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domingo, 18 de janeiro de 2015

A bola em segundo plano

O brilho do futebol está sendo ofuscado pelo dinheiro. Atualmente o verde do gramado representa como nunca as células da moeda comercial. O maior comércio mundial é baseado na compra e venda de jogadores, nomes que atraem torcedores aos estádios para que haja lucro nos investimentos, mas jogar pela camisa que veste, pela emoção que causa aos torcedores está cada vez mais raro de se encontrar.



Tudo isso traz, hoje, certa dúvida quanto aos resultados de partidas oficiais no mundo do futebol. A verdade é que ao ver-se um jogo de futebol você está vendo uma vitrine de peças para recompor o mercado internacional. E dia após dia jogador A é posto como revelação ou craque, enquanto o jogador B que possui muito mais técnicas e características para tal denominação é deixado de lado, posto um pouco atrás da fila ou até mesmo esquecido.

Ao passo que isso ocorre o futebol brasileiro vai se distanciando cada vez mais da Europa, seu futebol está perdendo o brilho, a essência e a qualidade. Isto ficou mais que evidente na última edição da Copa do Mundo no Brasil, com o vergonhoso e histórico 7 a 1.

Um jogador hoje, em muitos clubes, entra em campo pelo bolso que pesa ou para que as luzes se voltem para si de modo que um grande clube estrangeiro ou até mesmo nacional com um porte maior lhe ofereça propostas significativas e altas para mudar seu rumo e respirar novos 'ares verdinhos'.

A bola em segundo plano

A bola é apenas um mecanismo de trabalho, no qual se tornou instrumento para obter renda. Se existe algum jogador que diz que o dinheiro não importa e joga futebol por amor à camisa que veste e à torcida que representa, por favor, este jogador merece ser exposto de modo que a torcida, não só do seu clube, mas de todos os demais o venere e o exalte por ainda existir dentro de si uma brasa do verdadeiro espírito do futebol. 

Ao invés de fazer times com nomes que estão saltitando pela mídia, os clubes brasileiros (e por que não a seleção?!) deveriam contratar jogadores que querem jogar por ser um sonho de infância, alguém que se dedique por não apenas fazer nome, mas cravar em definitivo na história sua passagem pelo clube, como as grandes lendas que se eternizaram em seus clubes no passado, respeitando a história e dando continuidade à mesma para que satisfaça seus torcedores.

Tropeços?! Existirão. Ninguém é invencível, todos somos falhos, mas morrer lutando é o bem mais precioso que carrega um guerreiro. O futebol precisa de guerreiros, de homens que se doem em campo, por amor, por ser parte de uma nação e não pensar em fazer nome, mas sim, como já foi dito, em ser eternizado, lembrado por as feridas, pelas lágrimas, pelas lutas, quedas e vitórias.

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