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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Apertem os cintos, que o piloto sumiu - Parte 6

Ontem o Cruzeiro se complicou na Libertadores, mas ainda só dependemos das nossas próprias forças, basta uma vitória em casa. Cá entre nós, começar a partida com 3 volantes foi uma estupidez sem tamanho! Mas bola pra frente, temos um clássico no fim de semana e o jogo decisivo na próxima terça-feira. 

Por falar em clássico, a situação a qual o Cruzeiro está sendo submetido no campeonato mineiro é pra lá de vergonhosa, e de qualquer forma, com mudança de data ou não, só existe um perdedor: o Cruzeiro! O impacto é enorme nas duas competições e quiçá no restante da temporada. Mas é uma boa oportunidade de repensarmos o papel das federações, dos clubes e da TV no futebol brasileiro. 

Estes dois fatos estão inseridos e ajudam a ilustrar o cenário e a análise de gestão do Cruzeiro que pretendo fazer hoje, neste espaço. 

Voltando um pouco no tempo e relembro uma declaração do técnico Marcelo Oliveira:  
"Até eu fui pego de surpresa!"
Estas foram as primeiras palavras do técnico do Cruzeiro ao ser questionado sobre a contratação do lateral Fabrício. Não preciso dizer onde isto vai nos levar, está claro! Não é assim que se toma decisões num grupo. 

O Fabrício é um bom jogador, não mais do que isto. Um ser humano, que merece respeito e uma nova chance, também não é esta a questão. Ele pode se tornar até o melhor jogador do time no campeonato brasileiro, isto não vai mudar o que penso sobre o momento atual do Cruzeiro e da sua  contratação. 

Mas as coisas não devem ser vistas de maneira isolada e sim de forma conjunta. E existe um termo pouco conhecido no mundo do futebol, mas muito usado no mundo corporativo, especificamente, na área financeira: GESTÃO DE RISCO! Pois bem, o que temos no Cruzeiro hoje é o que podemos chamar de gestão TEMERÁRIA de risco. 

Não dá para montar um time ou uma empresa, baseado principalmente em apostas, é muito arriscado. É como se um investidor do mercado financeiro propusesse a você aplicar a maioria esmagadora do seu dinheiro em empresas promissoras, mas incertas. Ou como na F1 quando dizemos que um piloto é “Win or Wall” ou seja, vitória ou muro! Não é aconselhável arriscar assim, certo? É preciso ter uma mescla, decisões mais conservadoras, outras mais arriscadas. 

Mas não é isto o que estamos vendo. Muitas das contratações do Cruzeiro neste ano envolveram ou envolvem um alto risco: Damião, Arrascaeta, Paulo André e Riascos, só pra ficar entre os principais. São jogadores que estavam em baixa nos últimos anos, ou que necessitariam de um período de adaptação, de amadurecimento, fora a situação do Paulo André, sabidamente persona “non grata” pela CBF. Willians e Mena seriam os contrapontos desta situação. 

Damião, estava em baixa nos últimos anos e muitos no Brasil questionavam até a sua capacidade, Riascos era uma ingócinta, fora a adaptação. Arrascaeta, é muito novo, precisa se adaptar e amadurecer. O risco relativo ao Paulo André, não é técnico e sim, político e não dá pra falar hoje que este risco não se concretizou, pois a influência da CBF vai ser posta a prova na Copa do Brasil e no Brasileirão. Sem contar as promoções ao time titular das nossas jovens promessas, Alisson e Judivan e dos jogadores reservas. Lembrem-se que estamos falando do início do ano e não de agora. 

Mas mesmo com todos os riscos antes tomados e não se dando por satisfeito o time trouxe o Fabrício, totalmente dispensável, já que tinhamos 4 laterais esquerdos no plantel. Aliás esta foi a justificativa para não recontratarmos o Egídio, lembram? 

O Fabrício não foi, nem nunca será craque. É só um bom jogador que tem problemas psicológicos, não pode jogar esta Libertadores, que nunca ganhou um título importante e que pode ser punido por até 12 jogos. Em suma, muito risco! E agora já estou vendo pessoas nas redes sociais, elogiando a contratação porque vamos emprestar Breno e Gilson. Inversão total! Deveríamos estar nos perguntando o porque estes jogadores vieram. Quem indicou o Breno? Não sei. Já o Gilson foi pedido pelo técnico e agora vamos emprestá-lo pra ficar com uma surpresa? Seria isto mais um sinal do prestígio do treinador?  

Me recuso a comentar que o Cruzeiro tem ou tinha interesse no Valdívia, é o cúmulo do absurdo! Não pelo aspecto técnico, mas por tudo que envolve o jogador, seu aspecto médico e comportamental. Soma-se isto a todas as outras anteriores e aí teremos uma bomba-relógio em contagem regressiva. E o que dizer dos novos boatos sobre o empréstimo do Bigode para o Palmeiras! É meus amigos, apertem os cintos!!! 

Voltando ao momento do campeonato mineiro, é notório o envolvimento incestuoso, pra ser politicamente correto, entre a mídia, a FMF e o Atlético, isto não é de hoje. Mas também neste ponto o Cruzeiro age de forma temerária, aceitando mudanças de datas, confiando na reciprocidade; confiando em palavras sobre torcida única, etc. Não dá mais, basta! Precisamos tomar posições que promovam alguma mudança, mesmo que inicialmente nos custe algo. Não se confia em quem não merece confiança, as coisas tem que ser públicas, reconhecidas e assinadas! Só me pergunto o porque aceitamos? 

Pra finalizar e deixar bem claro, as críticas que faço agora não endossam, de maneira alguma, o pedido de alguns na volta ao passado, estou criticando porque não posso me furtar aos rumos que estão sendo tomados neste momento. Quem gosta de passado é museu! 

Saudações celestes, (time júnior no clássico?) e até terça-feira! 
Walace Alves

3 comentários:

  1. Por mim não entram em campo. Nem com o sub 16. Ah, vc esqueceu do altíssimo risco: Seymour

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  2. Pode crer, seymour estava muito tempo sem jogar, ta me lembrando o Árias

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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