Olá amigo torcedor do maior de Minas. Ontem, o Cruzeiro empatou por 1 x 1 contra o AtléticoMG, e ampliou a sua vantagem nas semifinais perante a equipe rival. Por mais que a maioria da imprensa mineira tente esconder, os comandados do Marcelo Oliveira obtiveram um bom resultado dentro do Horto. Poderia ter ser melhor? Sim! Poderíamos ter vencido? Sim! Poderíamos ser mais ousados? Também sim! Mas no final das contas, não considero o empate como algo trágico, mas foi um resultado questionável. E será nessa linha de pensamento, que discorrerei a minha coluna de hoje.
Quero me atentar ao que envolveu a partida. O roteiro estava se desenhando para a mesmice. Víamos um Cruzeiro bem postado nos primeiros minutos de jogo, e ao longo da partida, percebíamos que o time celeste ia se perdendo taticamente devido a correria e o jogo de abafa do time adversário. O gol do Carlos no final do primeiro tempo, justo na primeira chegada efetiva do Atlético MG, evidenciou os velhos paradigmas impostos pelo time do Levir Culpi para enfrentar o Cruzeiro. Avançar as suas laterais, adiantar a marcação, e a utilização do anti jogo. Tudo previsível como sempre!
Claro que do momento do gol do Carlos, até o inicio do segundo tempo, o sentimento do cruzeirense era de perplexidade e de frustração, porque mais uma vez, a triste sina de mais uma vez perder pro rival por falhas próprias, agoniava o torcedor celeste. Mas veio o segundo tempo. Segundo tempo de raça, de entrega, de uma postura mais agressiva (no bom sentido), de não aceitação ao velho jogo do "partir pra cima de qualquer jeito" imposto do Atlético MG. O time do Cruzeiro teve alguns lampejos de malandragem, de frieza, e de competitividade. Conseguiram expulsar um jogador do adversário. Coisa inimaginável a alguns jogos atrás.
Dentro de todo esse contexto, o Arrascaeta brinda a China Azul com um golaço de craque. Numa jogada por méritos próprios, ele desmontou a defesa atleticana com dribles e uma caneta espetacular no volante Josué, e calou os atleticanos, que nesse momento, engoliram a seco a genialidade do lance do jovem armador cruzeirense. Foi um momento lúdico, que deverá ser exaltado por todos aqueles que gostam do futebol bem jogado, e de lances de plasticidade, igual foi o do uruguaio.
Arrascaeta comemorando o seu gol de rara beleza no clássico mineiro. |
Pois bem. O Cruzeiro tinha o empate e um jogador a mais. E o técnico Marcelo Oliveira, e aqui vai uma crítica construtiva, claramente não quis vencer o jogo de ontem. Preferiu se precaver, em esperar o time adversário no seu campo de defesa, ao invés de adiantar as linhas de marcação, e insistir em jogadores que nada acrescentaram, como Fabiano, Henrique e William. Um melhor posicionamento da equipe, e uma maior ousadia resolveriam a partida em favor do Cruzeiro.
Percebo que o time tem uma dificuldade incrível em atacar o rival. Passar pelas linhas de marcação, ainda é um desafio pro Cruzeiro. Destaco também as terríveis jogadas de bola parada que beiram o amadorismo, e que requer uma maior atenção do treinador celeste. Mas também há pontos muitos positivos que aqui considerarei. Individualmente, Fábio, Manoel, Paulo André, Willians, Alisson e Arrascaeta foram bem. Fabrício também foi uma boa surpresa na lateral esquerda. Mas o que mais impressionou, principalmente no 2º tempo: Os jogadores cruzeirenses não foram passíveis a truculência e o "ganhar no grito" dos jogadores atleticanos. Dessa vez os rivais obtiveram uma resposta a altura. Isso foi muito bom de ver!
Vejam vocês que eu fui das críticas aos elogios, pois o jogo em si foi complexo, intenso, e de inúmeros questionamentos sobre a arbitragem. O Cruzeiro oscilou psicologicamente e taticamente, se omitiu em alguns momentos da partida, mas ao final, perceber a frustração, o desgaste físico ao final do jogo, as entrevistas sem nexo, e com tons de preocupação por parte do rival, deu a entender que o time surpreendeu muita gente. A atitude foi outra! A palavra tremer foi riscada por uma bela caneta azul!
Grande abraço, e saudações celestes!
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