normalmente, os confrontos entre os dois times são de superioridade do time
paulista e de dificuldade do clube mineiro de ir ao ataque e fazer jogadas
ofensivas e criativas.
Voltando
com a formação de dois volantes (no último jogo, contra a Chapecoense, o time
do Cruzeiro entrou apenas com Henrique), Mano Menezes foi a campo com Ariel
Cabral titular ao lado do capitão, já que os laterais direitos estão lesionados
e Lucas Romero está ocupando essa posição no momento. A escalação de hoje gerou
muitas reclamações por parte da Nação Azul, já que Cabral é lento, não consegue
ir bem na maioria das vezes e Lucas Silva estava no banco, podendo ser
colocando desde o início do jogo. Agora, vamos à análise da partida.
Já
que os dois times estão enfrentando uma crise no momento, o início do jogo foi
de paciência, estudo do adversário e cautela no ataque. Entretanto, foi o São
Paulo que conseguiu sair na melhor e marcar o primeiro gol. Aos 15 minutos, em
uma falha de marcação do meio campo do Cruzeiro, Reinaldo avançou pela esquerda
e tocou para Alexandre Pato jogar para o fundo das redes. Depois disso, o time
de Mano Menezes enfrentou o primeiro tempo de uma maneira muito mal. Já
pressionada, a equipe não teve velocidade, e provavelmente devido à alta idade
de seus jogadores, não conseguiu infiltrar na área do São Paulo de maneira
eficiente e rápida. Na primeira etapa, pudemos observar que há uma grande
precariedade na troca de passes do time do Cruzeiro, faltando repertório para
surpreender a defesa adversária.
Já
no segundo tempo, o time voltou menos mal. Sem a persistência de muitos
problemas que vimos na primeira metade, como falta de criatividade e toque de
passes, o Cruzeiro foi evoluindo aos poucos e retomando a confiança para chegar
ao ataque. O problema é que o goleiro do São Paulo, Tiago Volpi, teve uma tarde
inspirada nesse domingo. Sendo crucial em várias jogadas, fez algumas defesas
que impossibilitaram o empate do Cruzeiro. Mas, como é visto nas últimas
partidas, o camisa 10 resolveu brilhar e ajudar o time. Na minha opinião, ao
lado de Robinho, Thiago Neves é o principal jogador da temporada e vem fazendo
a diferença nessa fase terrível em que vive o Cruzeiro. Hoje, mais uma vez, ele
apareceu. Aos 20 minutos da segunda etapa, Robinho sofreu uma falta na meia-lua
e TN10 marcou um golaço, cobrando a falta com extrema perfeição. Depois desse
empate, o time melhorou, principalmente com a entrada de David –que só não foi
perfeito porque o atacante errou uma chance na cara do gol-. O Cruzeiro tentou,
tentou e tentou, mas não conseguiu sair com a desejada vitória. Fim de jogo e
tudo igual para os dois lados.
É
inegável que a fase que o time mineiro vive é terrível, tanto dentro de campo
quanto nos bastidores. No jogo de hoje, na minha opinião, houve um avanço no
segundo tempo. Realmente, a primeira metade foi pífia como os jogos anteriores,
mas depois notei uma evolução, força de vontade e mais articulação das jogadas.
O próximo adversário do Cruzeiro é o Fluminense, na quarta-feira, pelo jogo de
volta das oitavas de final da Copa do Brasil.
No que se refere ao problema envolvendo a diretoria, são necessárias uma
limpa geral e uma investigação. O Cruzeiro é da torcida, o Cruzeiro é do povo,
não de pessoas que tentam usá-lo como benefício próprio. Seguimos lutando por
esse clube!
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Registros do jogo de hoje (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro) |
FICHA
TÉCNICA SÃO PAULO 1X1 CRUZEIRO
ESTÁDIO:
Pacaembu, São Paulo (SP)
DATA/HORA:
02 de Junho de Junho de 2019, às 16h (de Brasília)
ÁRBITRO:
Bráulio da Silva Machado-SC (Fifa)
VAR:
Heber Roberto Lopes-SC (CBF-MTR)
GOLS:
Alexandre Pato, aos 14 min. do 1º tempo; Thiago Neves, aos 22 min. do 2º tempo
SÃO
PAULO: Volpi; Hudson (Igor Vinícius), Bruno Alves, Anderson Martins e Reinaldo;
Luan, Tchê Tchê, Hernanes (Igor Gomes) e Vitor Bueno (Marcos Calazans);
Alexandre Pato e Toró
Técnico:
Cuca
CRUZEIRO:
Fábio; Lucas Romero, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Ariel Cabral (Lucas Silva),
Robinho, Thiago Neves (David) e Marquinhos Gabriel; Fred (Sassá)
Técnico:
Mano Menezes
Por
Ana Júlia Resende
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