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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Flamengo empata com Náutico e aumenta o seu naufrágio

Uma partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil não costuma receber tanta importância. Mas o duelo com o Náutico, na noite desta quarta-feira (27), era para ser o jogo da redenção do Flamengo. O reencontro do time com a vitória. A chance do Mengão se recuperar da “confusão” que vivera, na última semana. Confusão esta que começou no domingo, após novo revés no Campeonato Brasileiro – dessa vez para o Avaí, na Ressacada -, e que culminou na entrada do Rubro-Negro na zona de rebaixamento e na demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo. As circunstâncias deram ares de drama ao que seria um simples jogo.

Uma vitória sobre o Timbu traria maior tranquilidade para o conturbado elenco flamenguista, e muito ajudaria o início de trabalho de Cristóvão Borges, técnico recém-contratado. O resultado não veio, e o que se vê é que Cristóvão terá muito trabalho para dar um padrão de jogo ao Flamengo. Empatar com um Náutico que quase não ameaçou o gol adversário é motivo de mais preocupação para a diretoria.

Flamengo e Náutico empatam, no Maracanã (Foto: Roberto Filho/ Ag Estado)
O jogo

O Flamengo apresentou a mesma fragilidade de jogos passados: a bola alçada na área. O Timbu parecia saber disso e explorou as jogadas aéreas, que, em sua maioria, levavam perigo ao gol defendido por Paulo Victor. Em um dos lances, aos 15 minutos da primeira etapa, um cruzamento rebatido pela zaga do Flamengo sobrou para o meia William Magrão, que acertou um chute potente na trave, após defesa milagrosa do arqueiro rubro-negro.

Os primeiros momentos da partida foram de muita movimentação. Alguns jogadores do Flamengo – principalmente aqueles que não costumam figurar entre os titulares – demonstravam muita dedicação em campo, como foi o caso do meia Almir. Porém era muita vontade para pouca efetividade. A criação de jogadas de ataque era praticamente nenhuma, mesmo com dois jogadores para desempenhar tal papel (Arthur Maia e Almir). Assim, o gol do Mengão só saiu no fim do primeiro tempo, em uma cobrança de escanteio de Arthur Maia, que Cacéres cabeceou na trave. No rebote Wallace mandou para o fundo das redes.

O segundo tempo já começou com uma boa trama ofensiva do Flamengo, aonde Arthur Maia fez bela jogada pela direita e achou Alecsandro na área. O atacante finalizou, mas o zagueiro do Náutico evitou o segundo gol do Mengo. No caminhar da partida, o time carioca administrava o resultado e não era incomodado pelo Timbu. Até que aos 30 minutos, Marino arranca com a bola e toca para Douglas, livre, dominar e bater no contrapé do goleiro Paulo Victor. O empate não esquentou a partida, que teve poucas oportunidades de gol. Assim, o Flamengo leva o empate para o jogo de volta, em Recife, com data ainda a ser marcada.

Avaliação

Paulo Victor: É o mais regular do elenco, mantendo suas boas atuações. Seguro e eficiente, salvou o Flamengo, quando necessário. Sem culpa no gol. Nota: 7,0

Pará: Não foi a válvula de escape do time, como em outras oportunidades. Partida apática, pouco apareceu. Nota: 6,0

Wallace: Fez o gol. E só. Nota: 6,0

Bressan: Estava sumido na partida. Só apareceu em falha no lance do gol de empate, ao não encostar na marcação do adversário. Nota: 5,5

Armero: Atuação melhor que na estreia. Ainda assim, não correspondeu às expectativas. Nota: 5,5

Cacéres: O de sempre. Precisa desarmar o adversário para recuperar os seus erros de passe. Nota: 6,0

Eduardo: Entrou no fim. Sem nota.

Canteros: É nítido que ele tem um diferencial, em relação aos outros. Porém, não consegue ser constante na partida. Nota: 6,5

Almir: Se esforçou bastante e tentou mostrar trabalho, mas com muita pressa e pouca utilidade. Saiu machucado. Nota: 5,5

Márcio Araújo: Não comprometeu na marcação e ainda ajudou no ataque. Nota: 6,0

Arthur Maia: Bom jogo. Enquanto esteve em campo, foi o ponto de lucidez do time. Criou ótimas jogadas e mostrou que merece mais oportunidades. Nota: 6,5

Paulinho: Irreconhecível. Não efetua um drible, não acerta um chute, e exagera no preciosismo. Nota: 5,0

Alecsandro: Não tem culpa se a bola não chega com qualidade. Ainda sim, conseguiu levar perigo ao gol do adversário. Nota: 6,5

Jayme:Com uma série de desfalques, optou por escalar dois meias armadores e o time mostrou mais coerência nas jogadas. Parece que teve mais tempo de treinamento do que a intertemporada em Atibaia, de Luxemburgo. Nota: 7,0


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