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terça-feira, 19 de maio de 2015

Diego Aguirre e a alucinante viagem rumo ao Tri!

Vamos viajar no tempo? Não tenho nenhuma máquina ou nova tecnologia permitindo este feito, mas assim como você: tenho memória.

Minha avó sempre me diz: "Antes de dizer adeus para este mundo, a gente sempre deixa algo de bom para aquilo que mais nos fez feliz". Talvez, Luiz Fernando Costa nem soubesse... mas, no dia 23 de dezembro de 2014, em seu último ato antes de torcer para o Colorado em um outro lugar, ele nos dava: Diego Aguirre! Sim, depois de ouvir um NÃO da "estrela", do que acha que é "estrela", daquele que já foi bom e daquele que ainda acha que é bom, o Inter tinha um comandante. O discurso era simples, humilde e sincero. O tom de voz mantinha o ritmo - igual um carro andando sozinho numa longa estrada. A imprensa, sempre pronta para dar o bote, tentava abalar Aguirre, o tratando como: "o técnico que ninguém queria, mas como ninguém queria ser o técnico, foi ele mesmo." Mas foi aí que Aguirre mostrou sua primeira virtude: Não se importar com o que os outros acham, mas confiar na verdade e qualidade do seu trabalho.

Nada é feito do dia para a noite. Mas os jogos começaram, e as atuações decepcionantes também. Mudava a partida, mantinha a escrita: Inter ganha, mas joga mal. A opinião geral era clara: Inter não vai longe em 2015, não com Aguirre. Os reforços não rendiam, o time insistia em dar espaços e não aproximar os setores. Mas os números, muitas vezes frios, ainda davam motivos para continuar aquela jornada que parecia estar com prazo para encerrar.

O torcedor Colorado, sempre inteligente, resolveu pegar carona na ideia de Aguirre e o bancou. A imprensa não entendia, considerava um erro, um suicídio em massa. Mas o chefe de tudo, ao ver os clamores de seu povo, resolveu permitir que a jornada prosseguisse.
Os dias foram passando e, mesmo sem ninguém notar, Aguirre começava a mostrar seu jeito de treinar, de ser e lidar com seus jogadores.

Depois de escapar de um quase eliminação precoce no Campeonato Gaúcho e uma atuação de encher os olhos no Chile, Inter ganhava força, e Aguirre também. Uma final contra o maior rival podia ser um acidente fatal, mas dominamos completamente o adversário. Aliás, quem sucumbiu foi o velho e experimente Felipão - que, mesmo com anos de estrada, nada pode fazer para parar a velocidade absurda do Internacional.

Tudo aquilo que poucos viam, já ficava nítido aos olhos do mundo: jogadores correndo muito; organização; setores bem próximos; muita movimentação; jovens tendo espaço para jogar; medalhões sabendo esperar a sua vez; todo mundo joga; ninguém é titular absoluto; refezar para ter mais força na partida principal; união; saber conquistar um grupo;  ter dois times aptos para jogar e manter o nível; saber ser acima de tudo: LÍDER!
Sorte? Não, trabalho e inteligência.

Ver o hoje é fácil, agora, ver o futuro: só quem é acima da média. Os frutos não aparecem do nada, é preciso plantar antes, e é preciso saber esperar, nada com qualidade acontece do dia para a noite. Aguirre é um viajante que desafia o destino; as probabilidades; brinca com o perigo; contraria a lógica; vê além; não se intimida com pressão; com falatório; confia na sua maneira de dirigir e, assim, vai atropelando obstáculo por obstáculo que surge em seu caminho.
Tem muita viagem pela frente, muita poeira  e chão para percorrer. Mas, aquele Aguirre que parecia viajar sozinho, só ele consigo mesmo, agora, sem qualquer dúvida, está acompanhado de todo o Povo Colorado - que o acolheu e está completamente feliz com o destino que esta estrada está nos levando. O amanhã é incerto, e como qualquer bom motorista sabe: a próxima curva pode ser a última.

Ninguém pode saber se chegaremos ao TRI, mas todos nós podemos afirmar que: temos o melhor comandante para nós levar até ele.

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