Mesclando
jogadores titulares e reservas, o Atlético venceu o Tombense, em Ipatinga,
chegando à segunda posição, atrás do surpreendente time da Caldense. De fato, não
fora nenhum jogo magistral, mas, valem os pontos, e, novamente, rumamos a
mais uma conquista do Mineiro. Poderia eu contar a minha versão da partida,
como fazem todos os vencedores; mas, em homenagem à bela cidade de Tombos,
permito que o Fictício Geraldino, ilustre torcedor daquele time, conte como
tudo aconteceu.
“Era
uma tarde chuvosa em Ipatinga, e, antes da partida, uma nesga de sol parecia
querer assistir ao jogo e à nossa ascensão ao estrelato. Como que para mostrar a
sua magia, inspirando o nosso time, eis que o astro-rei ofereceu-nos um belo
espetáculo: dois lindos arco-íris sobre o belo Ipatingão. Foi quando tive a certeza de que aquela tarde
seria uma bela poesia.
Entramos
em campo com Darley, no gol; Gedeilson, Heitor, Alexandre e Mazinho; Coutinho,
Joilson, Dejair e Luiz Fernando; na frente, Mateus e Daniel Amorim. Alguns
dirão não se tratar de nenhuma uma maestria futebolística; mas, convenhamos, é um time
de respeito, abençoado pelos deuses celestes. O Galo, por sua vez, entrou com
Víctor, no gol; Patrik, Edcarlos, Jemerson e Emerson Conceição; Josué, Danilo
Pires, Cárdenas e Luan; na frente, Carlos e Pratto. Nenhum bicho de sete
cabeças.
Debaixo
da prazerosa chuva que caía, eu era um dos mais de oito mil torcedores, no Vale do Aço. Do alto da arquibancada, olhava os times em campo, cada qual com seu
desenho perfeito, como se fossem obras de arte pintadas no tapete verde.
Imaginei as obras de Portinari ou os poemas de Vinícius dispostos numa grande
galeria; verdadeiras questões matemáticas colocadas no papel. Tentei decifrar
os números, mas, não teve jeito. Perdi-me no 4-2-3-1, variando em diagonais,
losangos e quadrados.
Preferi,
portanto, vislumbrar a chuva que caía, o arco-íris que se desfazia e o sol que
se punha no horizonte, para que a lua surgisse, timidamente, por entre as
nuvens acinzentadas. No final do jogo, o placar marcava 3 a 0 para o Galo, com
dois gols de Luan e um de Pratto. Disseram-me que não fora um bom jogo, que não
fomos páreos para o time alvinegro. Não me importo, afinal, esta fora uma tarde
de poesia, imperfeita, é verdade, mas, uma bela poesia.".
Eis,
portanto, o relato do Fictício Geraldino, direto de Tombos. Só para não dizer
que somos um clube sem coração. Vencemos com um time misto, mostramos força,
controle do jogo e ainda fizemos caridade, mostrando que sabemos vencer. Tenho
dito!
Muito Bacana
ResponderExcluirObs: Galo e não galo