A sexta rodada
do Campeonato Brasileiro marcou mais uma vez as imprevisões do futebol mineiro.
O jogo era do mandante Atlético, que como dono da casa brindava sua torcida com
ar de superioridade, o moral elevado e um pique de tirar o fôlego. O Cruzeiro,
que por sua vez, vinha trilhando um caminho novo, sob o comando de Luxemburgo,
aparecia com estatísticas inferiores no Campeonato: três derrotas, um empate e
apenas a vitória sobre o Flamengo. E somava, desde o ano passado, 11 jogos sem
vitória no maior rival.
Era o jogo para
o Galo ficar mais doido – para o Galo cantar no terreiro e mostrar sua
superioridade mais uma vez neste Campeonato – Mas a noite foi celeste – o
bicampeão brasileiro ressurgiu em solo alvinegro e redimiu-se frente à pequena
torcida presente na Arena Independência.
O Cruzeiro que,
desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo apresenta um esquema de trabalho em
conjunto entre comissão técnica e jogadores, mostrou-se superior ao Galo. O
time celeste ocupou bem os espaços - não perdeu nas divididas e ganhou
praticamente todos os rebotes. Não dando a mínima chance para o Atlético
Mineiro. A Raposa que ainda apresenta limitações no elenco e trabalha para
repor estes reforços teve maior mérito.
O jogo não
rendeu ao Cruzeiro somente a vitória sobre o maior rival - mas também eternizou
na história do time o goleiro Fábio que somou 633 jogos – igualando-se a Zé
Carlos. Os números de Fábio não mentem quanto sua qualidade técnica: foram 361
vitórias - 125 empates e 147 derrotas – o consagrando como um ídolo da torcida
– marcado por grandes e importantes defesas.
Já o Atlético entrou em campo cego com tamanho
orgulho e vaidade de si – fez um gol sensacional de Luan e ainda no primeiro
tempo tomou o primeiro gol – abalando-se durante o resto da partida e custando
a se recuperar – Fez um jogo raso que infelizmente não deu certo. Foram ao
total 12 finalizações e 8 oportunidades claras. A derrota no clássico foi a
sétima em 100 jogos no Independência desde a reabertura do estádio, em 2012.
Apontar erros
não altera placar. Falar que o culpado seria do técnico Levir Culpi por usar a
mesma escalação que a do jogo anterior contra o Avaí – seria absurdamente
errado. Acusar Dátolo por sua instabilidade em campo ou Jemerson pelo Gol
contra, ou até mesmo Luan – autor de um gol – que na noite de sábado tropeçou
na bola... Não altera nada. O Cruzeiro entrou com vontade de ganhar.
Uma derrota
mais do que comum para um time que entrou sem criatividade. Estávamos em
terceiro lugar e partimos para o sétimo
- Ainda temos uma boa pontuação, jogaremos em casa no próximo jogo
contra o Santos e temos de tudo para se reabilitar. Perder para o cruzeiro amarga a boca e
enfurece o coração.
Mas futebol é
isso: emoção atrás de emoção.


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